Produção Bibliográfica - FISIOT

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    Lesões musculoesqueléticas frequentes e características associadas de diferentes estilos de danças urbanas: revisão de escopo
    (2025) BARRETO, Natália Guimarães; QUIXADÁ, Ana Paula; PITHON, Laís Oliveira
    INTRODUÇÃO: As danças urbanas, surgidas nas festas de rua e cada vez mais populares, envolvem movimentos intensos e alta exigência física, o que as torna suscetíveis a lesões musculoesqueléticas. Apesar do crescimento dessa prática, a maioria dos estudos ainda se concentra nas danças acadêmicas, como o ballet e a dança moderna, havendo escassez de investigações específicas sobre os estilos urbanos. OBJETIVO: Mapear as lesões mais frequentes em dançarinos de Breaking, Hip Hop Dance, Popping e Locking, identificando tipo, localização, gravidade (com base no afastamento das atividades) e comparando a frequência entre profissionais e amadores. MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizada uma revisão de escopo seguindo as diretrizes do PRISMA-ScR. As buscas foram conduzidas nas bases de dados PubMed, Scopus e SciELO. Foram incluídos estudos que abordassem lesões musculoesqueléticas em dançarinos de, pelo menos, um dos seguintes estilos: Breaking, Hip Hop Dance, Popping ou Locking. RESULTADOS: Foram incluídos oito artigos, com predomínio de estudos transversais retrospectivos. Quatro abordaram exclusivamente o estilo Breaking, um investigou apenas o Hip Hop Dance e três incluíram estilos adicionais que extrapolam o escopo desta revisão, como House, Commercial, Street e New School — totalizando 1.108 participantes nas amostras. CONCLUSÃO: Lesões em danças urbanas são frequentes, sobretudo nos membros inferiores, coluna e punhos, com predomínio de lesões articulares e por sobrecarga. Profissionais se lesionam mais que amadores, destacando a importância de prevenção e mais estudos robustos.
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    Frequência de dor em graduandos da área de saúde numa instituição privada
    (2025) BARROS, Ninna Maria Chaves Silva; SOUSA, Pedro Lucas Damascena; ARAÚJO, Cíntia Pinheiro Silveira
    INTRODUÇÃO: o predomínio de dor em graduandos da área da saúde é alto e frequentemente associado a fatores de risco ocupacionais, sociodemográficos e clínicos, provocando efeitos prejudiciais nessa população. OBJETIVO: estimar a frequência de dor em graduandos da área da saúde de uma instituição privada, os fatores sociodemográficos associados e o respectivo perfil doloroso. MÉTODOS: estudo observacional, de corte transversal, descritivo e analítico, seguindo as recomendações da STROBE. Foram avaliados, através de questionários sobre dados sociodemográficos, clínicos e acadêmicos, e do Inventário Breve da Dor, 91 estudantes dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Psicologia, Odontologia e Educação Física da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), entre agosto de 2024 e abril de 2025. Os critérios de elegibilidade incluíram estudantes matriculados, com idade igual ou superior a 18 anos, sendo excluídos aqueles que não compreenderam os questionários ou não foram localizados após três tentativas. A normalidade dos dados foi testada pelo Kolmogorov-Smirnov; variáveis com distribuição normal foram expressas em média e desvio padrão (±DP), e as não normais, em mediana e intervalo interquartil. A correlação foi analisada pelos testes Qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher, com significância de 5%. Esta pesquisa foi aprovada sob o CAAE: 79426024.9.0000. 5544.RESULTADOS: A frequência de dor foi de 65,9%, com predomínio do sexo feminino, solteiros, caucasianos, com presença de comorbidades, etilistas e com sobrepeso. Nenhuma variável sociodemográfica ou clínica apresentou associação estatística com a presença de dor. Em relação à região anatômica mais referida, observou-se predomínio da coluna torácica (12,6%), seguida das escápulas e região posterior dos ombros (11,1%), área cervical e trapézio superior (10,8%), joelhos (10,3%), anterior da cabeça e face (7,2%) e região lombossacral (6,3%).CONCLUSÃO: Existe uma frequência relevante de dor entre os estudantes da EBMSP, sem associação estatística com variáveis sociodemográficas e clínicas, sendo a coluna torácica a região mais referida como dolorosa.
