Dissertações - MPPIS

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    Trabalho e saúde do policial penal: um retrato do contexto prisional do estado da Bahia
    (2025-06-06) JESUS, Kaike Costa Oliveira de; AGUIAR, Carolina Villa Nova; TIRONI, Marcia Oliveira Staffa; CASTELAR, Marilda; EDINGTON, Eliana Tourinho
    Introdução: O contexto da segurança pública, assim como todas as categoriais profissionais que se enquadram nesse cenário prisional, representam um campo complexo de investigação, uma vez que, os profissionais que estão inseridos nesse ambiente laboral estão incumbidos de manter o cuidado de outros, mas muitas vezes, os próprios cuidados necessários para o pleno exercício profissional são negligenciados. Objetivo: Descrever a realidade funcional dos policiais penais atuantes das unidades prisionais do estado da Bahia. Delineamento Metodológico: Trata-se de uma pesquisa descritiva de caráter retrospectivo, com abordagem quantitativa, desenvolvida a partir da consulta a dados secundários fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia relativos ao ano de 2023. Para esta pesquisa, foram conduzidas análises estatísticas descritivas com o suporte do software Statistical Package for Social Science (SPSS), bem como utilizou-se um viés cartográfico em seu processo de compactação de dados. Resultados: Os achados revelam que, no que tange ao processo de administração, 56% das unidades prisionais baianas possuem o modelo de administração plena e, do quantitativo total, 40% delas se encontram com carga excedente. Sobre os afastamentos do trabalho, o adoecimento psíquico, em especial a ansiedade, se apresentou como a principal causa de afastamento entre os profissionais. Conclusão: Os dados apontam que o excesso de presos e uma quantidade insuficiente de profissionais nas unidades prisionais parecem contribuir diretamente para o aumento e sobrecarga dos processos de trabalho, assim como, expõe a deficiência da atual Lei de Execução Penal do Brasil e a criação de novas políticas públicas carcerárias. Nota-se também, as fragilidades dos atuais modelos de administração prisionais da Bahia e necessidade do cuidado preventivo com a saúde mental dos trabalhadores do sistema prisional.
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    Mapeamento dos fatores violadores e protetivos para a saúde mental de crianças em serviços de acolhimento da Bahia: pesquisa documental
    (2025-06-06) CAL, Lua Maria Bacellar; QUEIROZ, Isabella Regina Gomes de; ANDRADE FILHA, Lêda Lessa; GOMES,Carlos Martheo Crosué Guanaes; DANON, Carlos Alberto Ferreira
    "O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre o dever do Ministério Público de inspecionar os serviços de acolhimento para crianças e adolescentes. No entanto, apesar da Resolução Nº 71/2011 do Conselho Nacional do Ministério Público ter referendado tal responsabilidade, até então não havia análises sobre a conjuntura específica da Bahia. O mesmo ocorria em relação à saúde mental dos acolhidos na infância, isto é, em fase de constituição psíquica, que, de antemão, já levam para os serviços a ruptura dos vínculos familiares e comunitários. Por isso a necessidade da pesquisa em epígrafe, cujo objetivo geral foi conhecer os fatores violadores e protetivos para o cuidado e a promoção de saúde mental de crianças acolhidas, a partir da estrutura (população atendida, modo de gestão, instalações físicas, recursos humanos e metodologia de atendimento) dos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes do estado da Bahia. Para tanto, optou-se por articular a normativa em voga no Brasil com conceitos da Psicanálise, como desamparo e “nebenmesch” na análise de três tipos de documentos utilizados pelo Ministério Público do Estado da Bahia nas inspeções aos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes realizadas em fevereiro e março de 2021. Adotou-se o método misto, isto é, quantitativo e qualitativo, descritivo-exploratório e retrospectivo, de análise documental. A análise dos dados ocorreu, na dimensão quantitativa, através de estatística simples, e na dimensão qualitativa, na análise de conteúdo a partir de Minayo (2002), com vistas à construção de sentidos. O produto principal será a promoção de uma capacitação, através de uma roda de conversa, virtual e gravada, para profissionais que atuem direta, ou indiretamente, com o tema do acolhimento de crianças, acerca dasespecificidades, bem como importância do cuidado e da promoção de saúde mental às crianças em situação de acolhimento. Como resultados, encontrou-se mais fatores violadores do que protetivos, que parecem ser decorrentes da resistência, tanto de adaptação ao atual paradigma legal acerca da criança e adolescente enquanto “sujeito de direitos”, quanto do respeito à singularidade, ao ser um. Entende-se que a pesquisa foi satisfatória no que se refere ao atendimento dos seus objetivos, porém tem as suas limitações, devendo ser aprofundada com a realidade atual através de tese de Doutoramento."
