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    Tratamento não operatório de apendicite: uma revisão sistemática
    (2025) ALVES, Sarah Campos da Silva
    INTRODUÇÃO: A apendicite aguda é por definição uma inflamação do apêndice vermiforme, sendo uma das emergências cirúrgicas mais comuns na prática médica. O tratamento padrão é a apendicectomia, mas há estudos avaliando o uso de antibióticos isoladamente como alternativa em casos não complicados. OBJETIVOS: Verificar a eficácia do tratamento não operatório para apendicite aguda quando comparado com a apendicectomia. METODOLOGIA: Revisão sistemática com busca em fontes de dados eletrônicas: The Cochrane Library e MEDLINE/ PubMed. As buscas foram realizadas por meio da combinação de descritores, incluindo termos do Medical Subject Headings (MeSH), dos Descritores em Ciências da Saúde (DECs) e contrações de descritores. O protocolo PRISMA foi utilizado como guia e os termos usados foram a enfermidade (“Acute appendicitis”) e associação (AND) com intervenções médicas (“Antibiotics”; AND “Appendicectomy”). RESULTADOS: Dois dos estudos analisados trouxeram como antibióticos usados em comum o Ertapenem (1g/dia) e o Metronidazol (500mg, 3 vezes ao dia). Para além disso, dentre os 4 artigos analisados o estudo ASAA mostrou que a antibioticoterapia isolada é tão eficaz quanto a apendicectomia, enquanto os 2 estudos CODA, evidenciaram que independente da randomização a primeira terapia revelou-se não ser inferior ao tratamento cirúrgico. CONCLUSÃO: Embora o tratamento cirúrgico ainda seja o mais realizado, a antibioticoterapia é uma opção segura em alguns casos de apendicite aguda, podendo reduzir a necessidade de cirurgia.
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    Estudo da mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica na Bahia no período de 2015-2023
    (2025) SANTOS, Sofia Mendes Carvalho
    Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é definida como obstrução progressiva e permanente das vias aéreas, consequente a mudanças inflamatórias e estruturais, com o acometimento pulmonar por bronquite, e/ou alveolar, por enfisema. De acordo com o Consenso Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) de 2024, a DPOC é a principal causa de morbidade e mortalidade no mundo, sendo a terceira causa de morte mundial e tendo uma prevalência global de 10,3%. Objetivos: 1. Analisar a mortalidade por DPOC no Estado da Bahia no período de 2015 a 2023; 2. Apontar as macrorregiões de saúde com maiores taxas de óbito; 3. Analisar a frequência de DPOC nas diferentes faixas etárias e por sexo; 4. Analisar a mortalidade da DPOC 5 anos antes e durante a pandemia da COVID19. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com dados secundários do TabNet/DATASUS, referentes ao período de 2015 a 2023, no Estado da Bahia. Considerou-se como variáveis: óbitos por doenças pulmonares obstrutivas crônicas; idade de 40 a 80 anos ou mais; sexo; raça/cor; e macrorregião de saúde. Resultados/Conclusão: Foram registrados 17.095 óbitos, no período estudado, causados por DPOC em pacientes com idade maior ou igual a 40 anos. Os óbitos prevaleceram nos indivíduos de idade igual ou superior a 80 anos, do sexo masculino, pardos, sem nenhuma escolaridade e dentro da macrorregião de saúde Leste (25,02%). O estudo demonstrou que as macrorregiões de saúde com maiores taxas de óbito foram: Leste (NRS Salvador), Sul (NRS Ilhéus), Sudoeste (NRS Vitória da Conquista) e Centro-Leste (NRS Feira de Santana). Em toda a faixa etária analisada, as mortes por DPOC atingiram mais os homens do que as mulheres. O presente trabalho mostrou que nos 5 anos anteriores à pandemia do coronavírus a mortalidade por DPOC seguia uma maior linearidade de crescimento. Entretanto, é evidente a variação das taxas no período da pandemia, com a permanência da tendência ascendente dos óbitos por DPOC.