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    Conhecimento dos fisioterapeutas sobre eletroestimulação na síndrome da bexiga hiperativa
    (2025) CARVALHO, Luísa Dantas Souza de; MAMEDE, Carlos
    INTRODUÇÃO: A eletroestimulação é uma técnica eficaz e não invasiva amplamente utilizada na fisioterapia pélvica para o tratamento da síndrome da bexiga hiperativa (SBH), promovendo a modulação do músculo detrusor e melhora dos sintomas urinários. Apesar das diretrizes recomendarem seu uso, há escassez de estudos sobre como fisioterapeutas aplicam essa técnica na prática clínica. OBJETIVO: Avaliar conhecimento dos fisioterapeutas na utilização da eletroestimulação na fisioterapia pélvica em pacientes com síndrome da bexiga hiperativa. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo transversal realizado entre março e abril de 2025 com fisioterapeutas atuantes no Brasil, recrutados por amostragem de conveniência via redes sociais. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário online contendo informações sociodemográficas, práticas clínicas e um teste de conhecimento com oito questões de múltipla escolha. A análise foi descritiva, com apresentação em médias, desvios padrão, frequências e percentuais. RESULTADOS: Participaram 32 fisioterapeutas, majoritariamente mulheres do Nordeste, com predominância de pósgraduação lato sensu e formações complementares. As disfunções miccionais femininas foram as mais atendidas. A eletroestimulação foi aplicada principalmente nos nervos sacral e tibial, com parâmetros de 6–10 Hz, 101–250 µs, por 16–20 minutos, usando eletrodos autoadesivos e, em geral, associada ao treinamento do assoalho pélvico. No teste de conhecimento, 50% acertaram 75% das questões, indicando familiaridade com a técnica, apesar de lacunas em aspectos como contraindicações. CONCLUSÃO: Os profissionais demonstraram bom conhecimento sobre eletroestimulação, mas apresentaram lacunas quanto às contraindicações e à PBE. Na prática, usam parâmetros adequados, porém com variações no tempo de aplicação e desconhecimento da duração de pulso.
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    Frequência de dor crônica e nível de atividade física em graduandos da área de saúde de uma instituição de ensino superior privada
    (2025) SOUSA, Pedro Lucas Damascena; BARROS, Ninna Maria Chaves Silva; OLIVEIRA, Ulysses Gabriel; ETTINGER, João Vitor; ARAÚJO, Cintia Pinheiro Silveira
    RESUMO | CONTEXTO: Graduandos apresentam rotinas acadêmicas frequentemente desgastantes, o que pode levar à inatividade física. Embora níveis reduzidos de atividade física (AF) estejam associados à presença de dor crônica (DC), essa relação nem sempre se confirma. Tais achados reforçam a necessidade de investigações que esclareçam a associação da AF com a DC, especialmente entre graduandos, ainda pouco explorado. OBJETIVO: descrever a frequência de dor crônica em graduandos da área da saúde de uma universidade privada e verificar se há associação com o nível de atividade física. MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS: trata-se de um estudo de corte transversal. Os participantes foram graduandos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, coletados entre agosto/2024 e abril/2025, Através de um questionário contendo variáveis sociodemográficas e clínicas, além do Questionário Internacional de Atividade Física, versão resumida (IPAQ-SF). Foi realizado um cálculo amostral probabilístico, totalizando 447 participantes. Para testar a normalidade dos dados, utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov. As variáveis com distribuição normal foram expressas em média e desvio padrão (±DP), e utilizou-se o teste Qui-quadrado de Pearson para variáveis categóricas (α = 5%). Esta pesquisa foi aprovada sob o CAAE: 79426024.9.0000.5544. RESULTADOS: a amostra foi composta por 91 graduandos, dos quais 60 (65,93%) eram sintomáticos. Desses, 45 (75,0%) relataram dor crônica e observou-se associação significativa entre dor e AF (p = 0,036). O grupo sedentário foi composto por 6 participantes, todos sintomáticos. Na sequência, os insuficientemente ativos somaram 18 participantes, dos quais 14 (77,8%) apresentaram sintomas, os ativos com 28 graduandos e 15 (53,6%) sintomáticos; e o grupo muito ativo contou com 39 participantes, sendo 25 (64,1%) sintomáticos. CONCLUSÃO: O presente estudo identificou alta frequência de dor entre graduandos da área da saúde, com predominância de DC, além de associação estatisticamente significativa entre dor e os níveis de AF.
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    Validação semântica de um instrumento para avaliação da dor em crianças e adolescentes com doença falciforme: quest-dor DF
    (2025) GOMES, Sarahyris Santos; CORREIA, Laura Teixeira; GOES, Bruno Teixeira; PITHON, Laís Oliveira
    INTRODUÇÃO: a Doença Falciforme é uma hemoglobinopatia hereditária, que provoca a deformação dos eritrócitos e predispõe a eventos de vaso-oclusão. Resultando em manifestações clínicas recorrentes, sendo a dor a principal causa de hospitalizações, especialmente na população pediátrica. Apesar da existência de instrumentos de avaliação da dor em crianças e adolescentes, há carência de instrumentos específicos e multidimensionais adaptados a esse público. Com o intuito de preencher essa lacuna, foi desenvolvido o Quest-Dor DF, um instrumento desenvolvido para avaliar a dor em jovens com DF. OBJETIVO: validar semanticamente o Quest-Dor DF em crianças e adolescentes com Doença Falciforme. MÉTODOS: estudo transversal, analítico e quantitativo, realizado com 10 participantes de 8 a 17 anos, acompanhados em centros de referência municipais para DF em Salvador (BA). Foram aplicados o Quest-Dor DF, o Questionário Sociodemográfico e o Formulário de Validação Semântica. Avaliou-se variáveis como clareza do conteúdo, linguagem, layout, ilustrações, motivação e adequação cultural. Utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e o Coeficiente de Kappa para análise de concordância. RESULTADOS: a maioria dos participantes foi do sexo masculino, com média de idade de 11 anos e pertencente à classe socioeconômica C2. Os domínios avaliados apresentaram altos índices de validade semântica (IVC ≥ 0,9), com destaque para itens relacionados ao conteúdo e linguagem. Alguns ajustes foram realizados com base em sugestões dos participantes. Todos os itens apresentaram Kappa > 0,60, indicando boa concordância. CONCLUSÃO: os resultados obtidos indicam que o Quest-Dor DF apresenta uma semântica apropriada, sendo compreensível e potencialmente útil para a população alvo.