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    Psicologia e religiosidade/espiritualidade: vivências de psicólogas/os e seu impacto na prática clínica
    (2024) MATOS, Nádia Maurícia de Moraes
    Realizando escuta na prática clínica, psicólogas/os encontram demandas relacionadas a experiências religiosas e espirituais a que devem responder profissionalmente. Objetivando analisar o impacto das vivências de Religiosidade/Espiritualidade (R/E) na prática clínica de psicólogas/os, esse é um estudo descritivo de natureza qualitativa com um grupo de nove psicólogas/os de Salvador, Bahia. As narrativas das/os participantes foram coletadas através da Roda de Conversa. Utilizando a Análise de Conteúdo na perspectiva proposta por Cecilia Minayo na década de 2000, foi possível compreender os sentidos presentes e produzir uma síntese interpretativa. Os resultados identificaram três categorias analíticas: 1) experiências pessoais, 2) conflitos e silenciamento social e 3) R/E na prática clínica. A análise desse conjunto complexo de sentidos aponta a necessidade de compartilhar narrativas de caráter reflexivo e informativo sobre a dimensão R/E, no campo da formação em psicologia. Assim, essa dissertação profissional apresenta uma estratégia formativa de natureza didáticoinformativa: duas temporadas de podcasts, com 09 episódios cada, discutindo conceitos teóricos, pesquisas e regulamentações sobre o manejo da R/E na formação e prática profissional. Em cada episódio, especialistas na área compartilham os conhecimentos científicos sobre o tema. Finalizando, esse estudo apresenta falas que mostram como a identidade religiosa é vivida pelas/os psicólogas/os com temor, expresso no medo de manifestar as próprias crenças e afiliações religiosas e espirituais. Essa centralidade do medo está relacionada às microagressões, vivenciadas no cotidiano, impregnando a formação profissional e a prática clínica. Fica claro também que, independentemente de seus próprios posicionamentos quanto à R/E, psicólogas/os consideram necessário discutir as implicações da integração deste campo à prática clínica, desejam obter os conhecimentos produzidos e buscam ativamente os meios de integrar, de modo bem fundamentado, a R/E ao seu trabalho.
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    Qualidade de vida, sintomas depressivos e estilo de vida em profissionais de saúde em um hospital geral um estudo transversal
    (2024) SILVA, Rogério Luís Palmeira da
    Introdução: Profissionais de saúde são submetidos a alto nível de estresse ocupacional, refletindo num padrão não-saudável de estilo de vida, o que favorece piora na qualidade de vida e surgimento de sintomas depressivos. Objetivo: Avaliar Estilo de Vida (EV), Qualidade de Vida(QV) e presença de sintomas depressivos entre diferentes categorias de profissionais de saúde em um Hospital Geral em Salvador, Bahia, Brasil. Metodologia: Estudo descritivo transversal com amostra de profissionais de saúde de nível superior em assistência a pacientes há pelo menos 04 (quatro) meses e excluídos aqueles com diagnóstico prévio de doença mental .A coleta de dados ocorreu de dezembro/2022 a janeiro/2023. Foram coletados dados sociodemográficos e das Escalas de de Depressão Zung, da WHOQOL-bref para avaliar QV e a Escala “Estilo de Vida Fantástico". Resultados: Foram incluidos no estudo 165 pessoas, com média de idade de 36 anos (30-41), sendo 69,1% do sexo feminino e 30,9% do sexo masculino, com 50,5% de pessoas casadas e 46,7% de pardos, 24,3% pretos e 20,1% brancos. O EV “Bom” esteve presente em 41,8% da amostra, e 40,6% consideraram seu EV “Muito Bom”, “Regular” para 12,1% e “Excelente” para 5,5%. A maior parte dos entrevistados (67,5%) apresentaram sintomas depressivos, com predomínio de 75,3% de mulheres neste grupo.Não houve diferença significativa em relação à presença de sintomas depressivos entre as diversas categorias profissionais. A QV foi autopercebida como boa nos Domínios Físico Psicológico e Ambiente com o Domínio Relações Sociais com o pior escore , considerado insatisfatório. Conclusão: Encontrou-se elevada proporção de sintomas em profissionais de saúde. Um pior estilo de vida estava associado a um pior desfecho com desenvolvimento de sintomas depressivos. Os profissionais com menores escores de qualidade de vida apresentaram maior prevalência de sintomas depressivos.