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    Uso de antipsicóticos atípicos e morte súbita cardíaca: uma revisão sistemática
    (2025) PATURY, Victor Moraes Rabelo
    RESUMO: A introdução dos antipsicóticos nos anos 1950 representam um marco na psiquiatria. Devido aos efeitos adversos, foram introduzidos antipsicóticos de segunda geração ou atípicos. Estes trouxeram outros efeitos adversos, inclusive de natureza metabólica, com possíveis efeitos sobre a morbi-mortalidade cardiovascular. Esta revisão dedica-se a investigar se há relação entre uso de antipsicóticos e morte súbita. Métodos: Revisão sistemática da literatura com metanálise de estudos publicados até 31 de outubro de 2024, nas bases Pubmed, Lilacs e Scielo, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola de acordo orientações do JBI. As palavras-chaves usadas foram antipsicóticos atípicos, morte súbita e ECR. Resultados: A partir de 1.059 estudos que foram triados 370 artigos para leitura do título e resumos, selecionando-se estudos foram considerados leitura completa e revisão de qualidade metodológica, restando 13 artigos de baixo risco de viés, com 8810 participantes. Nenhum estudo registrou arritmia e registraram-se 14 mortes; 02 casos de morte súbita, 01 por IAM e 03 casos de morte por suicídio e demais mortes por causas naturais não-cardiovasculares. A taxa de mortalidade geral, com base nos dados fornecidos, é de aproximadamente 0,16%. Conclusão: Não foi observada relação entre uso de antipsicóticos atípicos e morte súbita
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    Uso da arte como educação humanística em faculdades de medicina do Brasil: uma análise qualitativa
    (2025) MATOS, Sérgio Ivan Reis
    Introdução: A integração da arte como estratégia de humanização na formação médica é tema central deste estudo, alinhando-se às Diretrizes Curriculares Nacionais (2014), que priorizam a formação de médicos críticos e humanistas. Objetivo: Descrever a incorporação e a tipologia da arte como formação humanística nos currículos médicos das faculdades brasileiras. Metodologia: Buscou-se descrever como a arte é incorporada nos currículos das faculdades de medicina brasileiras, identificando modalidades artísticas utilizadas e formas de inclusão (obrigatória ou optativa). Para isso, realizou-se análise documental qualitativa dos Projetos Pedagógicos de 27 instituições de ensino médico, selecionadas proporcionalmente por região (segundo a Associação Brasileira de Educação Médica), utilizando a técnica de análise de conteúdo de Bardin para categorizar práticas artísticas. Resultados: Identificou-se que 40% das instituições não mencionam arte em seus currículos, enquanto 60% a incluem, predominantemente como atividades optativas (73%), com destaque para cinema (15 instituições), música (9) e teatro (4). Componentes obrigatórios apareceram em apenas 18% das instituições, como projetos Cine & Medicina (UFPB) e uso de filmes/literatura em mentorias (UNICENTRO), muitas vezes sem detalhamento metodológico. Conclusão: A arte, embora reconhecida como ferramenta para desenvolver empatia e reflexão, é subutilizada e fragmentada nos currículos médicos brasileiros, com ênfase em atividades passivas e optativas. Recomenda-se políticas nacionais para integrá-la de forma obrigatória, alinhada às diretrizes vigentes, além de capacitação docente e estudos que avaliem seu impacto na formação de profissionais humanizados, garantindo equidade na qualidade do ensino médico em todas as regiões do país.
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    Toxoplasmose gestacional no Brasil e sua associação com indicadores socioeconômicos
    (2025) FREITAS, Sophia Andressa da Silva de
    Introdução: A toxoplasmose gestacional, infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, possui alta relevância para a saúde pública devido a sua associação a complicações fetais graves, como aborto, malformações e morte neonatal. No Brasil, a desigualdade no acesso a serviços de saúde e infraestrutura básica pode potencializar o risco de transmissão da doença, especialmente em regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e acesso precário a saneamento básico. Objetivo: Analisar a ocorrência da toxoplasmose gestacional no país entre 2019 e 2022 e sua relação com indicadores socioeconômicos, como o acesso à água, esgotamento sanitário e o IDH estadual e regional. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, exploratório-descritivo, com análise de dados secundários provenientes de bases públicas como DATASUS, Painel Saneamento Brasil e Atlas do Desenvolvimento Humano. Foram aplicadas técnicas quantitativas de análise, com uso de frequências absolutas e relativas, média das variáveis. Resultados: Entre 2019 e 2022, foram registrados 31.363 casos de toxoplasmose gestacional no Brasil, representando um aumento de 38% no período. A Região Sudeste concentrou a maior proporção dos casos (32%), enquanto a Centro-Oeste apresentou a menor (8%). A taxa de incidência nacional por nascidos vivos apresentou expressivo crescimento, com destaque para a Região Sul, que, mesmo com alto IDH, registrou a maior incidência proporcional (0,43%). Já a Região Norte, embora com menor número absoluto de casos, apresentou alta taxa de incidência,0,32% dos nascidos vivos, associada a baixos índices de IDH, acesso limitado à água potável e cobertura precária de esgotamento sanitário. Conclusão: A análise evidencia que a toxoplasmose gestacional está diretamente relacionada às desigualdades regionais brasileiras, reforçando a necessidade de políticas públicas integradas que priorizem a expansão do saneamento básico, a qualificação da atenção primária à saúde e o fortalecimento das ações de vigilância e prevenção no cuidado materno-infantil.