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    Inibição do crescimento de Malassezia restricta por diodos emissores de luz (LEDs) 410nm ± 10 nm: Estudo experimental in vitro
    (2025) OlIVEIRA, Victória de Amorim; MATOS, Daiane Baião da Silva; SCHNEIBERG, Rachel Trinchão; RIBEIRO, Kalid
    Introdução: Malassezia (M) é uma levedura lipodependente presente na microbiota cutânea de animais de sangue quente, associada a diversas dermatopatias que causam desconforto e impactam a autoestima. A espécie M. restricta destaca-se por sua abundância em áreas sebáceas da pele humana, como couro cabeludo, costas, rosto e busto, estando relacionada à dermatite seborreica, dermatite atópica, pitiríase versicolor, psoríase, foliculites e caspa. Os tratamentos convencionais apresentam limitações, como efeitos colaterais e recorrência, o que motiva a busca por alternativas. A fotobiomodulação tem se mostrado promissora no tratamento de infecções fúngicas por leveduras, sugerindo potencial contra dermatites causadas por Malassezia spp. Objetivo: verificar a inibição do crescimento de UFCs de M. restricta após irradiação com LEDs 410nm ±10nm in vitro. Material e métodos: estudo experimental in vitro com aplicação de LEDs 410nm ±10nm sobre suspensão de M. restricta, na fluência de 61,13 J/cm². Após a irradiação, 50μl da suspensão foi semeada em placas de Petri (em triplicata), contendo Agar Sabouraud Dextrose com cloranfenicol e 1% de azeite de oliva, incubadas por 72h a 33°C. O controle negativo consistiu na suspensão sem irradiação. Foi realizada contagem visual das Unidades Formadoras de Colônia (UFCs), e o percentual de inibição foi calculado com base no controle negativo. As médias foram comparadas pelo teste t - Student. O experimento foi realizado em triplicata. Resultados: a exposição a LEDs 410nm ±10nm (61,13 J/cm²) inibiu em 54,28% o crescimento de UFCs de M. restricta, com diferença estatisticamente significativa (p=0,0001) em relação ao controle. Conclusão: LEDs 410 ±10nm na fluência de 61,13 J/cm² demonstrou capacidade de inibir o crescimento de M. restricta in vitro
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    Evidências da fisioterapia respiratória em crianças com asma brônquica na crise e intercrise: revisão de escopo
    (2025) PINTO, Maria Eduarda de Souza; MOURA NETA, Iracy Greco; GUIMARÃES, Juliana
    INTRODUÇÃO: A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas altamente prevalente na infância e com impacto significativo na morbidade, qualidade de vida e nos custos em saúde. O manejo adequado exige uma abordagem multidisciplinar. Nesse contexto, a fisioterapia respiratória tem sido incorporada como estratégia auxiliar, tanto nas fases de crise quanto nas de intercrise. OBJETIVO: Sumarizar as evidências científicas disponíveis sobre a atuação da fisioterapia respiratória em crianças com asma brônquica, tanto nas fases de crise quanto de intercrise. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de escopo conduzida conforme o CHECKLIST PRISMA-ScR. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed e LILACS, foram incluídos ensaios clínicos e revisões sistemáticas com meta-análise que abordassem intervenções fisioterapêuticas em crianças asmáticas, com idade entre 2 e 18 anos, durante crises ou em períodos de estabilidade clínica. RESULTADOS: Após triagem de 2.566 artigos, aplicação de filtros, exclusões por duplicidade e critérios de elegibilidade, além de busca manual, sete estudos foram incluídos na revisão final, sendo quatro realizados na fase de crise e três na fase de 2 intercrise. As intervenções fisioterapêuticas identificadas incluíram o uso de CPAP, binível, CNAF, VNIPP, treinamento muscular inspiratório (TMI) e exercícios aeróbicos. Os estudos relataram melhora na função pulmonar, na qualidade de vida e na redução dos sintomas dos pacientes. CONCLUSÃO: As evidências sugerem que a fisioterapia respiratória apresenta efeitos positivos no manejo da asma pediátrica, tanto em crises quanto em intercrises. Estudos adicionais são necessários para padronizar e consolidar essas abordagens na prática clínica.
