Dissertações - MPTS

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    Tradução, adaptação transcultural e validação para o português do Brasil da escala Egen klassifikation versão 2 (Ek2) em pacientes com distrofia muscular de Duchenne e atrofia muscular espinhal
    (2025-05-07) PIMENTEL, Juliana Marcelino; COSTA, Marcela Câmara Machado; DIAS, Cristiane Maria Carvalho Costa; PINTO, Elen Beatriz Carneiro; ALVES, Renalli Manuella Rodrigues; FAIÇAL, Adriana Virgínia Barros
    Introdução: As Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) e Atrofia Muscular Espinhal (AME) são doenças de origem genética, progressivas, com impacto motor e respiratório, progressão e resposta terapêutica baseadas em uso de escalas funcionais. A escala Egen Klassifikation versão 2 (EK2) avalia a funcionalidade, contribuindo na rede de cuidado desses pacientes. Objetivo: traduzir, adaptar transculturalmente e validar para a língua portuguesa a EK2 em pacientes com DMD e AME, além de verificar a validade de critério entre EK2 e variáveis da função pulmonar, função motora e força muscular em pacientes não deambulantes. Metodologia: estudo de tradução e validação em português conduzido no Ambulatório de Doenças neuromusculares da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, incluindo pacientes com DMD ou AME, com idade ≥2 anos, com incapacidade de deambular sem assistência, excluindo aqueles com dificuldades de compreensão ou execução dos testes. O processo de tradução envolveu dois tradutores, síntese, retraduções e revisão por especialistas para a versão final. A EK2 foi avaliada quanto à confiabilidade interexaminador e intraexaminador. Outras variáveis incluíram espirometria, manovacuometria, pontuação na MRC, força de preensão palmar (FPP) e escala medida de função motora versão 32 itens (MFM-32). Resultados: A EK2 demonstrou confiabilidade interexaminador (ICC = 0,99; IC 95%: 0,97–0,99) e intraexaminador (ICC = 0,99; IC 95%: 0,99–0,99). Houve correlações fortes ou muito fortes entre a EK2 e MFM-32 (r = -0,91, p < 0,001), MRC (r = -0,88, p < 0,001) e força de preensão palmar (r = -0,71, p < 0,001). A validade de critério foi confirmada, exceto para Pimax, cuja correlação não foi significativa. Conclusão: A versão em português da EK2 mostrou-se confiável e válida para avaliação funcional de pacientes não deambulantes com DMD e AME.
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    "Identificação do ureter em tempo real com verde de indocianina em cirurgia pélvica minimamente invasiva"
    (2025-08-15) BOCANEGRA, Ronald Enrique Delgado; MATOS, Marcos Almeida; GOULARDINS, Juliana Barbosa; CUNHA, André Gusmão; BARROS, Rinaldo Antunes; OLIVEIRA, Daniela Galvão Barros de
    Introdução: A lesão ureteral pode ocorrer em até 2% das cirurgias pélvicas minimamente invasivas, umentando para mais de 10% em cirurgias mais complexas. É importante notar que a visualização dificultada dos ureteres frequentemente leva à não detecção da maioria das lesões. Objetivo: Descrever a técnica de identificação ureteral, a taxa de identificação ureteral, a taxa de lesões e as complicações associadas ao uso de verde de indocianina e um aparelho de com sistema de fluorescência e luz infravermelha em cirurgias pélvicas videolaparoscópicas. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo observacional em vinte pacientes com patologia pélvica devido a neoplasia maligna, múltiplos miomas, grandes miomas, aderências pélvicas graves e endometriose profunda. Todos os pacientes foram submetidos à instilação cistoscópica intraureteral do verde de indocianina diluído antes do início da cirurgia videolaparoscópica e os ureteres serão visualizados sob imagem de fluorescência com luz infravermelha no intraoperatório. Descrita também a taxa de sucesso na identificação, taxa de lesões ureterais e complicações com uso da técnica. Discussão: Em todos os casos, os ureteres fluorescentes foram visualizados imediatamente após o início da cirurgia, e permaneceram visíveis em cor verde, mesmo em cirurgias com duração superior a 5 horas, quando a fluorescência era ativada. Não houve nenhum caso de complicações com a técnica realizada. Em nosso estudo, ambos ureteres foram identificados em todos os pacientes com o verde de indocianina, o que facilitou e ofereceu maior segurança durante a cirurgia. Conclusão: Os resultados apresentados nesta dissertação destacam a aplicabilidade e a segurança da técnica, contribuindo para minimizar o risco de lesões ureterais em pacientes submetidos a cirurgias pélvicas. Mais estudos prospectivos são necessários para protocolar essa técnica para uso rotineiro nos hospitais.
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    Desenvolvimento e avaliação da usabilidade do software FLASHPTR para otimização da avaliação da função respiratória
    (2025-09-02) RIBEIRO, Jéssica Ramos; DIAS, Cristiane Maria Carvalho Costa; AGUIAR, Carolina Villa Nova; ARAÚJO, Lila Teixeira de; MARCOS, Leilane; VIEIRA, Lucas de Oliveira
    INTRODUÇÃO: As inovações na área da saúde foram sempre significativas ao longo da história. O avanço na área da fisioterapia respiratória não foi diferente, com instrumentos se aperfeiçoando do manual para o digital. Ressalta-se que apesar da evolução tecnológica na área, a aplicação dos testes, ainda que digitais, requer profissionais qualificados, visto que nem todos os softwares dos equipamentos detêm fórmulas dos testes da força muscular respiratória e função respiratória com valores de normalidade e preditos, e os, tornando esse processo ainda mecânico para execução das fórmulas extensas e complexas dos valores preditos. OBJETIVO: Desenvolver e avaliar a usabilidade um software web mobile para otimizar a avaliação da função respiratória, fundamentado nos testes validados na literatura. DESENVOLVIMENTO: o desenvolvimento do aplicativo web foi baseado no Design Instrucional Contextualizado (DIC). Utilizou-se a plataforma RedCap para coleta de dados, composto por questionário básico, um caso clínico que foi resolvido utilizandose o FlashPTR, a escala System Usability Scale (SUS) e duas questões discursivas para identificação das barreiras e aplicabilidade do software. Critérios de inclusão: fisioterapeutas, que tenham a prática de aplicar os testes de função respiratória. Excluídos aqueles que não concluíram os testes de função respiratória no software e avaliação da usabilidade. As variáveis utilizadas foram PEmáx, PImáx, VVM (volume ventilatório máximo), capacidade vital, volume minuto, volume corrente, pico de fluxo expiratório, disponíveis através da pré-avaliação nos casos clínicos. RESULTADOS: O aplicativo oferece recursos para a análise da função respiratória do paciente, permitindo a comparação dos dados obtidos em avaliações futuras. Uma avaliação de forma prática, ilustrativa através do relatório da função respiratória em formato de PDF. O aplicativo contém 13 telas. A 1° cadastro do profissional; 2° cadastro do paciente: peso, altura, sexo, idade e o diagnóstico clínico. A partir da 3° tela o profissional irá selecionar o(s) teste(s) e inserir os dados coletados na sua avaliação. Para avaliação do aplicativo, obtivemos 49 participantes, média de 35± 8 anos, 20 com pós-graduação completa, 8 com mestrado e 5 com doutorado. Na Escala SUS obteve-se uma média de pontuação de 88,6 pontos, classificando o aplicativo uma excelente usabilidade. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que o aplicativo FlashPTR é uma ferramenta digital eficaz, viável, funcional e de alta usabilidade para a realização de avaliações da função respiratória, possibilitando ao fisioterapeuta a obtenção de dados objetivos, istematizados e organizados para a elaboração de diagnóstico e acompanhamento da evolução funcional dos pacientes.