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    Percepção de mulheres em situação de perda perinatal acolhimento na rede de saúde
    (2024) SANTANA, Maria Cristina Gomes de
    Introdução. Para muitas mulheres a maternidade ainda é uma meta a ser alcançada, onde a expectativa social gira em torno do nascimento, do começo de uma nova vida, na perspectiva da perpetuação da geração e da tradição familiar. Entretanto, existem situações em que ocorrem intercorrências no período gravídico puerperal que vem se opor a essa perspectiva. A morte, antagonicamente, é um evento que habita frequentemente as maternidades, superando dados estabelecidos pelas organizações de saúde, suprimindo bruscamente muitos anseios gerados durante a gestação. A dor da perda é para muitas mulheres a dor da morte de um sonho, como nos casos de inseminações sem êxito, ou de um filho, em qualquer período gestacional (mesmo em curto tempo existencial) acarretam desdobramentos de sofrimento para aqueles que gestam. A literatura especializada registra a ocorrência de mães que sofrem de algum transtorno psíquico, como ansiedade ou depressão, dentro de um ano após a perda, e podem desenvolver distúrbios psíquicos com capacidade para influenciar eventuais gravidezes posteriores e o relacionamento com o bebê seguinte. Objetivo: Conhecer a percepção de mulheres em relação às abordagens e condutas da equipe de saúde em um determinado distrito sanitário, diante do sofrimento psíquico, ocasionado pelas perdas perinatais, na cidade de Salvador- Ba. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, de narrativas com abordagem qualitativa descritiva. O referido estudo foi composto por mulheres que sofreram perda perinatal, no sistema público e/ou privado, que foram notificadas no Sistema de Informação de Mortalidade – SIM/MS, de março de 2020 a novembro 2020, residentes em um Distrito Sanitário na cidade de Salvador – Bahia, sendo entrevistadas entre os meses de fevereiro e março de 2020, por meio da técnica de entrevista narrativa e análise de conteúdo. Resultados: Sob as perspectivas das mulheres, através de suas narrativas, organizou-se dois eixos temáticos: 1. Ação da Equipe e 2. A Experiênci Mtern, onde foram englobadas as categorias: Habilidade Multiprofissional e Abordagens e condutas na pandemia. Considerações Finais: Constatou-se a necessidade de uma maior qualificação da assistência na rede de saúde, onde mulheres em sofrimento psíquico por perdas perinatais possam ser beneficiadas ao ser respeitadas em sua dor, auxiliando no processo de vivencia e elaboração do luto, sendo acolhidas e escutadas empaticamente, dignamente diante da dor da morte.