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    Efeitos da cânula nasal de alto fluxo no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica: revisão de escopo
    (2025) BONFIM, Mariany Amorim; SANTOS, Jéssica Vitória Brito dos; VEIGA, Isis Nunes
    INTRODUÇÃO: a utilização da Cânula Nasal de Alto Fluxo (CNAF) em crianças no pós-operatório de cirurgia cardíaca pode oferecer benefícios que são observados a partir da hemogasometria, sinais vitais e redução da taxa de reintubação. O uso se inicia a partir de um quadro clínico de insuficiência respiratória aguda culminando com a presença de sintomas como taquipneia, hipoxemia, hipercapnia e aumento do trabalho respiratório pós-extubação. O uso da CNAF melhora o quadro respiratório após a extubação e principalmente por prevenir as falhas da extubação, diminuição das taxas de reintubação e prevenção de atelectasias. OBJETIVO: mapear os efeitos hemodinâmicos e clínicos da Cânula Nasal de Alto Fluxo no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica. MÉTODOS: revisão de escopo que seguiu as recomendações do PRISMA-ScR, utilizando as bases de dados PubMed, SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde, Lilacs, PEDro, Embase e Cochrane Library. Incluídos artigos que avaliaram os efeitos da CNAF no pós-operatório de cirurgias cardíacas (CCs) e excluídos artigos que as crianças apresentaram comorbidades associadas a cardiopatias. RESULTADOS: seis artigos atenderam e analisaram os desfechos hemodinâmicos relevantes, como PaO₂, PaCO₂, relação PaO₂/FiO₂ e SpO₂, além de avaliarem as variáveis clínicas como frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC) e pressão arterial média (PA), entre os grupos tratados com CNAF e com outra modalidade terapêutica. Os desfechos secundários, como taxa de reintubação e tempo de internamento também foram coletados. CONCLUSÃO: a CNAF demonstrou na análise intergrupo ser uma terapia que melhora os efeitos hemodinâmicos, como no impacto da PaO2 e PaCO2 no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica. Os desfechos da taxa de reintubação e o tempo de permanência hospitalar estão bem estabelecidos na literatura, com evidência de redução em ambos.
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    Efeitos da harmonização facial em disfunções estéticas: revisão de es opo sobre abordagens clínicas e a atuação fisioterapêutica
    (2025) JESUS, Nalanda Neiva Rosa de; FRANCISCON, Giovana Bergheme; RIBEIRO, Rachel Trinchão Schneiberg Kalid
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    Perfil da função respiratória em pacientes não deambulantes com distrofia muscular de Duchenne e atrofia muscular espinhal
    (2025) MORAIS, Mariana Diniz de; PIMENTEL, Juliana Marcelino; SILVA, Emilly de Sousa; LIMA, Ana Emanuela Coelho Pessoa; OLIVEIRA, Francisco Tiago Oliveira de; COSTA, Marcela Câmara Machado; DIAS, Cristiane Maria Carvalho Costa
    INTRODUÇÃO: A distrofia muscular de Duchenne (DMD) e a atrofia muscular espinhal (AME) são doenças neuromusculares genéticas e progressivas que comprometem a função respiratória, especialmente em indivíduos não deambulantes. OBJETIVO: Descrever o perfil da função respiratória em pacientes não deambulantes com DMD e AME. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal, conduzido entre março e outubro de 2024 em um centro de referência em doenças neuromusculares. Foram incluídos pacientes com diagnóstico clínico de DMD ou AME, com idade ≥2 anos e não deambulantes. A função pulmonar foi avaliada por espirometria, medidas de força muscular respiratória e pico de fluxo de tosse. A função respiratória em atividades diárias foi analisada por meio da escala EK2. A análise da distribuição não normal da amostra foi obtida pelo teste de Shapiro-Wilk, histogramas e análise descritiva. RESULTADOS: A mediana de idade da amostra foi de 17 anos (11–26). A maioria dos pacientes (85,7%) utilizava reanimador manual como estratégia de recrutamento pulmonar. O escore total da EK2 foi de 10 (4,5– 19,5), com valor de 16 no grupo com AME e 6 no com DMD. Os valores medianos das variáveis respiratórias foram PImáx de 74 cmH₂O (44,5–93,5), PEmáx de 68 cmH₂O (47–89), CVF de 2,1 L (1,2–2,6), VEF1 de 1,7 L (1–2,2), razão VEF1/CVF de 80,8% (75,7%–86,7%) e PFT de 230 L/min (145–280). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem comprometimento da função respiratória em pacientes não deambulantes com DMD e AME, com maior prejuízo observado no grupo AME.