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    Enxaguatório à base de beterraba como alternativa natural para promoção de saúde bucal
    (2025-05-26) CIRINO, João Victor Machado; FERNANDES, Atson Carlos de Souza; SANTOS JÚNIOR, Anibal de Freitas; FARIAS, Illa Oliveira Bitencourt; AGUIAR, Carolina Villa Nova; TRINDADE, Soraya Castro; FAVERO FILHO, Luiz Antônio
    Introdução: Doenças bucais, como cárie e gengivite, representam um problema de saúde pública global. O biofilme dental, um dos fatores etiológicos dessas doenças, demanda estratégias eficazes de higiene oral que vão além das abordagens tradicionais. Evidenciadores de biofilme dental, embora eficazes, frequentemente empregam corantes sintéticos, com uso restrito ao ambiente clínico. Objetivo: Verificar a viabilidade de pigmentação do corante natural à base de beterraba para evidenciar o biofilme dental. Comparar sua capacidade de pigmentação com evidenciador sintético à base de fucsina. Avaliar a variabilidade nos índices orais: Placa Visível (IPV) e de Sangramento (IG), dos participantes ao longo de um mês de acompanhamento. Metodologia: Realizou-se um ensaio clínico randomizado com 52 participantes, divididos em dois grupos: Grupo Controle (GC), que utilizou evidenciador comercial nas consultas (T0, T1 e T2) e recebeu escovação supervisionada nas interconsultas; e Grupo Intervenção (GI), que utilizou o evidenciador comercial nas consultas e enxaguatório com beterraba antes da escovação supervisionada nas interconsultas, com visualização do biofilme corado no espelho. Resultados: Ambos os grupos apresentaram redução nos índices de placa e sangramento. No entanto, o grupo que utilizou o enxaguatório com beterraba nas interconsultas obteve redução significativamente maior, podendo sugerir que o uso do enxaguatório à base de beterraba potencializou os efeitos do tratamento. Conclusão: A beterraba mostrou-se eficaz na evidenciação do biofilme dental, coadjuvando os efeitos do tratamento quando utilizada nas interconsultas. O desenvolvimento de enxaguantes bucais à base de beterraba pode contribuir para a prevenção de doenças bucais.
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    Elaboração e validação de instrumento para avaliação da eficácia do modelador nasoalveolar em pacientes com fissura lábio palatina
    (2025-04-04) FERNANDES, Elizabeth Castineira; FERNANDES, Atson Carlos de Souza; LEITE, Mariana Ferreira; BUENO, Daniela Franco; COSTA, Mickelson Rio Lima de Oliveira; RAMOS, Maria Emília Santos Pereira
    "Introdução: A fissura lábio palatina (FLP) é uma anomalia congênita que acomete os lábios, o palato e o nariz, gerando implicações estéticas e funcionais significativas. O modelador nasoalveolar é um dispositivo removível de aplicação precoce, utilizado para prevenir ou minimizar alterações na forma do nariz e do palato, com o objetivo de otimizar os resultados das cirurgias corretivas. Objetivo: Desenvolver um instrumento de avaliação facial frontonasal para pacientes com fissura lábio palatina, que permita análise dos resultados de intervenções terapêuticas, além de validar esse instrumento através uma banca de profissionais especialistas na área. Materiais e Métodos: Para avaliar a eficácia do modelador nasoalveolar em pacientes fissurados, foi elaborado um questionário baseado em sete medidas consideradas mais relevantes: altura da columela, projeção da ponta nasal, comprimento da projeção da asa nasal, largura da narina, largura basal nasal, ângulo da columela e segmento do lábio fissurado. Esses parâmetros anatômicos foram comparados antes e após a intervenção, em dois grupos: o grupo controle, composto por pacientes submetidos à queiloplastia sem o uso de modelador nasoalveolar, e o grupo experimental, que utilizou tutor nasal externo ou fixado à placa, com fita labial. Para validação do instrumento de avaliação frontonasal, foram selecionados 19 juízes especialistas com experiência em fissuras lábio palatinas, os quais avaliaram três domínios: objetivo, estrutura e relevância da análise. O consenso mínimo estabelecido para definição do Índice de Validade do Conteúdo (IVC) foi de 80% de concordância. Resultados: Dos juízes participantes, 57,9% eram dentistas e 42,1% médicos, sendo a maioria com titulação de mestrado ou doutorado e mais de 10 anos de experiência (94,7%). Todos consideraram os objetivos do instrumento adequados, e 89,5% o avaliaram como apto para circulação científica. O instrumento de avaliação facial de pacientes fissurados demonstrou validade de conteúdo, sendo amplamente aceito quanto aos seus objetivos (100%) e relevância científica (89,5%). No entanto, ajustes foram recomendados para aprimorar sua capacidade de promover mudanças de comportamento (78,9%) e para aperfeiçoar aspectos estruturais, tais como clareza das perguntas (73,7%), adequação ao público-alvo (52,6%) e ilustrações (78,9%). Esses achados indicam a necessidade de refinamentos para garantir maior eficácia na aplicação clínica e educacional do instrumento. Conclusão: O instrumento de avaliação facial de pacientes fissurados foi validado pelos juízes e está apto para aplicação clínica."