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    Análise da mortalidade e anos potenciais de vida perdidos por grupos de causas CID-10 selecionadas e por Covid-19. Estado da Bahia. 2019 a 2023
    (2025) ALMEIDA, Sophia Leite Moitinho Magalhães de
    Introdução: A morte é considerada como o encerramento do ciclo de vida. A sua ocorrência é um dos escopos da epidemiologia, que a analisa, através de indicadores, considerando as características demográficas da pessoa vitimada, causa do óbito, local da sua ocorrência, dentre outros. Um dos indicadores mais utilizados para analisar os óbitos de uma população é o Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP), definida como tempo médio que um indivíduo teria vivido se não tivesse morrido prematuramente. Com esta medida é possível quantificar as perdas sociais e econômicas devido à morte prematura. Objetivo: Analisar a mortalidade e Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) por Doenças do Aparelho Circulatório, Neoplasias, Causas Externas, Doenças Infecciosas e Parasitárias e por COVID-19 na Bahia no período de 2019 a 2023. Metodologia: Tratase de um estudo descritivo com dados secundários, obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os óbitos e APVP foram apresentados em valores absolutos por ano e grupo de causa e a faixa etária no período de 2020 a 2023. Os resultados foram apresentados em Tabelas e Gráficos. Resultados: No período do estudo foram contabilizados 315.855 óbitos, a maioria por DAC (39,6%), seguido de Neo (22,5%), CE (21,3%) e DIP (15,5%). Na Bahia, observou-se que o valor total de APVP anual por COVID-19 vaiou de 216.204,5 em 2021 a 4.812,5 em 2023, se concentrando no grupo etário de 50-59 anos. A APVP pela doença causada pelo SARS-CoV-2 foi maior entre indivíduos de faixa etária de 50- 59 anos, do sexo masculino e de raça/cor da pele pardos. Em relação as Doenças do Aparelho Circulatório, Causas Externas, Neoplasias e Doenças Infecciosas e Parasitárias, observou-se que a APVP total por causa no período analisado foi, respectivamente, 865.231,3; 2.432.830,0; 777.814,9 e 662.234,1. Entretanto, apesar dos maiores índices de APVP por esses grupos de causa, torna-se extremamente relevante a realização de uma análise aprofundada sobre mortalidade e APVP por COVID-19 haja vista que, em poucos anos, essa doença conseguiu alterar o panorama de óbitos não só da Bahia mas do mundo.
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    Perfil epidemiológico e clínico das mulheres atendidas no serviço de ginecologia em ambulatório docente assistencial em Salvador-Ba
    (2025) GUIMARÃES, Talita Eugle Miguel de Oliva
    Introdução: A saúde feminina recebe um enfoque específico e abrangente, sendo fundamental a prevenção de doenças e a identificação de comorbidades prevalentes por meio da epidemiologia e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM). Os ambulatórios de ginecologia da rede pública são fundamentais para delinear o perfil e as doenças frequentes das pacientes atendidas, o que possibilita a formulação e aprimoramento de políticas e programas de saúde direcionados. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e clínico das mulheres atendidas no Ambulatório Docente Assistencial de Ginecologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em Salvador, Bahia. Metodologia: Trata-se de estudo de corte transversal com amostragem de conveniência composto por 339 mulheres. Foram analisados dados dos prontuários eletrônicos das mulheres atendidas no serviço citado, no período de janeiro a dezembro de 2023. Foram incluídas mulheres submetidas à primeira consulta ginecológica na instituição e com idade igual ou superior a dezoito anos. Foram excluídas do estudo: gestantes e prontuários bloqueados ou incompletos. Foram analisadas variáveis sociodemográficas e clínicas, como faixa etária, estado civil, escolaridade, idade à menarca e à coitarca, queixa principal, métodos contraceptivos, entre outras. Os dados foram apresentados em termos percentuais e tabelas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o parecer nº 6.867.553. Resultados: Dentre as 339 mulheres analisadas, a idade média encontrada foi de 46,4 ± 14,31 anos. Quanto ao estado civil, a proporção de mulheres casadas ou que viviam em união estável (39,23%) era próxima das solteiras (38,64%). Em relação ao nível de escolaridade, a maioria informou possuir ensino médio completo (39,82%), seguido de ensino superior completo (11,79%). A principal motivação das pacientes para consulta ginecológica foi consulta de rotina (45,13%), seguida de dor pélvica e/ou abdominal (9,14%) e sintomas climatéricos (7,67%). Da amostra, 261 (77%) mulheres foram submetidas a exame físico e, 133 (39,23%) realizaram a coleta do exame citopatológico do colo uterino. Conclusão: O perfil epidemiológico foi constituído por mulheres adultas, sobretudo entre 40 e 60 anos, com predomínio de consultas de rotina, sem queixas associadas. Porém, dentre as pacientes com motivações para consulta, dores pélvicas e sintomas climatéricos foram as mais frequentes, o que possui relação com a faixa etária encontrada no estudo.
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    Variação morfológica dos ossos sesamóides halucais bipartidos e a relação com a deformidade do hálux valgo na população de um hospital de referência. Salvador 2024
    (2025) OLIVEIRA, Társis Teixeira Bessa
    Introdução: Localizados na face plantar do primeiro metatarso, ossos semamódes halucais formam um complexo capsuloligamentar que atua como roldana, otimizando a biomecânica e protegendo a articulação metatarsofalângica. Sua ossificação completa-se entre 8-12 anos e falhas na fusão dos centros de ossificação geram sesamoides bipartidos/multipartidos, principalmente no sesamoide medial. Essas variações anatômicas, assim como hipoplasias ou ausências congênitas, associam-se a patologias como fraturas, artrite e osteonecrose, destacando sua relevância clínica. Objetivo: Avaliar a variação morfológica dos ossos sesamóides halucais bipartidos e a relação com a deformidade do hálux valgo na população de um hospital de referência. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo com dados primários no ambulatório de ortopedia de um hospital de referência, analisando radiografias de pés de pacientes adultos. Os dados foram coletados do sistema PACS®, organizados no Excel® e analisados estatisticamente no Jamovi. Foram avaliadas variáveis como sexo, idade, morfologia dos sesamoides, lateralidade, presença de hálux valgo e classificação do índice metatarsal. O valgismo do hálux foi classificado por ângulo metatarsofalângico (>15° ou 15°) esteve presente em 29,2% da amostra e associou-se significativamente à partição sesamoideana (p=0,002), reforçando a possível relação entre essa variação anatômica e a deformidade. Conclusão: A partição de ossos sesamóides halucais, especialmente do sesamoide tibial, apresenta possível relação com a morfologia do pé e com deformidades como o hálux valgo, reforçando a importância da avaliação dessas estruturas no diagnóstico e abordagem de patologias do antepé, sendo este estudo pioneiro em abordar tais aspectos na população brasileira.