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    Os efeitos da periodização do exercício físico na reabilitação de pessoas com obesidade: revisão sistemática
    (2025) FERNANDES, Augusto Cardoso Lima; GÓES, Bruno Teixeira; SANTANA, Marcus Vinicius de Brito
    INTRODUÇÃO: a obesidade é uma condição multifatorial e representa um grave problema de saúde pública, sendo também um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças crônicas não transmissíveis. A literatura científica tem demonstrado que o exercício físico é eficaz na reabilitação de pessoas com obesidade em diversos desfechos. Embora haja estudos sobre os efeitos de diferentes modelos de periodização do exercício, ainda não há uma sistematização dos dados relacionados à periodização. OBJETIVO: sistematizar os efeitos da periodização do exercício físico na reabilitação de pessoas com obesidade. MATERIAL E MÉTODOS: trata-se de uma revisão sistemática, foram incluídos ensaios clínicos que investigaram os efeitos da periodização do exercício físico em pessoas obesas, sem restrição temporal e idiomática. A coleta de dados foi realizada entre julho e dezembro de 2024, as bases de dados utilizadas foram: PubMed, ScienceDirect, PEDro, Embase, LILACS e Scopus. O risco de viés foi avaliado pela escala PEDro. As variáveis investigadas foram: sexo, instrumento para diagóstico de obesidade, tipo de periodização, ordem dos exercícios, instrumento de percepção subjetiva de esforço, desfechos e seus instrumentos de avaliação, resultados, tempo de treinamento, carga, frequência, intensidade, tipo de contração muscular e tempo de descanso. RESULTADOS: foram incluídos nove estudos que apresentaram boa e excelente qualidade metodológica. Foram encontrados efeitos positivos da estratégia da periodização do exercício físico para reabilitação de pessoas obesas nos desfechos: concentrações de citocinas séricas (IL-10, IL-20, AP-13), na concentração de glicose, no colesterol total, nos marcadores de resistência à insulina, na composição corporal e em medidas antropométricas, na capacidade funcional e na qualidade do sono. CONCLUSÃO: a periodização do exercício físico mostrou evidências de melhora em alguns desfechos analisados na reabilitação de pessoas obesas. No entanto, alguns desfechos não apresentaram diferença significativa entre periodizar ou não.
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    Análise da morfologia das Unidades Formadoras de Colônia de Malassezia restricta após exposição à LEDs 410 nm ± 10 nm: estudo experimental in vitro
    (2025) MATOS, Daiane Baião da Silva; OLIVEIRA, Victória de Amorim; RIBEIRO, Rachel Trinchão Schneiberg Kalid
    Introdução: Malassezia restricta é uma levedura lipofílica presente na pele humana, associada a distúrbios dermatológicos como caspa, pitiríase versicolor e dermatite seborreica. A radiação por Diodos Emissores de Luz (LEDs) destaca-se como alternativa terapêutica segura, não invasiva e com potencial antimicrobiano, atuando por fotobiomodulação. A análise morfológica das colônias, em níveis macroscópico e microscópico, é essencial para compreender os efeitos celulares provocados por essa radiação. No entanto, há escassez de estudos nessa área. Objetivo: descrever a morfologia das Unidades Formadoras de Colônia (UFCs) de M. restricta após exposição à LEDs 410 nm ± 10 nm, por meio de análise macroscópica e microscopia óptica. Material e métodos: estudo experimental in vitro, realizado de setembro de 2024 a junho de 2025. As leveduras foram cultivadas em ágar Sabouraud Dextrose com cloranfenicol e 1% de azeite de oliva, incubadas a 33 ± 2°C por 72 horas. A suspensão foi padronizada na escala de McFarland, irradiada com LEDs 410 nm ± 10 nm, fluência de 61,13 J/cm² por 10 minutos, e comparada a um grupo controle. As colônias foram avaliadas visualmente quanto à forma, borda, elevação, textura, cor e brilho. Alíquotas foram coradas pelo método de Gram e analisadas por microscopia óptica (1000x), com observação de alterações celulares. Todo o experimento foi realizado em triplicata. Resultados: as UFCs irradiadas apresentaram morfologia semelhante ao controle: forma redonda, borda regular, elevação convexa, textura lisa, cor creme e opaca. Houve redução na quantidade de colônias. A microscopia óptica não evidenciou alterações estruturais significativas. Conclusão: A radiação com LEDs 410 nm ± 10 nm não provocou alterações morfológicas nas UFCs de M. restricta, mas indicou possível efeito inibitório no crescimento da levedura, sendo uma abordagem promissora para terapias dermatológicas na prática fisioterapêutica.