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    Avaliação de usabilidade da telemedicina no atendimento pré-hospitalar fixo
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024-05-17) SANTOS, Samuel Azevedo; MATOS, Marcos Almeida; GOULARDINS, Juliana
    Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a usabilidade da telemedicina no atendimento pré-hospitalar fixo, a partir de um estudo de avaliação de tecnologia de natureza descritiva e analítica, de corte transversal, com abordagem quantitativa. Nos últimos anos, a telemedicina foi reconhecida como uma ferramenta importante de comunicação e suporte aos profissionais de saúde que atuam em estabelecimento de assistência à saúde com recursos humanos especializados limitados. Entretanto, por meio das ferramentas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), é possível oferecer diversos serviços remotos aos profissionais da área da saúde – contudo, uma maior exploração e dinâmica de utilização e um pleno domínio das TICs dentro do contexto específico do caso clínico ou doença ter a sua usabilidade precisam ser examinados no atendimento pré-hospitalar fixo, considerando os autores, o contexto de uso com objetividade e a ubiquidade de um profissional competente. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi aplicado o questionário System Usability Scale (SUS), composto por dez afirmações, em escala Likert. Além disso, para descrição da amostra, foram coletados dados sociodemográficos e profissionais dos participantes. Realizou-se a análise estatística descritiva e inferencial das variáveis coletadas com as afirmações da escala de usabilidade SUS. Participaram do estudo 85 profissionais da saúde, sendo que 85,9% destes foram do sexo feminino, tendo como predomínio amostral técnicos em enfermagem, seguido de enfermeiros. A avaliação global de usabilidade demonstrou que a telemedicina possui boa usabilidade entre os profissionais da saúde e identificou que existe uma discreta significância estatística negativa capaz de influenciar tanto a usabilidade da telemedicina quanto a eficiência no atendimento ao paciente no ambiente pré-hospitalar fixo. Diante dos resultados, demonstrou-se que a telemedicina apresenta bom nível de usabilidade pelos profissionais da saúde que atuam nas unidades de atendimento pré-hospitalar fixo, sendo uma alternativa viável para comunicação e suporte. Contudo, foi constatado que essa usabilidade no atendimento pré-hospitalar fixo pode ser prejudicada quando executada por profissionais da saúde com formação técnica e profissionais da saúde com idade superior a 40 anos.
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    Adaptação transcultural para a Língua Portuguesa do Brasil da State Behavioral Scale (SBS)
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2022) DANTAS, Janaína Santana; CASTRO, Martha Moreira Cavalcante; AGUIAR, Carolina Villa Nova; AMORETTI, Carolina Friedrich; SIQUARA, Gustavo Marcelino; SÁ, Katia Nunes
    A tradução inicial do inglês para o português foi feita por duas tradutoras/ pesquisadoras independentes, conhecedoras da língua original do questionário e cientes do objetivo do estudo. E uma terceira tradutora/pesquisadora comparou e analisou a equivalência semântica para verificar se os itens da escala traziam o mesmo significado que na língua original, fazendo-se a síntese das duas versões. Em uma reunião, as três pesquisadoras chegaram a um consenso de que a versão enviada ao comitê de juízes seria aquela sintetizada, que era uma junção das duas primeiras versões, conforme o Quadro 1.
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    Avaliação de usabilidade da telemedicina no atendimento pré-hospitalar fixo
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) SANTOS, Samuel Azevedo; MATOS, Marcos Almeida; GOULARDINS, Juliana; FELIX, Camila Ribeiro de Oliveira; KAWANO, Marcio Massao
    Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a usabilidade da telemedicina no atendimento pré-hospitalar fixo, a partir de um estudo de avaliação de tecnologia de natureza descritiva e analítica, de corte transversal, com abordagem quantitativa. Nos últimos anos, a telemedicina foi reconhecida como uma ferramenta importante de suporte aos profissionais de saúde que atuam em estabelecimento de assistência a saúde com recursos limitados. Entretanto, por meio das ferramentas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), é possível oferecer diversos serviços remotos aos profissionais da área da saúde – contudo, uma maior exploração e dinâmica de utilização e um pleno domínio das TICs dentro do contexto específico do caso clínico ou doença ter a sua usabilidade precisam ser examinados no atendimento pré-hospitalar fixo, considerando os autores, o contexto de uso com objetividade e a ubiquidade de um profissional competente. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi aplicado o questionário System Usability Scale (SUS), composto por dez afirmações, em escala Likert. Além disso, para descrição da amostra, foram coletados dados sociodemográficos e profissionais dos participantes. Realizou-se a análise estatística descritiva e inferencial das variáveis coletadas com as afirmações da escala de usabilidade SUS. Participaram do estudo 85 profissionais da saúde, sendo que 85,9% destes foram do sexo feminino, tendo como predomínio amostral técnicos em enfermagem, seguido de enfermeiros. A avaliação global de usabilidade demonstrou que a telemedicina possui boa usabilidade entre os profissionais da saúde e identificou que existe uma discreta significância estatística negativa capaz de influenciar tanto a usabilidade da telemedicina quanto a eficiência no atendimento ao paciente no ambiente pré-hospitalar fixo. Diante dos resultados, a demonstrou-se uma boa usabilidade da telemedicina pelos profissionais da saúde que atuam nas unidades de atendimento pré-hospitalar fixo, sendo uma alternativa viável para comunicação e suporte. Contudo, foi constatado que essa usabilidade no atendimento pré-hospitalar fixo pode ser prejudicada quando executada por profissionais da saúde com formação técnica e profissionais da saúde com idade superior a 40 anos.