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    Os efeitos da terapia de reposição hormonal na pressão arterial de mulheres menopausadas e pós-menopausadas
    (2025) SILVA, Tatiana Grisi Pessoa
    Introdução: A menopausa e a pós-menopausa estão associadas à diversas alterações hormonais, acompanhadas do declínio acentuado dos níveis de estrogênio e progesterona, que contribuem para elevação do risco de hipertensão arterial nas mulheres. A terapia de reposição hormonal (TRH) é um método muito utilizado atualmente para atenuar os sintomas vasomotores causados pela menopausa, sendo necessário esclarecer melhor os seus efeitos na pressão arterial. Objetivo: Reunir evidências sobre os efeitos da terapia de reposição hormonal com estrógeno e progesterona na pressão arterial de mulheres menopausadas e pós-menopausadas. Metodologia: O presente estudo é uma revisão sistemática de literatura, sem metanálise. Foi realizada uma busca de dados nas plataformas MEDLINE/PubMed, Embase e Cochrane, através da combinação de Descritores em Ciências de Saúde (DeCS), fundamentados na estratégia PICO, considerando os operadores booleanos “OR” e “AND”. Foram excluídos estudos observacionais, revisões sistemáticas, artigos em francês e espanhol, ensaios clínicos randomizados publicados há mais de 20 anos, duplicatas, ensaios que trouxessem mulheres usuárias de testosterona e seus derivados, mulheres hipertensas ou diabéticas. O risco de viés dos ensaios clínicos randomizados utilizados foi avaliado através do Cochrane Risk of Bias Tool for Randomized Trials 2 (RoB 2). Resultados: Após a seleção dos artigos, 5 estudos foram incluídos. Os estudos analisados demonstraram que a terapia de reposição hormonal (TRH), especialmente com o uso de estradiol transdérmico ou em combinação com progestagênios, pode promover reduções significativas nos níveis de pressão arterial sistólica e/ou diastólica em mulheres na menopausa. Os efeitos variaram conforme o tipo, dose, duração e via de administração da TRH, sendo mais consistentes com o uso transdérmico. Já os grupos controle, sem TRH ou com placebo, não apresentaram alterações pressóricas relevantes. Conclusão: Os efeitos da TRH na pressão arterial de mulheres menopausadas demonstraram variar de acordo com diversos fatores, como tipo hormonal, dose, via de administração e perfil individual das pacientes. São necessários mais ensaios clínicos para esclarecer melhor esses impactos.
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    Diâmetros cardíacos e função do ventrículo esquerdo em relação a pressão arterial avaliada com monitorização ambulatorial (mapa)
    (2025) MOREIRA, Thales Henrique Lobo e Silva
    Introdução: Entre os agravos mais frequentes à saúde, encontra-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS), com elevada prevalência mundial. Constitui importante fator de risco cardiovascular. Embora a aferição casual da pressão arterial (PA) seja o procedimento fundamental para o seu diagnóstico, a avaliação fora do consultório representa indicação frequente da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). No processo de avaliação. exames complementares como MAPA e o ecocardiograma (ECO), contribuem com o diagnóstico e acompanhamento de pacientes com HAS. Objetivos: O estudo visa avaliar os diâmetros (D) das câmaras cardíacas esquerdas e a função do ventrículo esquerdo em relação a PA de pacientes submetidos a MAPA e ECO, em serviço especializado de Salvador, BA. Métodos: Estudo transversal, de pacientes atendidos por livre demanda em serviço privado especializado, em Salvador, BA, que tenham realizado MAPA e ECO, no período de 01/04/2021 a 01/04/2023, com um intervalo de no máximo seis meses antes ou depois entre os exames. Foram incluídos pacientes de Idade ≥ 18 anos e excluídos os com laudos dos exames incompletos, doenças neurológicas, em tratamento oncológico. As variáveis de pesquisa obtidas dos laudos da MAPA e ECO, nos arquivos eletrônicos da instituição foram: D do ventrículo esquerdo em sístole (VES) em diástole (VED) e do átrio esquerdo (DAE); Fração de Ejeção (FE), Função diastólica (FD), PA sistólica (PAS) e PA diastólica (PAD) médias em vigília, no sono e total (24 horas), denscenso noturno (DN), conclusão da MAPA e ECO. D maiores e FE menor que os valores de referência foram considerados alterados. As análises utilizaram estatística descritiva, testes t de Student e X2,
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    Transtorno de estresse pós-traumático e seus fatores de risco em mulheres brasileiras: uma revisão sistemática
    (2025) DANTAS, Tiliana Késsia Menezes
    Introdução: O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é uma condição psiquiátrica caracterizada pela revivência de eventos traumáticos, com impactos significativos na saúde física, emocional e social dos indivíduos. Mundialmente, mais de 70% dos adultos do mundo já experienciaram um evento traumático ao longo da vida. No Brasil, as mulheres apresentam maior vulnerabilidade ao desenvolvimento do TEPT, especialmente quando expostas a diferentes formas de violência. No entanto, há escassez de revisões sistemáticas que explorem os fatores de risco para TEPT em mulheres brasileiras. Objetivo: Analisar os fatores de risco associados ao desenvolvimento do TEPT em mulheres brasileiras, por meio de uma revisão sistemática da literatura científica. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática conduzida conforme as diretrizes do PRISMA. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, SciELO, Embase, Lilacs e Web of Science, utilizando descritores em inglês e português combinados por operadores booleanos. Foram incluídos estudos observacionais, longitudinais e transversais, publicados em inglês ou português. A qualidade metodológica foi avaliada por meio do checklist do Joanna Briggs Institute. A análise dos dados foi qualitativa e comparativa. Resultados: Foram inicialmente identificados 68 artigos, dos quais 6 atenderam aos critérios de elegibilidade. A maioria dos estudos foi realizada nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, com enfoque em mulheres no pós-parto ou em situação de gravidez de risco. A prevalência do TEPT variou de 5,3% a 15,9%, a depender dos instrumentos utilizados para diagnóstico, como PLC-C, MINI, DSM-IV e CIDI 2. Os principais fatores de risco identificados foram: violência sexual (na infância e na vida adulta), violência praticada por parceiro íntimo (física e psicológica), violência urbana, baixa escolaridade, primiparidade, complicações obstétricas, histórico de transtornos psiquiátricos e baixo nível socioeconômico. Apenas um estudo abordou a população geral, destacando a violência urbana como o trauma mais comum. Conclusão: A revisão evidencia a prevalência ao desenvolvimento de TEPT associada aos múltiplos fatores de risco, com destaque para diferentes formas de violência ao longo da vida. Os dados reforçam a necessidade de políticas públicas de prevenção e atenção à saúde mental das mulheres, bem como de mais estudos que abordem esse transtorno fora do contexto da gestação e puerpério. A compreensão ampliada sobre os determinantes do TEPT em mulheres é essencial para a formulação de estratégias eficazes de intervenção e suporte psicossocial.
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    Avaliação clínica da disfagia como um fator prognóstico em pacientes com avc: um corte transversal
    (2025) SILVA, Victor Vale da Silva
    Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbimortalidade global, sendo responsável por altos custos de tratamento e reabilitação. A disfagia, caracterizada pela dificuldade na deglutição, é uma complicação comum do AVC, acometendo entre 40% e 70% dos pacientes nos primeiros dias após o evento. A presença da disfagia está associada a complicações como pneumonia aspirativa, desnutrição, prolongamento da internação e aumento da mortalidade. Assim, sua identificação precoce é essencial para otimizar o manejo clínico. No entanto, ainda há lacunas no entendimento da disfagia como um fator prognóstico em pacientes com AVC. Objetivo: Avaliar o impacto da disfagia como um fator prognóstico em pacientes que sofreram AVC. Metodologia: Estudo observacional transversal realizado em um hospital público de gestão privada em Salvador, Bahia, com pacientes admitidos por AVC isquêmico entre janeiro de 2021 e dezembro de 2023. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e laboratoriais a partir dos prontuários eletrônicos, além de informações sobre disfagia e seus desfechos. A análise estatística incluiu testes paramétricos e não paramétricos, sendo considerado significativo.
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    A ocorrência de depressão pós-parto em mulheres que desenvolveram pré-eclâmpsia na gestação: uma revisão sistemática
    (2025) ALVES, Virna Maria Andrade
    Introdução: A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno mental comum no puerpério, com elevada prevalência e grande impacto na saúde materna e no desenvolvimento infantil. A pré-eclâmpsia (PE), complicação obstétrica hipertensiva que acomete 5% a 8% das gestantes, é considerada fator de risco relevante para o surgimento da DPP, especialmente quando associada a desfechos graves como morte perinatal e internação neonatal. A presença simultânea dessas condições pode intensificar o sofrimento psicológico da mulher e comprometer o vínculo mãe-bebê. Ainda assim, são escassos os estudos que investigam essa associação de forma sistematizada. Objetivo: Avaliar a ocorrência de depressão pós-parto em mulheres que desenvolveram pré-eclâmpsia durante a gestação, por meio de uma revisão sistemática da literatura. Métodos: Foi conduzida uma revisão sistemática guiada pelo protocolo PRISMA, com buscas nas bases PubMed, SciELO, Lilacs e Embase, utilizando os descritores "postpartum depression" e "preeclampsia". Foram incluídos estudos observacionais em humanos, publicados em português ou inglês, com amostras compostas por mulheres que desenvolveram PE e que foram avaliadas quanto à presença de DPP através da Escala de Edimburgo. Resultados: Foram incluídos quatro estudos que abordaram a associação entre PE e DPP. As amostras variaram entre 161 e 425 mulheres. A prevalência/incidência de DPP variou de 20,5% a 31,7% nas pacientes com PE, sendo maior nos casos graves e quando associada a fatores psicossociais desfavoráveis. A gravidade da pré-eclâmpsia, morte perinatal, suporte social insuficiente e histórico psiquiátrico prévio foram os principais fatores de risco para DPP identificados. Conclusões: Os achados desta revisão sugerem que a pré-eclâmpsia, especialmente em sua forma grave, está fortemente associada à ocorrência de depressão pós-parto. Esses resultados reforçam a importância do rastreamento da saúde mental de puérperas com histórico de PE, além da necessidade de suporte emocional adequado durante a gestação e no pós-parto, com vistas à prevenção de transtornos mentais e à promoção de políticas públicas voltadas à saúde mental materna.