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    Bruxismo em vigília em pessoas submetidas a cirurgia maxilofacial não eletiva: estudo transversal
    (2025) VIANA, Débora Ferreira dos Anjos; SILVEIRA, Paulo Brasil Brandão da; SÁ, Katia Nunes; BARROS, Eulália Silva dos Santos Pinheiro
    INTRODUÇÃO: As possíveis repercussões do bruxismo em vigília (BV) no arcabouço cranial têm sido amplamente investigadas, entretanto, em casos de fratura mandibular, onde o movimento articular precoce é fundamental para a recuperação funcional, esses efeitos não são explorados. OBJETIVO: Identificar a frequência do bruxismo em vigília em pessoas submetidas a cirurgia mandibular não eletiva e investigar a possível relação do bruxismo com a limitação mastigatória e a abertura completa da boca. MÉTODOS: A amostra foi composta por 289 pessoas submetidas a cirurgias maxilofaciais não eletivas. O comportamento oral e a função mandibular foram avaliados através dos critérios de diagnóstico para tratamento da disfunção temporomandibular. O Teste utilizado foi o Qui-Quadrado de Pearson, considerando significativo p≤ 0,05. RESULTADOS: O BV foi frequente em 70,2% da amostra e demonstrou relação com a limitação na abertura completa da boca em 61,2% e na disfunção mastigatória para alimentos consistentes em 77,2% (p<0,001). A frequência do BV teve associação com a limitação para mastigação de alimentos moles em 32,5% (p=0,033), para mastigação de alimentos firmes em 75,5% (p=0,009) e para mastigação de alimentos consistentes em 80,3% (p<0,001). CONCLUSÃO: O bruxismo em vigília autorrelatado foi frequente neste grupo de pacientes e tem relação com a disfunção mastigatória para alimentos consistentes. A restrição na abertura completa da boca e a limitação mastigatória podem estar relacionadas à intensidade do bruxismo.
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    Perfil da função motora em pacientes não deambulantes com distrofia muscular de duchenne e atrofia muscular espinhal
    (2025) SILVA, Emilly de Sousa; PIMENTEL, Juliana Marcelino; MORAIS, Mariana Diniz de; LIMA, Ana Emanuela Coelho Pessoa; OLIVEIRA, Francisco Tiago Oliveira de; COSTA, Marcela Câmara Machado; DIAS, Cristiane Maria Carvalho Costa
    INTRODUÇÃO: A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) e a Atrofia Muscular Espinhal (AME) são doenças neuromusculares (DNMs) que geram prejuízos significativos à função motora dos indivíduos acometidos. Apesar dos avanços, são poucos os estudos que detalham a função motora dessa população, devido à falta de instrumentos adequados e multidimensionais. OBJETIVO: Descrever o perfil da função motora em pacientes não deambulantes com DMD e AME. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal, conduzido em um centro de referência em doenças neuromusculares, entre março e outubro de 2024. Foram incluídos pacientes com DMD e AME, idade ≥2 anos, ambos os sexos, com incapacidade de deambular sem assistência e restritos à cadeira de rodas. A função motora foi avaliada pelas escalas EK2 e MFM-32, e a força muscular periférica foi mensurada pelo MRC e FPP. A análise da distribuição não normal da amostra foi feita pelo teste Shapiro-Wilk, histogramas e estatística descritiva. RESULTADOS: Amostra composta por 21 pacientes, sendo 8 com DMD, 7 com AME tipo II e 6 com AME tipo III. No geral, a pontuação da EK2 foi de 10 pontos (IIQ: 4,5 – 19), 30 pontos (IIQ:19,5 – 39) na MRC, 47,9% (IIQ: 34,3% - 58,8%) na MFM-32 e 3,9 kgf (IIQ: 0 – 8,3) de FPP. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem redução da função motora em pacientes não deambulantes com DMD e AME, especialmente em AME tipo II, refletida na diminuição da força muscular e nas limitações funcionais.
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    Resposta ao tratamento da eletroestimulação transcutânea parassacral em crianças com enurese não-monossintomática
    (2025) SANTOS, Glaucia Souza Medeiros; FONSECA, Maria Luiza Veiga da
    Introdução: A enurese é a perda involuntária de urina durante o sono em crianças a partir de cinco anos, podendo ocorrer isoladamente ou associado a sintomas do trato urinário inferior. Quando há sinais como urgência miccional e incontinência urinária, é classificada como enurese não monossintomática, condição frequente na infância, com impactos físicos, emocionais e sociais. A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea Parassacral (EENTP) é uma terapia não invasiva que modula a função vesical por meio de estímulos elétricos aplicados na região sacral, sendo indicada para sintomas miccionais e intestinais.Objetivo: Verificar a resposta terapêutica da EENTP nos sintomas de enurese não monossintomática. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional longitudinal retrospectivo, realizado no CEDIMI, com crianças de 5 a 14 anos, excluindo-se aquelas com alterações anatômicas do trato urinário inferior ou condições neurológicas. Avaliaram-se sintomas como incontinência, constipação e enurese, utilizando os critérios de Roma IV, Escala de Bristol e o Dysfunctional Voiding Scoring System (DVSS). A resposta ao tratamento foi mensurada por escala verbal numérica. O tratamento consistiu na aplicação de EENTP com frequência de 200 Hz e largura de pulso de 10 µs, realizada uma vez por semana durante 20 minutos. Resultados: 48 crianças foram tratadas, com melhora dos sintomas urinários e intestinais. Observou-se redução nos escores do DVSS e melhora da constipação segundo os critérios de Roma IV. A resposta ao tratamento, avaliada pela escala verbal numérica, foi considerada positiva por pacientes e responsáveis. Conclusão: A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea Parassacral (EENTP) demonstrou ser uma abordagem terapêutica eficaz na redução dos sintomas de enurese não monossint
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    Efeitos da periodização de exercícios na reabilitação de pessoas com dor lombar: revisão sistemática
    (2025) SANTOS, João Gabriel Pinheiro dos