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    Perdas, luto e ressignificações em fibromialgia: uma viagem ao universo feminino
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) VIVAS, Márcia Carneiro de Santana; RODRIGUES, Gilmara Ribeiro Santos; AGUIAR, Carolina Villa Nova
    Introdução: A fibromialgia é uma síndrome reumática caracterizada principalmente por dor musculoesquelética crônica. É vista, muitas vezes, como uma doença de ordem psicossomática ou de origem inexistente, diagnosticada em qualquer idade, porém mais prevalente na fase adulta e no sexo feminino. As mulheres com fibromialgia vivenciam mudanças em sua vida cotidiana, suas aspirações, seus papéis como cuidadoras e uma perda da liberdade e da autonomia para realizar suas atividades. Objetivo: Apreender as representações sociais de mulheres sobre viver com a fibromialgia. Método: Pesquisa exploratória qualitativa com 42 mulheres em um ambulatório de tratamento da dor localizado num hospital universitário público da Bahia, Brasil, no ano de 2023, sob aprovação do comitê de ética, CAAE: 63565522.1.0000.0049 e parecer nº 5.778.837. Os dados foram coletados mediante multitécnicas: entrevista semiestruturada, o teste de associação livre de palavras e desenho estória com tema. As narrativas e os desenhos estórias foram analisadas pelas temáticas dos conteúdos e os dados das evocações foram processados no Software IRaMUTeQ para a análise. Resultados: As mulheres em sua maioria se autodeclararam pretas e pardas, na faixa etária de 35-64 anos, com renda mensal de até 1 salário mínimo. As repercussões impostas pela fibromialgia foram divididas em duas categorias: (1) Perdas e luto (subcategorias: limitações e isolamento social) e (2) Enfrentamento (subcategorias: resiliência e tratamento). As principais perdas das mulheres são: a alegria, a disposição, a vida social, a rotina diária, as atividades laborais e a independência. A fibromialgia surge em suas vidas trazendo limitação, sofrimento, tristeza, estresse, pessimismo e isolamento social, mas traz a coragem, a resiliência, a paciência e a fé para enfrentar o tratamento e voltar à vida social. Considerações Finais: O desejo da maioria das mulheres é buscar alternativas que ajudem a vivenciar o processo de adoecimento com o intuito de alcançar um melhor estilo de viver com a doença e suas limitações. É preciso olhar essas mulheres na sua integralidade, sendo necessário conhecer as implicações da fibromialgia, as mudanças acarretadas por ela e os ajustamentos necessários para uma vida com menos sofrimento, mais dignidade e qualidade de vida. Todavia, nem sempre é fácil ressignificar uma doença crônica, cheia de estigmas e com sintomas tão intensos.
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    Desfechos clínicos de pacientes hospitalizados com covid - 19 que utilizaram a posição prona em ventilação espontânea: estudo retrospectivo em um hospital de referência
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) MOURA, Marcela Araújo de; DIAS, Cristiane Maria Carvalho Costa; CARVALHO, Patrícia Alcântara Doval de
    Introdução: A Síndrome do desconforto respiratório agudo grave, é uma das principais repercussões causadas pela covid-19. A posição prona em ventilação espontânea no período pandêmico foi uma estratégia amplamente utilizada como terapia para reduzir a necessidade de intubação traqueal e o uso da ventilação mecânica. Em contrapartida, os resultados dos estudos relacionados aos desfechos clínicos dessa prática clínica ainda não estão bem esclarecidos. Objetivo: Verificar se existe associação entre a gravidade da lesão pulmonar com os desfechos clínicos intubação orotraqueal, alta hospitalar e óbito intra-hospitalar de pacientes com covid-19, que utilizaram a posição prona em ventilação espontânea e comparar os desfechos clínicos intubação orotraqueal, alta hospitalar e óbito intra hospitalar entre os grupos pronados e não pronados. Materiais e Métodos: Estudo de coorte retrospectivo na segunda onda da covid-19, no período de dezembro 2020 a março 2021, em um hospital de alta complexidade, referenciado para atender pacientes com covid-19. Analisados dados sociodemográficos, clínicos, laboratoriais e de imagem obtidos do registro eletrônico de saúde. CAAE:45402421.4.0000.5520. Inclusos os prontuários de pacientes pronados e não pronados, idade 18 ≥ anos, teste de Covid -19 positivo, admitidos em ventilação espontânea. Excluídos aqueles submetidos a intubação orotraqueal precoce 50%, aumentavam os riscos de ventilação mecânica OR 1,04; 2,58 e 3,07 e óbito. OR: 1,07; 2,38 e 2,29, respectivamente. Conclusão: Não houve significância estatística entre a gravidade da covid-19 e os desfechos clínicos, nos grupos pronados e não pronados. Houve uma maior frequência no desfecho clínico alta hospitalar, em relação as frequências de intubação e óbito intra-hospitalar. Evidenciou-se o risco para intubação traqueal e óbito dos pacientes com idade superior, ter doenças cardiovasculares e lesão pulmonar ≥ 50% na tomografia de tórax, independentemente da posição prona.
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    Avaliação da usabilidade do prontuário eletrônico do paciente utilizado no centro odontológico de uma instituição de ensino superior
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) SOUSA, João Victor; FERNANDES, Atson Carlos de Souza; LEITE, Mariana Ferreira; RAMOS, Maria Emilia Santos Pereira; AZEVÊDO, Tharcilla Calíope; FARIAS, Illa Oliveira Bitencourt
    Introdução: O prontuário do paciente é uma ferramenta essencial para o acompanhamento de um paciente. Com o objetivo de digitalizar o prontuário, foi criado o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) como uma solução computacional que cobriria algumas das desvantagens do prontuário em papel. Usabilidade é a palavra usada para medir se os usuários de um produto conseguem realizar as ações esperadas com eficiência. Um programa como esse deve ser fácil de utilizar para evitar atrasos e erros no atendimento e tratamento do paciente e por isso tornase necessário avaliar a usabilidade do prontuário eletrônico do paciente. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a usabilidade do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) usado na Clínica-escola de Odontologia. Material e Métodos: O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Escola Bahiana de Saúde Pública (EBMSP) sob o número do parecer 6.503.495.Foi aplicado um questionário online contendo perguntas para caracterizar o perfil dos usuários e também da System Usability Scale (SUS). Resultados: Participaram da pesquisa 106 pessoas divididos entre profissionais (n=32) e estudantes (n=74) do curso de Odontologia da EBMSP, que responderam um questionário através do Microsoft Forms. O instrumento utilizado está validado na literatura e avalia a facilidade de uso segundo a escada de usabilidade de sistemas, System Usability Scale (SUS) em inglês, O questionário inclui perguntas sobre caracterização do perfil do usuário, bem como sobre a usabilidade do programa SMART Consultório Médico Pixeon. Os dados coletados foram submetidos à análise estatística pelo programa R, considerando como significância p<5%. Discussão: Foram coletadas 106 respostas das quais 74 eram estudantes (69,8%) e 32 eram profissionais (30,2%). A média da pontuação foi de 53,21 ± 17,45) Comparando as pontuações entre pessoas com mais ou menos costume com tecnologias indicou que pode ser um facilitador para o uso do PEP (p=0,22). Conclusão: O programa está numa faixa neutra da aceitabilidade pelos usuários, mas alguns fatores externos podem ser indícios de maior ou menor facilidade, tais como dificuldades individuais com recursos de informática.