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    Eficácia e tolerância do dupilumabe no tratamento da dermatite atópica :uma revisão sistemática
    (2025) FREITAS, Yasmin Moraes
    Introdução: A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica que tem aumentado sua incidência nas últimas décadas em países desenvolvidos. As suas principais manifestações clínicas caracterizam-se por eczema e prurido intenso, normalmente associados a distúrbios do sono, alterações do bem-estar psicossocial e impacto significativo na qualidade de vida do paciente. Sua etiologia é complexa e envolve inúmeros fatores como exposição do indivíduo a determinado ambiente, distúrbios da barreira cutânea, suscetibilidade genética e mecanismos imunológicos. O Dupilumabe é um anticorpo monoclonal que surge nesse cenário como uma alternativa promissora para o tratamento da DA , controlando não apenas os sintomas da doença como também os mecanismos relacionados a sua fisiopatologia.Objetivo: Avaliar a eficácia e tolerância do Dupilumabe no tratamento de pacientes com dermatite atópica de gravidade moderada a grave, sumarizando seus desfechos clínicos e comparando os estudos quanto às suas características, qualidade e vieses.Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão sistemática realizado conforme as recomendações da declaração Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). As buscas de literaturas foram realizadas na base de dados eletrônicas MEDLINE/PubMed por meio da combinação de descritores, incluindo termos do Medical Subject Headings (MeSH), Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e os boleanos “or” e “and”. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados em inglês e português que abordassem o tema da pesquisa. Foram excluídos estudos que tangenciassem o tema, possuíssem baixa qualidade metodológica e que não estivessem disponibilizados integralmente ou que se encontrassem inacessíveis.Resultados: Cinco estudos foram selecionados totalizando uma amostra de 2780 pacientes portadores de dermatite atópica moderada a grave, sendo que a abordagem com o Dupilumabe foi realizada em 1938 (69,71%) pacientes. Todos os estudos relataram redução significativa nos sinais e sintomas da doença, além de melhora nos escores clínicos utilizados para avaliar a gravidade da patologia. Já em relação as reações adversas relacionados com o uso da medicação foi observado efeitos de intensidade leve a moderada como reações no local da injeção, conjuntivite e nasofaringite. Além disso, do ponto de vista imunológico, foi identificado redução significativa de biomarcadores relacionados ao processo inflamatório cutâneo.Conclusão: Os estudos analisados mostraram que o Dupilumabe é eficaz no tratamento da dermatite atópica moderada a grave, reduzindo de maneira significativa seus sinais e sintomas. Além disso, ele apresentou boa tolerância na maioria das pessoas, sendo, portanto, uma opção terapêutica segura.
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    Análise casuística e das complicações de hérnias incisionais no Hospital Municipal de Salvador (HMS)
    (2025) CASTRO, Pedro Lima
    Introdução: As hérnias incisionais representam uma complicação frequente de cirurgias abdominais, gerando impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e nos custos hospitalares. Fatores como idade, comorbidades e técnica cirúrgica empregada influenciam diretamente na incidência e no prognóstico dessa condição. O presente estudo tem como objetivo avaliar os principais fatores associados ao desenvolvimento de hérnia incisional e as complicações pós-operatórias, correlacionando os achados com a literatura disponível. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo realizado no Hospital Municipal de Salvador (HMS). Foram analisados prontuários de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de correção de hérnia incisional, avaliando variáveis demográficas, clínicas e técnicas cirúrgicas utilizadas. Os dados foram processados por meio de análise estatística descritiva e inferencial, com nível de significância de 5%. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (64%), com média de idade de 54,18 anos. Cerca de 66,9% apresentavam comorbidades, sendo a hipertensão arterial sistêmica a mais frequente. A técnica cirúrgica Onlay foi a mais empregada (60%), seguida pela Sublay. As principais complicações pós-operatórias incluíram dor (26,3%), seroma (8,0%), infecção da ferida operatória (4,0%) e recidiva (6,9%). Observouse associação estatisticamente significativa entre presença de comorbidades e ocorrência de complicações. Conclusão: A análise do perfil clínico e das técnicas cirúrgicas empregadas possibilita compreender os fatores relacionados às complicações pós-operatórias, o que pode contribuir para a adoção de condutas mais eficazes na prevenção de recidivas e redução da morbidade cirúrgica.