    Introdução: Na reabilitação, a periodização de exercícios é considerada um método eficaz de tratamento para a população de pessoas destreinadas e da meia e terceira idade, com queixas de dor lombar. Ainda assim, é possível chegar a um melhor conhecimento técnico dos fisioterapeutas para aplicação desse método de sistematização do treinamento, nos programas de reabilitação em indivíduos com diferentes estados clínicos, através de uma melhor integração da teoria da periodização e reabilitação. Objetivo: Avaliar os efeitos da periodização de exercícios físicos na reabilitação em pessoas com dor lombar. Material e métodos: Trata-se de uma revisão sistemática que se baseou no Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). As buscas para seleção de artigos foram feitas nas bases de dados eletrônicas: PubMed, Scopus, Embase, PEDro e Lillacs (BVS) e foram incluídos ensaios clínicos que avaliaram os efeitos da periodização de exercícios na reabilitação em pessoas com dor lombar. Resultados: Foram incluídos nesta revisão, seis ensaios clínicos que tiveram qualidade metodológica entre baixa e moderada. Efeitos positivos foram encontrados na maioria dos artigos para melhora da intensidade da dor, qualidade de vida, capacidade funcional, força muscular, aptidão física, composição corporal e medidas antropométricas e perfil neuromuscular. Conclusão: a periodização de exercícios físicos demonstrou boas evidências para melhora de alguns dos desfechos analisados na reabilitação de pessoas com dor lombar. Ainda assim, alguns desfechos não apresentaram vantagem para se periodizar.
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    Rede de cuidados à pessoa com deficiência no âmbito do sistema único de saúde: análise documental
    (2025) RIBEIRO, Isabela Pereira
    INTRODUÇÃO: A Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência (RCPD) foi implementada no Sistema Único de Saúde (SUS) para expandir o acesso dos serviços às pessoas com deficiência (PCD). Sua implementação ocorreu em 2012, pela Portaria nº 793, com atualização posterior pela Consolidação nº 3/GM/MS, de 2017. A continuidade dessa rede representa um importante avanço na promoção da acessibilidade e na garantia dos direitos PCD. OBJETIVO: Compreender como o SUS se organiza por meio da RCPD no Brasil, a fim de garantir a oferta de cuidados à pessoa com deficiência. MÉTODOS: estudo de análise documental realizado em duas etapas: examinar normativas e diretrizes oficiais que compõem a estrutura da RCPD no SUS, rastrear e verificar artigos de forma crítica. Realizadas nas bases de dados PubMed e LILACS, complementadas por busca nas referências dos estudos selecionados, no período de junho de 2024 a maio de 2025. Utilizaram-se os descritores: "pessoas com deficiência" e "sistema único de saúde" com a finalidade de responder à seguinte pergunta: Como o SUS se organiza para garantir a oferta de cuidados à pessoa com deficiência? RESULTADOS: foram revisados em ordem cronológica, 21 documentos composto por 6 Leis, 13 Portarias Ministeriais e 2 Programas, que permitiram compreender a estruturação da rede voltada a essa população, totalizando 6 artigos que abordaram a integralidade do cuidado à pessoa com deficiência, estruturação, implantação e funcionamento da RCPCD. CONCLUSÃO: a análise possibilitou uma compreensão abrangente e acessível da forma como o SUS organiza os serviços voltados à pessoa com deficiência. No entanto, ainda existem lacunas que requerem atenção, especialmente quanto à efetivação de práticas que garantam a oferta de um cuidado integral e qualificado.
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    Reabilitação física em pacientes pós internação por covid-19: uma perspectiva metacientífica
    (2025) OLIVEIRA, João Ricardo Actis de
    Introdução: a infecção pelo SARS-CoV-2 impactou significativamente a saúde da população mundial e a reabilitação física se mostra uma abordagem útil para melhorar os desfechos clínicos relevantes. Dado o volume considerável de estudos sobre o tema, torna-se relevante investigar aspectos metacientíficos para avaliar a integridade científica desse ecossistema. Este estudo é relevante para todos que buscam evidências confiáveis para compreender o comportamento da literatura sobre a reabilitação física na COVID longa. Objetivo: descrever o perfil metacientífico dos estudos sobre intervenções de reabilitação física em pacientes infectados pela COVID-19 após alta hospitalar. Metodologia: trata-se de um estudo metacientífico cujos artigos incluídos constituíram estudos primários com foco em atividade física, exercícios e/ou treinamento respiratório, em indivíduos com mais de 18 anos infectados pela Covid-19 após alta hospitalar. A coleta de dados foi realizada entre setembro e novembro de 2023. As bases de dados utilizadas foram: PubMed, Embase, Scielo e Lilacs. As variáveis investigadas foram: ano e local, tipo de estudo, registro da pesquisa, aspectos éticos, financiamento, conflito de interesse, amostra, cálculo amostral, desfecho clínico, tipo de conclusão e presença de spin. Resultados: foram incluídos 50 artigos, com predominância de publicações europeias. Em 2021, houve 20 artigos publicados, sendo o ano com o maior número de registros. Estudos intervencionistas foram maioria, e metade dos projetos não publicaram seus protocolos. Os aspectos éticos tiveram presentes em 96% dos estudos. O financiamento público foi predominante (58,8%) entre os estudos financiados. Em 64% dos artigos, não houve apresentação de cálculo amostral, e todas as conclusões foram positivas, com spin presente em 30%, sendo mais frequente nos resumos. Conclusão: Houve um aumento abrupto na produção científica a partir de 2020, com predominância de publicações europeias e estudos intervencionistas. O financiamento público foi maioria entre as pesquisas financiadas. A maior parte dos artigos não realizou cálculo amostral e todos apresentaram conclusões positivas, com spin mais frequente nos resumos.