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    O uso de pacientes virtuais no ensino da graduação em medicina
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2023) SANTOS, Mauro Oliveira; MENEZES, Marta Silva
    A pandemia pelo COVID-19 trouxe necessidade de implementação de mudanças no cenário do ensino médico para a reestruturação das atividades pedagógicas, sendo inserido e fortalecido o uso de plataformas digitais de educação à distância. A evolução tecnológica e a simulação clínica permitiram aproximar o ambiente virtual de aprendizagem para o contexto clínico em atividades práticas em ambiente seguro. OBJETIVO: Comparar a simulação clínica com uso de software de modelos virtuais de pacientes com a metodologia de discussão de caso clínico, como estratégias educacionais em graduação de Medicina. METODOLOGIA: Estudo prospectivo, experimental, não-randomizado, controlado, quantitativo, com alunos de medicina. Os participantes foram divididos em dois grupos (Azul e Vermelho). O Grupo Azul foi exposto à simulação clínica com paciente virtual para hipernatremia e discussão de caso para hipercalemia, sendo o inverso no Grupo Vermelho. O conhecimento adquirido foi avaliado com pré-teste, pós-teste e com teste de retenção realizado após 60 dias da intervenção. RESULTADOS: 225 alunos foram convidados para a pesquisa, 54(24,0%) iniciaram as atividades, havendo desistência de quatro alunos antes do início do pré-teste. Após a divisão em grupos, 19 alunos não realizaram o teste de retenção. Dos 31 alunos participantes, 18 (66,7%) estavam no Grupo Código Vermelho, 74,1% eram do sexo feminino, 80,6% cursavam o 6º semestre e 77,4% já haviam participado de atividades de extensão ou ligas acadêmicas. Observou-se aquisição de conhecimentos nos grupos, comparando pré-teste e pós-teste (Hipernatremia – Código Vermelho 4,36 ± 1,86; p < 0,001; Código Azul 3,65 ± 1,85; p < 0,001; Hipercalemia – Código Vermelho 3,09 ± 2,08; p < 0,001; Código Azul 3,72 ± 1,89; p < 0,001), porém não houve diferença na comparação entre os grupos em relação ao pré-teste da estratégia didática tanto no conhecimento a curto prazo, quanto no teste de retenção. CONCLUSÃO: O estudo demonstra que o uso de pacientes virtuais na simulação clínica é equivalente à discussão de caso clínico na estratégia de ensino na aquisição e retenção de conhecimentos. O uso de diferentes recursos didáticos aliado às mudanças geracionais enfatiza a importância de considerar diferentes propostas, reconhecendo as diversas vantagens proporcionadas pelo uso de simuladores no processo educacional.
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    Apoio terapêutico e prescrição remota (e-consulta) no controle glicêmico intra-hospitalar
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) LUNA, Izabella Fires de; FEITOSA, Alina Coutinho Rodrigues; FEITOSA, Alina Coutinho Rodrigues; VIECCELI, Camila; SOUZA, Luciana Sant’Ana Leone de
    INTRODUÇÃO: A hiperglicemia hospitalar (HH) é definida como glicemia igual ou maior que 140 mg/dL no ambiente intra-hospitalar. Esta condição é prevalente em pacientes hospitalizados sendo relatada em cerca de 38%, e relacionada com maior mortalidade e maior tempo de internação hospitalar. Diretrizes nacionais e internacionais recomendam a instituição de um serviço estruturado e dedicado ao acompanhamento dos pacientes com HH. Soluções têm sido buscadas para minimizar a dificuldade da equipe hospitalar no controle glicêmico. OBJETIVOS Comparar a média glicêmica pacienteestadia nos pacientes que foram submetidos ao apoio terapêutico e prescrição remota com a abordagem habitual. METODOLOGIA: Estudo caso-controle retrospectivo, no qual foi avaliado o desempenho do uso do apoio terapêutico à distância e a intervenção de prescrição remota (e-consulta) no controle glicêmico de pacientes internados em hospital alta-complexidade clínico e cirúrgico, entre abril de 2020 a março de 2021. Foram selecionados 800 pacientes adultos portadores de HH, definida como duas glicemias capilares iguais ou superiores a 180mg/dl nas primeiras 24h de internação hospitalar e excluídas internações por estados hiperglicêmicos agudos e portadores de DM tipo 1. Os pacientes “caso” foram, os que tiveram e-consulta realizada e, como “controle”, os pacientes que tiveram a avaliação habitual, os grupos foram pareados por faixa glicêmica com variação 100mg/dL. RESULTADOS: Média glicêmica paciente-estadia no grupo de controle foi menor do que no grupo de caso 197 vs. 207 mg/dl (p = 0,006), a proporção de glicemias dentro da faixa alvo foi significativamente maior no grupo de avaliação habitual 46% vs. 41% (p = 0,005) e o grupo de e-consulta apresentou uma proporção maior de pacientes gravemente hiperglicêmicos e hipoglicêmicos, respectivamente, 16 vs. 11 (p<0,001) e 0,5 vs. 0,3 (p<0,001). O grupo e-consulta apresentou maior taxa de admissões em UTI (55% vs. 43%, p=0,001), taxas mais elevadas de óbito (21% vs. 13%, p=0,002) e uma duração de internação mais prolongada (17 vs. 8 dias, p<0,001). Entretanto, foi observada uma menor taxa de readmissão hospitalar no grupo de casos em comparação com o grupo de controle (21% vs. 32%, p<0,001). CONCLUSÃO: O tratamento glicêmico realizado pela equipe especializada via e-consulta, apesar de um possível viés de seleção de pacientes mais graves, e de média glicêmica maior que no grupo controle, resultou em taxa menor de readmissão hospitalar.