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    Rede de atenção psicossocial planejamento do cuidado integrado para pessoas em sofrimento psíquico intenso
    (2024) PEREIRA, Marla Maria Bitencout
    A maneira de cuidar da loucura em liberdade excita o pensamento estratégico em desenvolver novos dispositivos de cuidado à pessoa em sofrimento psíquico que se dirija à substituição do modelo manicomial. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) adveio com o propósito de ser o centro nodal da rede de saúde mental que cuida do sujeito e suas necessidades de modo integral e no território. O trabalho em clínica ampliada prevê a responsabilidade descentralizada que envolve outros atores do setor saúde, discorre e articula os cuidados em todos os níveis de atenção à saúde. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) conecta as unidades de saúde e suas diferentes complexidades integrando o cuidado. As Unidades de Saúde da Família (USF) trazem como característica intrínseca serem conhecedoras do território e ofertarem cuidado integral, especialmente nos níveis da promoção da saúde e prevenção de doenças, além de recuperação e tratamento de condições crônicas e agudas de baixa complexidade. A direção e articulação do trabalho em rede ocorre quando há compartilhamento de informações, troca de saberes e senso de corresponsabilização pela assistência entre equipes, articulada a partir de uma proposta de apoio interprofissional, denominada “Matriciamento”. Nesse novo modo de produzir saúde, adequa-se no processo a utilização, dentre outros instrumentos, do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que consiste na principal ferramenta de trabalho interdisciplinar, adequado à realidade de cada equipamento de saúde e as demandas de saúde de cada usuário em seu território. Esta pesquisa pretende analisar quais os desafios no planejamento do cuidado integrado à pessoa com sofrimento psíquico intenso atendido por um equipamento estratégico da RAPS (CAPS II), em articulação e corresponsabilização com a rede da atenção primária à saúde, a saber a USF. Tem como objetivos específicos (1) identificar as lacunas existentes para a elaboração conjunta do Projeto Terapêutico Singular entre o CAPS II e as Equipes Saúde da Familia das pessoas com sofrimento mental grave de Camaçari/BA e (2) qualificar o processo de trabalho entre o CAPS II e as USF para o planejamento de cuidado integrado à pessoa em sofrimento psíquico em Camaçari/BA. Para tanto, foi realizada a pesquisa de caráter qualitativo, com o desenho da Pesquisa-Intervenção crítica a partir do método de estudos de casos, de usuários atendidos por um CAPS II e também na USF do seu território. Posteriomente, a formação de grupos focais (GF), com a presença dos profissionais dos dois serviços citados, 11 responsáveis pelo cuidado à pessoa em sofrimento. Desse modo, a análise de dados se deu através do diálogo no grupo focal sob a luz do: acolhimento, diagnóstico situacional das necessidades e vulnerabilidades, articulação e matriciamento, construção de PTS e os desafios do caso. Assim sendo, foi utilizada como fonte de dados duas estratégias: 1) análise de prontuários de usuários ativos do CAPS II, de modo a acompanhar a construção do PTS, seu planejamento e desafios de articulação com outros equipamentos da saúde (em especial, com as USFs do território) e 2) a realização de GF com os profissionais das unidades que atendem estes casos (USFs e CAPS). Visa-se, com isso, contribuir para a resolução de um problema que afeta o planejamento das ações em saúde e saúde mental e a articulação das estratégias de cuidado, de modo a aprimorar o matriciamento e fortalecer na RAPS os dispositivos que se pautam na Clínica Ampliada. A análise dos dados indicou um confronto importante sobre entender a necessidade de trabalhar sobre a pespectiva da clínica ampliada e de fato conseguir praticá-la, frente aos desafios da rotina do trabalho; ressaltou-se a pessoa em vulnerabilidade sendo, muitas vezes, invisibilizada no território e revelou o cuidado à pessoa em sofrimento mental pautado em ações individuais, fragmentadas e sem planejamento. Os produtos do trabalho originaram-se mediante o protagonismo dos participantes do GF1 e posteriormente validado pelos demais GFs realizados. São estes produtos: formação do grupo de trabalho permanente e o desenvolvimento da planilha compartilhada, disponibilizada através da plataforma Google Drive entre CAPS II e as USFs do DS Costa, o intuíto dos produtos se dão sobre a qualificação do trabalho compartilhando entre as equipes, ações de intervenções e acompanhamento dos PTS realizados entre os serviços.