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    Análise de concordância entre o aplicativo cardiógrafo e métodos convencionais para mensuração da frequência cardíaca
    (2025) BARBOSA, Júlio Machado
    RESUMO | CONTEXTO: o m-health propicia impactos positivos na área da saúde como acompanhamento clínico, economia de tempo e de custo. Aplicativos para a mensuração da FC, voltados para a área cardiovascular, são uma alternativa eficaz, oferecendo monitoramento remoto, suporte contínuo e incentivo à autogestão, porém ainda carecem de validação da usabilidade. OBJETIVO: analisar a concordância do aplicativo Cardiógrafo na mensuração da frequência cardíaca com os métodos convencionais de avaliação. MÉTODOS: um estudo de validação, realizado no ano de 2024 em uma instituição privada de ensino. Avaliados alunos maiores de 18 anos e excluídos se apresentassem qualquer doença cardíaca ou uso de marcapasso. Para a mensuração da FC utilizou-se três métodos: avaliação com aplicativo, verificação por meio da palpação da artéria radial e oximetria, iniciada após repouso de 5 minutos. No dedo indicador esquerdo foi colocado o oxímetro, o dedo anelar esquerdo foi colocado sobre a câmera apoiada na cadeira, simultânea a aferição da FC na artéria radial esquerda por 1 minuto. A análise de Bland-Altman foi usada para comparar a FC do aplicativo e dos dois métodos padrões. Para avaliar nível de concordância calculamos o desvio absoluto médio. RESULTADOS: valor de desvio absoluto médio entre as mensurações realizadas pelo aplicativo e pelo oxímetro e palpação da artéria radial foram respectivamente de 5,3 bpm e 5,0 bpm. Houve diferença entre os valores correspondentes de FC (p  < 0,01) medidos pelos métodos convencionais e aplicativo móvel. A análise de Bland-Altman mostrou o viés médio na FC entre oximetria, mensuração de pulso e aplicativo. CONCLUSÃO: o aplicativo Cardiógrafo não apresentou concordância na mensuração da FC em comparação ao oxímetro G-Tech® e a palpação da artéria radial.
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    Critérios e progressão de carga em programas de exercícios na reabilitação da tendinopatia do manguito rotador: uma revisão de escopo
    (2025) SANTOS, Lucas de Jesus dos
    INTRODUÇÃO: a tendinopatia do manguito rotador é uma das principais causas de dor no ombro, comprometendo força, função, qualidade de vida e sono. A aplicação de carga adequada é essencial na reabilitação, mas ainda há grande variabilidade na prescrição e nos critérios utilizados para progressão de exercícios. OBJETIVO: identificar e descrever os critérios e progressão de carga utilizados em programas de exercícios para reabilitação da tendinopatia do manguito rotador. MÉTODOS: trata-se de uma revisão de escopo conduzida segundo as diretrizes do PRISMA-ScR. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, pragmáticos e controlados, com adultos diagnosticados com 1 tendinopatia do manguito rotador. A busca foi realizada nas bases PubMed, Scielo, PEDro e Embase. A seleção e extração dos dados foram realizadas por dois revisores independentes com o auxílio do software Rayyan, e a qualidade metodológica foi avaliada pela escala PEDro. RESULTADOS: dos 714 registros inicialmente identificados, 32 estudos preencheram os critérios de inclusão. A progressão de carga foi conduzida principalmente com base na dor controlada, percepção de esforço e desempenho clínico. Exercícios concêntricos, excêntricos e isométricos foram os mais utilizados, geralmente com prescrição de 2 a 3 séries de 10 a 15 repetições, de 2 a 5 vezes por semana. A intensidade foi ajustada individualmente, e os estudos relataram melhora significativa na dor, função e força muscular, com baixa ocorrência de efeitos adversos. CONCLUSÃO: os exercícios terapêuticos mostraram-se eficazes na reabilitação da tendinopatia do manguito rotador. A progressão de carga foi guiada, na maioria dos estudos, por critérios subjetivos. Estratégias objetivas foram pouco utilizadas, e a diversidade de abordagens reforça a necessidade de padronização clínica futura. Faltam estudos que integrem fatores fisiológicos e psicossociais com maior rigor metodológico.