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    Telemedicina e educação em saúde no acompanhamento de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) CARNEIRO, Tatiana Maria Paraiso de Barradas; MATTOS, Marcos Antônio Almeida; RODRIGUES, Gilmara Ribeiro Santos
    Introdução: Nos últimos anos, tem sido observado um expressivo aumento nos casos de doenças cardiovasculares, muito destes, tendo como apresentação final, a insuficiência cardíaca. Este fenômeno está associado ao envelhecimento da população e ao aumento dos fatores de risco como sedentarismo, a obesidade e o diabetes mellitus. Alguns fatores importantes de descompensação da insuficiência cardíaca são modificáveis, o que reforça a necessidade de informação aos pacientes e suas famílias sobre a doença. Este estudo aborda a criação de uam cartilha educacional, contemplando estas informações. Objetivo: Descrever a efetividade da comunicação das orientações de alta (receita médica e orientações dietéticas) quando comparadas a real percepção das informações, por parte de pacientes com de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr), através de teleconsultas realizadas no período que se segue a alta hospitalar. Métodos: Este é um relato de série de casos prospectivo e quantitativo realizado com um grupo de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada que foram monitorados e avaliados virtualmente por meio de uma abordagem multidisciplinar. O estudo foi realizado no Hospital Português, localizado em Salvador, Bahia, durante o primeiro semestre de 2023. Foram incluídos pacientes com insuficiência cardíaca descompensada com fração de ejeção moderada ou gravemente reduzida. Os critérios de exclusão foram: pacientes menores de 18 anos, incapazes de responder ao questionário mesmo após explicação e leitura e indicados para transplante cardíaco ou cuidados paliativos. Após a alta hospitalar, foi feito contato para confirmação da consulta e realização da videoconferência. As teleconsultas iniciais foram realizadas no máximo 7 dias após a alta hospitalar. As entrevistas foram realizadas por pelo menos dois profissionais, sendo sempre necessária a presença de um cardiologista devido à possibilidade de ajustes de medicação. Após essas consultas virtuais, foi enviada uma cartilha com orientações baseadas em informações relevantes sobre o manejo clínico da doença. Resultados: Durante o primeiro semestre de 2023, 20 pacientes foram monitorados remotamente após serem hospitalizados por insuficiência cardíaca descompensada. Em uma análise inicial, 2 pacientes apresentaram sinais de descompensação cardíaca, que foram resolvidos com ajustes na medicação e na dieta. Mudanças na prescrição foram requeridas em 20% dos casos, sendo metade por razões clínicas e metade para otimização. Todos os pacientes relataram que seguiram as instruções médicas. Em uma segunda avaliação, 10% dos pacientes necessitaram de atendimento de emergência devido à descompensação cardíaca. Apenas 25% dos pacientes demonstraram entender corretamente as orientações alimentares na 1ª teleconsulta, mas após uma explicação sobre a fisiopatologia da insuficiência cardíaca e os impactos da ingesta do sal, todos relataram aderir às medidas dietéticas. Conclusão: A disponibilização no momento da alta hospitalar, de uma cartilha com informações claras sobre o uso regular de medicações, orientações dietéticas e de estilo de vida, assim como conhecimentos básicos sobre a doença, pode contribuir significativamente para a prática do autocuidado de pacientes com IC e tem potencial de impactar positivamente na qualidade de vida destes pacientes e de sua rede de apoio.
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    Avaliação da variabilidade da frequência cardíaca em pessoas com mutação do gene da transtirretina
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) OLIVEIRA, Francisco Tiago Oliveira de; DIAS, Cristiane Maria C. Costa; COSTA, Marcela Camara Machado
    Introdução: A polineuropatia amiloidótica familiar (PAF) é uma doença neuromuscular progressiva associada à mutação do gene da proteína da transtirretina (TTR). No entanto, o comportamento da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em portadores não sintomáticos da mutação ainda não foi descrito, e a avaliação da VFC utilizando cintas torácicas e medidas de curta duração também não foi testada nessa população. Objetivos: Descrever a variabilidade da frequência cardíaca entre portadores sintomáticos e assintomáticos da mutação do gene da transtirretina, e a frequência dos marcadores da VFC nas diferentes mutações da PAF. Material e métodos: Um estudo de corte observacional, descritivo em pessoas com confirmação genética de PAF, realizado no Centro de Referência em Doenças Neuromusculares e no manejo de pessoas com PAF, no período da coleta 2023 a 2024. Incluídos pacientes com mutação no gene da Transtirretina, com idade ≥ 18 anos, de ambos os sexos. E excluídos aqueles que apresentaram dificuldades de compreensão ou execução dos testes propostos, portadores de dispositivos eletrônicos cardíacos implantáveis e aqueles que apresentaram mais de 5% de batimentos ectópicos na análise da VFC. Avaliação da VFC foi realizada por meio de uma cinta torácica (POLARH10®), o participante permaneceu 10 minutos na posição supina e 5 minutos em ortostase. A tabulação dos dados foi realizada no software Microsoft Excel for Windows, o Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 14.0 for Windows para as análises estatísticas. Os índices da VFC foram analisados e descritos entre os portadores sintomáticos e assintomáticos da mutação TTR. O teste Kolmogorov-Smirnov e a inspeção visual dos histogramas foram utilizados para verificar a distribuição dos dados. Os dados foram representados pela mediana e intervalo interquartil. As variáveis independentes: sexo, idade, IMC e doenças associadas; as dependentes: os índices da VFC e foram descritos de forma separada entre os grupos. Resultados: 36 pessoas com mutação do gene TTR foram incluídos no estudo, dos quais cinco foram excluídos devido à presença de batimentos ectópicos em mais de 5% dos intervalos RR. Os portadores assintomáticos da mutação não apresentaram alteração significativa dos índices da VFC. Conclusão: Os resultados revelaram que é possível detectar alterações na VFC em portadores de PAF utilizando uma cinta torácica em uma medida de 10 minutos, enquanto os portadores assintomáticos da mutação não apresentaram alterações significativas na VFC.