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    Repercussões da pandemia da covid-19 nos professores da rede municipal de educação em uma cidade do interior da Bahia
    (2024) SILVA, Ademar Rocha
    Devido à pandemia de Covid-19, ocorreram transformações políticas, econômicas e sociais em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de preservar a saúde pública, recomendou o distanciamento social como uma medida de proteção, uma vez que o vírus tinha uma alta capacidade de transmissão, o que ocorreu em mudanças nos comportamentos sociais da população. Como parte dessas mudanças, as escolas e o sistema educacional em geral precisaram suspender as aulas presenciais. Diante dessa realidade e da necessidade de garantir a continuidade do ano letivo, o Ministério da Educação (MEC) emitiu portarias orientando a continuação das aulas por meio de atividades remotas emergenciais. A necessidade de distanciamento entre professoras/es e alunos, juntamente com o objetivo de manter o processo de ensino, levou esses profissionais a desenvolverem meios de comunicação através das tecnologias como estratégias de ensino e ferramentas de interação social. O presente estudo se propõe a analisar as repercussões da pandemia da Covid-19 em professoras/es da rede Municipal de Educação da cidade de América Dourada-Bahia. Esta pesquisa qualitativa exploratória utilizou categorias analíticas identificadas com base nos critérios de saturação. Este determinou o tamanho final dos participantes, indicando quando interrompeu a coleta de dados. Aproximadamente 10 professores/es foram incluídos, podendo variar conforme a necessidade da pesquisa. Os participantes foram selecionados na sede e/ou zona rural do município. Os dados foram transcritos e analisados à medida que os resultados das entrevistas foram obtidos, respaldando o método de Análise Temática de Conteúdo de Minayo. A análise dos resultados buscou a lógica interna do grupo pesquisado como uma construção significativa do pesquisador. As/os professoras/es enfrentaram diversas percepções diante das mudanças sociais durante o período crítico da pandemia. Alguns se sentiram sobrecarregados/as e estressados/as, apresentando dificuldades com as adaptações do trabalho, enquanto outros exploraram com mais facilidade as oportunidades oferecidas pela tecnologia. A falta de formação e infraestrutura tecnológica foi evidente, deixando claro que a maioria não recebeu suporte do sistema educacional. A transição do trabalho escolar para o ambiente doméstico trouxe mudanças profundas no equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, com desafios significativos, especialmente para quem tinha filhos em casa. Por outro lado, a adaptação ao ambiente doméstico proporcionou maior controle sobre o espaço de trabalho, eliminando deslocamentos, no entanto, essa transição também gerou exigências na saúde física e psicológica dos profissionais, evidenciando a complexidade do processo. A pandemia da Covid-19 teve repercussões significativas na educação, com as/os educadoras/es desempenhando papel central na transformação. Suas percepções abrangem mudanças sociais, o uso de tecnologias no ensino e implicações da transição para o ambiente doméstico, enfrentando diversos desafios e oportunidades. Essas questões resultaram em um aumento notável nos problemas de saúde, tanto físicos quanto psicológicos, entre os profissionais.
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    Intervenções baseadas em jogos para o desenvolvimento de habilidades de cognição social em crianças com Transtorno do Espectro Autista: Uma Revisão Sistemática
    (2023) PALMEIRA, Maria Antônia Souza Palmeira; SIQUARA, Gustavo Marcelino; ANDRADE, Nara Côrtes
    Resumo: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é caracterizado por déficits na interação social e comunicação, bem como interesses restritos e comportamentos repetitivos. Crianças com TEA têm prejuízos significativos na cognição social; teoria da mente e habilidades sócio-emocionais. No Brasil, cerca de 1% da população tem TEA, com alta taxa de subdiagnósticos e baixo acesso ao tratamento. Metodologia: Revisão sistemática de acordo iniciativa PRISMA, sobre intervenções baseadas em jogos digitais e concretos com finalidades de treino em habilidades de cognição social em crianças entre 03 a 12 anos com TEA, nas bases Medline, Web of Science, LILACS, Scielo, PsycInfo, Scopus and Cochrane Library. Resultado: Foram encontrados 07 estudos, sendo que 03 deles apresentavam risco moderado de viés e 04 com alto risco de viés, todos apresentando desfechos positivos em treino em habilidade social. Conclusão: Intervenções baseadas em jogos concretos e digitais apresentam evidências de benefício, porém os estudos requerem metodologias mais sólidas. Estudos com Serious Games são uma área promissora para pesquisas na área de cognição social no TEA.