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    Prevalência e diferenças no uso de cigarro eletrônico entre os estudantes de medicina e os das outras áreas de saúde da escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
    (2025) FERREIRA, Pedro Rêgo
    Introdução: O uso do cigarro eletrônico (CE) vem ser tornando cada vez mais uma ameaça à saúde pública no Brasil e no mundo, onde, por questões de conhecimento, espera-se que os estudantes da área da saúde teriam que ter maiores percepções acerca da dependência e nocividade desse dispositivo. Objetivo: Avaliar o uso, características e associações do dispositivo cigarro eletrônico entre estudantes da área da saúde da faculdade Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e suas percepções acerca do tema. Métodos: É um estudo de caráter observacional transversal onde foi aplicado um questionário online através do site Google Forms para 465 alunos que responderam o questionário matriculados em todos os cursos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) em Salvador, Bahia. O questionário contém perguntas acerca de dados sociodemográficos (como sexo, idade, etnia e curso) e informações sobre hábitos de vida (uso do CE e frequência e uso de bebidas alcoólicas e frequência). A amostra total foi dividida entre todos os cursos da faculdade, os dados foram transmitidos ao progama Excel e armazenados em um local seguro. Resultados: Verifica-se que 38,1% (n=177) dos estudantes fazem ou já fizeram uso do CE, sendo a maior proporção nos estudantes de Educação Física. Ademais, a análise da relação entre o uso desse dispositivo com o uso de bebidas alcoólicas mostrou-se muito prevalente (p < 0,01). Vale ressaltar que 99,6% dos respondentes entendem que o uso do CE aumentam o risco de doenças pulmonares e 95,7% entendem que causa dependência. Conclusão: Com os resultados obtidos, pretende-se reforçar a conscientização sobre o consumo do cigarro eletrônico entre os estudantes da área da saúde, onde 100% deveriam estar alinhados à conduta de não utilizar esse dispositivo, a fim de garantir um cuidado mais responsável e coerente com seus futuros pacientes.
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    Análise retrospectiva comparativa, em serviço privado em Salvador nos últimos 5 anos, dos resultados entre os tipos de cirurgia bariátrica: sleeve e by-pass
    (2025) BELTRÃo, Pedro Macêdo
    Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública global, associado ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis e à redução da qualidade e expectativa de vida. No Brasil, milhões de pessoas convivem com a condição, e a cirurgia bariátrica é uma alternativa eficaz quando abordagens clínicas falham. Dentre os principais métodos estão a gastrectomia vertical laparoscópica (Sleeve) e o Bypass gástrico em Y-de-Roux (Bypass), ambos reconhecidos pela eficácia na redução de peso e na melhora de comorbidades. Objetivo: Comparar os resultados clínicos, a perda ponderal e a evolução de comorbidades em pacientes submetidos às cirurgias Sleeve ou Bypass em um serviço privado de Salvador (BA), ao longo de cinco anos. Metodologia: Estudo observacional, descritivo e comparativo, com coleta retrospectiva de dados de prontuários. Os dados foram sistematizados no EpiInfo e analisados no SPSS v.21.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Resultados: Foram avaliados 115 pacientes, com média de idade de 42,19 anos, predominância do sexo feminino (72,2%) e comorbidades em 66,1%. O IMC médio caiu de 40,11 para 31,30 kg/m², representando uma redução de 22,02%. Entre os submetidos ao Bypass, 37,5% tiveram redução de IMC superior a 25%; no grupo Sleeve, 49,2% atingiram esse marco. No total, 43,5% dos pacientes alcançaram essa meta, sem diferenças estatisticamente significantes entre tipos de cirurgia, sexo ou faixa etária. Conclusão: Ambos os procedimentos se mostraram eficazes na redução de peso e na melhora de comorbidades, sem diferença estatística entre estes. Portanto, a escolha da técnica deve ser individualizada, considerando o perfil clínico do paciente, e reforça-se a importância do acompanhamento multidisciplinar para manutenção dos resultados a longo prazo.
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    Massa do ventrículo esquerdo em relação a pressão arterial á monitorização ambulatorial (mapa)
    (2025) MULLER, Rafael Hummes
    Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença silenciosa, multifatorial, com elevada prevalência no Brasil e no mundo, especialmente em países de baixa e média renda. Seu diagnóstico e monitoramento adequado são essenciais para evitar complicações cardiovasculares graves, como a hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE), frequentemente identificada por meio do ecocardiograma (ECO), exame complementar não invasivo e de alta acurácia. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), por sua vez, é considerada padrão ouro para avaliação do comportamento pressórico ao longo de 24 horas. Ainda são escassos os estudos que relacionam o comportamento da pressão arterial (PA) à massa do ventrículo esquerdo (MVE), especialmente em diferentes perfis populacionais. Objetivo: Avaliar a MVE em relação à PA em pacientes submetidos à MAPA em um serviço especializado em Salvador, Bahia. Metodologia: Estudo transversal, com amostra de conveniência composta por 232 pacientes submetidos à MAPA e ECO entre 01/04/2021 e 01/04/2023, em um centro diagnóstico especializado em Salvador, Bahia. Foram incluídos pacientes ≥ 18 anos, que realizaram ambos os exames no intervalo de até 6 meses e excluídos os com laudos dos exames incompletos, doenças neurológicas, em tratamento oncológico. Os dados foram coletados dos laudos de MAPA e ECO, sendo analisadas variáveis demográficas, PA sistólica (PAS) e diastólica (PAD) descenso noturno (DN), diâmetros e espessura do septo e parede posterior do ventrículo esquerdo (VE), massa do VE (MVE), índice de MVE (IMVE) e padrões de geometria do VE. Para análise dos dados se utilizou estatística descritiva, testes t de Student, Mann Whitney e Qui-quadrado, com p0,05. Enquanto que, a comparação entre A MVE e o IMVE em relação a conclusão da MAPA normal ou alterado respectivamente, houve diferença estatisticamente significante p=0,004 e p=0,005. Conclusões: A frequência de HVE foi significante; a MVE foi maior nos pacientes com PAS e PAD total, em vigília e no sono, mais elevadas, contudo, essa diferença não alcançou significância estatística e ao comparar a conclusão da MAPA em relação a MVE, houve maior frequência de elevação da MVE nos pacientes com MAPA alterado, alcançando significância estatística, o que pode sugerir, provável associação entre alteração do comportamento da PA à MAPA e elevação da MVE entre os pacientes estudados.