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    Espiritualidade de profissionais de enfermagem com dor por distúrbios osteomusculares
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) FEITOZA, Luciana de Carvalho; RODRIGUES, Gilmara Ribeiro Santos; SÁ, Kátia Nunes
    Introdução: Lesões por esforços repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) abrangem condições que afetam músculos, nervos, tendões e articulações, entre outras estruturas. Os DORT podem surgir por demasiada exposição dos trabalhadores a determinados fatores de risco físicos e podem resultar em incapacidade laboral. Tratamentos não farmacológicos, dentre os quais se incluem a espiritualidade em indivíduos com dor, têm sido pesquisados. A abordagem espiritual pode beneficiar pessoas que sofrem de dor. Objetivo primário: Identificar as experiências de espiritualidade dos profissionais de Enfermagem no enfrentamento da dor secundária aos DORT. Objetivos secundários: (1) Descrever rituais, recursos e práticas de espiritualidade acionados por esses Profissionais de Enfermagem na busca do alívio da dor, (2) Verificar o bem-estar espiritual de Profissionais de Enfermagem com DORT e (3) Desenvolver um podcast sobre essa temática. Método: Estudo transversal exploratório com análise qualitativa e quantitativa realizada em um hospital universitário público em Salvador, Bahia, Brasil, nos anos de 2022 e 2023 (com registro CAAE: 63841922.5.0000.0049). Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas e interpretados mediante a análise temática de conteúdo, e os resultados da Escala de Bem-Estar Espiritual (EBE) foram inseridos no software estatístico SPSS e apresentados de forma descritiva. Resultados: A amostra consistiu em 48 profissionais de enfermagem que responderam à EBE. A maioria formada por mulheres (89,6%), com idade entre 36 e 61 anos, pretas e pardas (85,5%), casadas, técnicas de enfermagem (83,3%), com mais de 10 anos na profissão (87,5%), que relataram dor de moderada a intensa e, frequentemente, afetando mais de uma região do corpo, principalmente na região lombar (35,4%). A maioria das participantes praticava alguma religião (60,4%), sendo predominantemente católicas (43,8%). Os resultados da EBE indicaram escores positivos para bem-estar espiritual (77,1%), para bem-estar religioso (87,5%) e bem-estar existencial (54,2%). A análise das entrevistas de vinte profissionais revelou duas categorias principais: (1) Relação pessoal significativa com a espiritualidade e (2) Rituais e práticas, redes de cuidados e contribuições da espiritualidade no enfrentamento da dor, com três subcategorias: (1) Rituais e práticas de espiritualidades, (2) Redes de cuidado no enfrentamento da dor, (3) Contribuições da espiritualidade para o enfrentamento da dor. Conclusão: Os profissionais de enfermagem referem que a espiritualidade auxilia na tolerância à dor. A oração e a meditação foram as práticas espirituais mais acionadas por esses profissionais no enfrentamento da dor.
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    Associação entre distúrbios respiratórios do sono e queda entre idosos robustos
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) ANDION, Flavia Alves Perrucho; SALLES, Cristina; SILVA JUNIOR, Antonio Carlos; MARAMBAIA, Pablo Pinillos; PERAZZO, Paulo
    Introdução: O envelhecimento traz consigo alterações estruturais e funcionais que fazem do idoso uma faixa etária vulnerável à queda. Alguns estudos vêm demonstrando que idosos com diagnóstico da apneia obstrutiva do sono apresentam 2 vezes mais chances de apresentar queda. No entanto, ainda existe carência na literatura quanto a associação entre distúrbios respiratórios do sono e risco de queda em idosos robustos. Objetivo: Avaliar associação entre distúrbios respiratórios do sono e prevalência de queda entre idosos robustos. Metodologia: Estudo observacional transversal, parte de um estudo maior intitulado “Distúrbios do sono e perfil metabolômico relacionados a ocorrência de quedas em idosos residentes na comunidade: Estudo longitudinal prospectivo”, envolvendo idosos da comunidade com >65 anos, independente do sexo. Critérios de exclusão: doenças neurológicas ou otoneurológicas – pela capacidade de afetar o equilíbrio, e a incapacidade de compreender as instruções dos testes – levando à dificuldade para realizar as atividades solicitadas. Realizou-se triagem através do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Functional 20(IVCF-20), e apenas os idosos robustos, aqueles que, de forma independente e autônoma, são capazes de gerenciar sua vida, foram incluídos. Foi aplicado questionário sócio-demográfico; o Montreal Cognitive Assessement Basic (MoCA-B) para rastreio do déficit cognitivo ligeiro; a avaliação da sonolência excessiva diurna através da Escala de Sonolência de Epworth e o questionário de Berlim para avaliar risco de distúrbio respiratório do sono; ademais, foi interrogado sobre histórico de quedas ao longo dos últimos 12 meses. Resultados: Foram avaliados inicialmente 90 idosos, sendo 68,9% do sexo feminino, 46,7% se autodeclarando pardo, com média de idade 71,1(+5,1) anos. Menos de 15% dos idosos necessitam de algum tipo de dispositivo auxiliar de marcha. A maioria dos idosos era aposentada(88,9%), porém 27,8% ainda mantem alguma atividade profissional. A robustez se fez presente em 67 idosos, com o sexo feminino apresentando maior prevalência(67,2%) e uma faixa etária semelhante à média geral da amostra com 71,2(+5,0). O uso de dispositivo auxiliar de marcha foi referido em quase 11% dos robustos. Quanto às características do sono, dentre os idosos robustos, houve uma média de 8,18(+4,95) pontos na Escala de Sonolência de Epworth, com 38,8% de sonolência excessiva diurna, alto risco para apneia obstrutiva do sono em 25,4% e frequência de 29,9% de relato de queda nos últimos 12 meses. A queda se mostrou prevalente em 34,6% dos idosos robustos que apresentaram sonolência excessiva diurna(p=0,497), entre os que caíram ao longo dos últimos 12 meses, 45% apresentaram alto risco para apneia obstrutiva do sono(p=0,016), e comparando robustos com 5 alto risco para apneia obstrutiva do sono com aqueles sem alto risco, a frequência de quedas foi maior no primeiro grupo(52,9% VS 22,0%; p=0,016). Conclusão: Os idosos robustos que cursaram com pelo menos 1 episódio de queda nos últimos 12 meses apresentaram alto risco para apneia obstrutiva do sono e aqueles com alto risco para apneia obstrutiva do sono tiveram maior frequência de queda quando comparados com aqueles sem alto risco. Esses dados reforçam a real necessidade do estabelecimento de condutas voltadas para a prevenção de queda na população idosa com distúrbios respiratórios do sono.
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    Propriedades psicométricas do inventário de ansiedade traçoestado e da escala de impulsividade de barratt em pessoas com doença de parkinson
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) FREITAS, Marcela Conceição; ALMEIDA, Lorena Rosa Santos de; PINTO, Elen Beatriz
    Introdução: A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio do movimento com manifestações sistêmicas motoras e não motoras. A ansiedade e a impulsividade são altamente prevalentes, e assim como os sintomas motores precisam ser acompanhados em pessoas com DP. Para avaliação da ansiedade e da impulsividade, destacam-se o Inventário de Ansiedade TraçoEstado (IDATE) e Escala de Impulsividade de Barratt (BIS-11). A versão em português de ambos os instrumentos não é validada nessa população. Objetivo: Avaliar as propriedades psicométricas do IDATE e da BIS-11 para pessoas com DP. Materiais e métodos: É um estudo quantitativo de corte transversal, em que participaram indivíduos com diagnóstico de DP idiopática e marcha independente. Foi feita a análise descritiva dos dados sociodemográficos e das características clínicas. O IDATE avaliou a ansiedade, e a BIS-11 a impulsividade. Utilizouse as escalas MDS-UPDRS/exame motor e Hoehn e Yahr para classificar a gravidade da doença, a incapacidade foi vista pelas escalas de Schwab & Englande a MDS-UPDRS/M-EVD e qualidade de vida pela PDQ-8. Foi avaliada a confiabilidade teste-reteste e interexaminadores, além da validade convergente entre a BIS-11, o IDATE e as variáveis do estudo. Este estudo faz parte do projeto-mãe “Fatores de risco e aspectos comportamentais relacionados às quedas”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral Roberto Santos, número de CAAE 84229318.7.0000.5028. Resultados: A análise com 130 participantes mostrou que 58,5% eram do sexo masculino, média de idade 63,60 anos. Média das escalas: BIS-11: 60,50 pontos; IDATE-estado: 35,00 pontos e IDATE-traço: 41,09 pontos.Ocorreu boa confiabilidade teste-reteste e interexaminadores das escalas. Encontrou-se uma correlação direta e significativa entre a BIS-11, a IDATE e as escalas: MDS-UPDRS/exame motor, MDS-UPDRS/M-EVD, Hoehn e Yahr modificada e S&E. Conclusão: As escalas IDATE e BIS-11são confiáveis e válidas para avaliar ansiedade e impulsividade, respectivamente, em pessoas com DP.
