Tratamento não operatório de apendicite: uma revisão sistemática

Resumo

INTRODUÇÃO: A apendicite aguda é por definição uma inflamação do apêndice vermiforme, sendo uma das emergências cirúrgicas mais comuns na prática médica. O tratamento padrão é a apendicectomia, mas há estudos avaliando o uso de antibióticos isoladamente como alternativa em casos não complicados. OBJETIVOS: Verificar a eficácia do tratamento não operatório para apendicite aguda quando comparado com a apendicectomia. METODOLOGIA: Revisão sistemática com busca em fontes de dados eletrônicas: The Cochrane Library e MEDLINE/ PubMed. As buscas foram realizadas por meio da combinação de descritores, incluindo termos do Medical Subject Headings (MeSH), dos Descritores em Ciências da Saúde (DECs) e contrações de descritores. O protocolo PRISMA foi utilizado como guia e os termos usados foram a enfermidade (“Acute appendicitis”) e associação (AND) com intervenções médicas (“Antibiotics”; AND “Appendicectomy”). RESULTADOS: Dois dos estudos analisados trouxeram como antibióticos usados em comum o Ertapenem (1g/dia) e o Metronidazol (500mg, 3 vezes ao dia). Para além disso, dentre os 4 artigos analisados o estudo ASAA mostrou que a antibioticoterapia isolada é tão eficaz quanto a apendicectomia, enquanto os 2 estudos CODA, evidenciaram que independente da randomização a primeira terapia revelou-se não ser inferior ao tratamento cirúrgico. CONCLUSÃO: Embora o tratamento cirúrgico ainda seja o mais realizado, a antibioticoterapia é uma opção segura em alguns casos de apendicite aguda, podendo reduzir a necessidade de cirurgia.

Descrição

Palavras-chave

Apendicite aguda, Apendicectomia, Antibióticos

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