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    Avaliação da área sob a curva detrusora em pacientes portadores de bexiga neurogênica ou válvula de uretra posterior
    (2024) DANTAS, Pedro Silva
    Introdução: A disfunção do trato urinário inferior é uma sequela comum em crianças com doenças neurológicas e não-neurológicas, impactando a qualidade de vida. A bexiga neurogênica pode causar complicações urológicas permanentes, exigindo avaliação clínica e urodinâmica. O estudo urodinâmico analisa parâmetros como capacidade vesical e pressão detrusora, porém sem um prognóstico preciso para todos os pacientes. A pressão detrusora acima de 40 cmH₂O tem sido associada à lesão renal, mas sua validade prognóstica ainda é debatida. Goudelocke et al6 propuseram o uso da área sob a curva da pressão detrusora como preditor de risco, enquanto Tyriaki et al7 . sugeriram o cálculo do bladder work. No entanto, a relação desse parâmetro com clínica permanece incerta. Este estudo busca descrever a área sob a curva da pressão detrusora em crianças com bexiga neurogênica ou válvula de uretra posterior, avaliando sua associação com variáveis clínicas. Objetivo: Descrever o valor da área sob a curva da pressão detrusora no estudo urodinâmico em pacientes portadores de bexiga neurogênica ou de bexiga neurogênica nãoneurogênica e sua associação com variáveis clínicas. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, descritivo envolvendo crianças entre 4 e 17 anos atendidas no ambulatório do Centro de Distúrbios Miccionais da Infância (CEDIMI). Pacientes com anomalias anatômicas do trato digestório foram excluídos. O cálculo da área abaixo sob a curva da pressão detrusora foi realizado por meio de uma ferramenta que utiliza o cálculo da integral, o fluxo de urina é a derivada do volume urinado, e, portanto, o volume urinado é a integral do fluxo. Foi considerado como área sob a curva detrusora corrigida o valor total da área sob a curva da pressão detrusora será dividido pelo volume de enchimento em mililitros, para ajuste de correção da área total do gráfico de acordo com cada cistometria realizada. Resultados: 71 pacientes foram incluídos no estudo, com média de idade de 9,42 anos (±4,335), sendo 41 (57,7%) do sexo masculino. Nos testes de associação, a área corrigida mostrou associação com uso de CIL e hiperatividade detrusora, isto é, ambas variáveis, de forma isolada, estão relacionadas à maior área sob a curva detrusora corrigida. Na avaliação de correlação, a área corrigida mostrou correlação fraca positiva com a frequência do uso do CIL (ρ= 0,4 -
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    Avaliação do perfil epidemiológico-clínico entre portadores de distrofia fascio-escápulo-umeral em ambulatório especializado em Salvador-Ba
    (2025) ALBUQUERQUE, Rafael Amaral de Matos
    Introdução: A distrofia fascioescapuloumeral (DFEU) é uma das distrofias musculares genéticas mais prevalentes no mundo, de origem genética e de herança autossômico dominante, curso clínico progressivo e considerável heterogeneidade fenotípica, o que dificulta seu diagnóstico precoce e adequado acompanhamento. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o perfil clínico e epidemiológico de pacientes portadores de DFEU atendidos em um ambulatório especializado em Salvador, Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, com análise de dados secundários provenientes do projeto PERFIL, incluindo pacientes em acompanhamento ativo com diagnóstico confirmado ou suspeito da doença. Foram coletadas informações sociodemográficas, clínicas e funcionais por meio de prontuários eletrônicos e escalas clínicas validadas. Resultados: A amostra foi composta por 22 pacientes pertencentes a 11 famílias distintas, com predominância do sexo feminino (54,5%) e idade média de 33,6 anos, sendo a idade média de início dos sintomas de 19,7 anos. A análise das manifestações clínicas revelou maior frequência de fraqueza proximal dos membros inferiores como sintoma inicial, seguida de fraqueza facial e escápula alada. Na estratificação por idade, observou-se maior comprometimento motor em indivíduos com mais de 31 anos, reforçando a progressividade da doença. A média de pontuação na escala Clinical Severity Score foi de 2,20 e no FSHD Severity Score foi de 4,95 pontos, sendo estes valores maiores no grupo etário mais avançado. A discrepância observada na predominância feminina da amostra contrasta com a literatura, que geralmente aponta maior gravidade e frequência entre homens, podendo refletir maior procura por cuidados médicos por parte das mulheres, além de viés de seleção decorrente do tamanho amostral reduzido. Conclusão: Conclui-se que a DFEU apresenta ampla diversidade fenotípica, o que contribui para o prolongamento da jornada diagnóstica dos pacientes, sendo essencial a valorização dos sinais precoces e da abordagem multidisciplinar para a melhoria da qualidade de vida e funcionalidade dos indivíduos acometidos.