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    Estudo econômico da correção da curva escoliótica na cirurgia da escoliose idiopática do adolescente
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) ACCIOLY, Soraia Tatiane Almeida; MATOS, Marcos Antônio Almeida
    Existem problemas graves e passíveis de solução para a maioria dos pacientes com EIA, a exemplo da dificuldade de acesso ao sistema de saúde e longa espera para o tratamento. Os estudos de avaliação econômica em saúde são adotados a fim de considerar o fator custo na tomada de decisão quanto às novas tecnologias, uma vez que os recursos financeiros, físicos e humanos são escassos e finitos. O objetivo do estudo é correlacionar os custos da cirurgia da escoliose idiopática do adolescente com a correção da curva obtida pelo ângulo do Coob, caracterizar o valor atribuído pela gestão pública da saúde ao tratamento de pacientes com deformidade da coluna vertebral e avaliar as consequências econômicas da realização do tratamento cirúrgico para a gestão hospitalar frente à variabilidade de custos através de avaliação econômica parcial do tipo estudo de custo simples. Métodos: Os dados da pesquisa foram obtidos das informações sobre os indivíduos que estavam na fila de espera para tratamento da escoliose idiopática do adolescente e foram operados; o estudo foi realizado em três etapas: (1) Correlacão dos custos cirúrgicos à severidade da curva escoliótica inicial em adolescentes; (2) Caracterização do valor atribuído pela gestão pública da saúde ao tratamento de pacientes com deformidade da coluna vertebral; (3) Avaliação das consequências econômicas da realização do tratamento cirúrgico para a gestão hospitalar frente à variabilidade de custos. A realização das análises está baseada nas recomendações descritas nas Diretrizes Metodológicas para Estudos de Avaliação Econômica de Tecnologias em Saúde do Ministério da Saúde. Aplicada análise de sensibilidade multivariadas de forma probabilística (através de simulação de Monte Carlo de segunda ordem). Resultados: O programa de EIA tem pagamentos fixos de honorários médicos, OPME (órtese, prótese e material especial) e despesas hospitalares. Estes pagamentos foram confrontados com os verdadeiros custos e suas variações, excetuando-se o honorário médico que não sofria modificação. Foi possível estimar um lucro de R$28.107,79 quando consideramos valores pagos menos média de custo real. Quando confrontamos os custos com os valores pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), se nota que os serviços profissionais pagos pelo sistema são 24,4 vezes menores, os serviços hospitalares são 25,6 vezes menores, por fim, o valor total pago pelo SUS para realização da EIA é 44,8 vezes menor que os custos reais para realização dos procedimentos. Conclusão: o estudo evidencia que o tratamento para as deformidades da coluna é oneroso, complexo, pode atrelar complicações que elevam os custos com diárias em unidades de assistência intensiva bem como maior tempo de internação hospitalar e o valor remunerado pelo SUS não é custo-efetivo. Recomenda-se uma análise mais criteriosa da precificação do procedimento cirúrgico por níveis fundidos na coluna podendo associar o grau de deformidade e níveis necessários de abordagem cirúrgica à condição de desfecho clínico do paciente e os prejuízos com o tempo de espera na fila, além de estimar o que de custos não médicos (perda de produtividade, por exemplo) estão implicados nesse custeio.
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    Construção e validação de tecnologia educativa para preparo e realização de ecocardiograma transesofágico
    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2024) SANTOS, Eliane Medeiros dos; FERNANDES, Atson Carlos de Souza; AGUIAR, Carolina Villa Nova
    Este estudo teve como objetivo construir e validar uma tecnologia educativa para orientar o preparo de pacientes para a realização de ecocardiograma transesofágico. Recorreu-se à pesquisa metodológica e, por meio da revisão de literatura, foram analisadas as publicações disponíveis sobre a temática. Na primeira fase, realizou-se a construção da tecnologia com o auxílio de uma designer gráfica para a arte e diagramação do instrumento. Na segunda fase, validou-se o conteúdo com 10 juízes especialistas; e na terceira fase, realizou-se a validação semântica com o público-alvo composto por 14 participantes. Para a coleta de dados, foram utilizados dois questionários distintos, de acordo com o foco de avaliação de cada grupo. Para a validação de conteúdo, o questionário foi organizado quanto aos domínios: objetivos, estrutura e apresentação e relevância da tecnologia, com valoração variando de "totalmente adequado" a "inadequado". Na validação semântica, os itens avaliativos foram organização, estilo da escrita, aparência e motivação do material educativo. Os dados obtidos foram analisados por meio do Excel e do SPSS. Além disso, calculouse o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), de modo que os itens avaliados com média inferior ao IVC (0,8) sofreram as mudanças sugeridas no questionário. O instrumento aqui desenvolvido foi amplamente validado pelos usuários, evidenciando sua utilidade e aplicabilidade prática no contexto de orientação referente ao ecocardiograma transesofágico (ETE). As dimensões avaliadas, incluindo Organização, Estilo de Escrito, Aparência e Motivação, receberam feedback positivo, destacando a clareza, acessibilidade e eficácia do material. Os resultados obtidos aliados a outros estudos, apontam que o folder, além de atender às expectativas estabelecidas para um recurso educativo de qualidade, também tem o potencial de melhorar significativamente a compreensão e o preparo dos pacientes submetidos ao ETE.