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    Apoio social e sintomas ansiosos e depressivos em pacientes do ambulatório de dor de um hospital oncológico
    (2023) RODRIGUES, Marcília da Anunciação; LOPES, Josiane Mota; PALMEIRA, Aline Tonheiro; MARTINS, Gabriela Botelho
    Introdução: Uma das maiores queixas dos pacientes oncológicos é a dor. Ela é descrita como angustiante e incontrolável, o que afeta a qualidade de vida desses pacientes. Além da dor persistente e quase sempre intensa, é bastante encontrada na literatura a presença de sintomas ansiosos e depressivos em pessoas com câncer. O tratamento do câncer pode ser medicamentoso e não medicamentoso e, dentre os mecanismos auxiliares no tratamento para controle álgico, a literatura aponta ser relevante ter um bom apoio social e possuir algum tipo de religiosidade/espiritualidade. Objetivo: Avaliar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes atendidos em um ambulatório de dor de um hospital oncológico. Material e Métodos: Foi realizado um estudo transversal, utilizando um questionário para obtenção de dados sociais, demográficos e clínicos, e escalas para avaliação da dor, sintomas de ansiedade e depressão, presença de religiosidade e apoio social. Os sujeitos foram entrevistados de dezembro de 2020 a novembro de 2021. Resultados: 175 sujeitos foram avaliados, sendo, em sua maioria, do sexo feminino. A maioria dos indivíduos apresentou sintomas ansiosos, boa relação religiosa/espiritual e apoio social satisfatório, o que impactou a diminuição de sintomas depressivos. Conclusão: A dor oncológica impacta de forma significativa o indivíduo com câncer, e ter apoio social e possuir alguma religião/espiritualidade auxilia de forma positiva a diminuição de sintomas depressivos.
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    Avaliação da qualidade de vida e autocuidado de profissionais no contexto hospitalar: um estudo transversal
    (2022) OLIVEIRA, Andréa Santa Rosa de
    Introdução: Esta pesquisa objetivou avaliar qualidade de vida e autocuidado de profissionais de um hospital de Feira de Santana/BA. Através do método Estudo descritivo transversal. Foram aplicados um questionário sociodemográfico e as escalas de Autocuidado (ASA-A) e Qualidade de vida (SF-36), para pessoas entre 18 e 70 anos, através de coleta online pela Plataforma Survey-Monkey. Link foi entregue a todos os setores do hospital e ficou disponivel entre novembro 2020 a julho de 2021. Foram excluidos pessoas com dificuldades de compreender os instrumentos ou que responderam de forma incompleta. Os dados foram analisados pelo SPSS versão 21.0. Variáveis númericas foram expressas em média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico, a depender da distribuição dos dados, avaliada pela aplicação do teste de Kolmogorov Smirnov. Variáveis categóricas expressas em frequências absolutas e relativas. Análise comparativa entre autocuidado e qualidade de vida, utilizou-se a correlação de Spearman. Comparação dos escores de qualidade de vida e autocuidado por trabalahadores das áreas da saúde e administrativa, adotou-se o teste de Mann-Whitney, considerando os resultados do teste de normalidade. Valores de p < 0,05 considerados estatisticamente significativos. Resultados: Dos 77 participantes 61(79,2%) eram mulheres, 41(53,2%) casados, 46(59,7%) ensino superior e 48(62,3%) atuavam na área administrativa. Da amostra, 59 (76,6%) revelaram sono tranquilo e 48 (62,3%) relataram tempo compatível para afazeres e atividades diárias e 39(50,6%) apresentaram boa capacidade para o autocuidado. Na ASA-A aferiu-se resultado muito bom para 34 (44,2%), bom para 39 (50,6%), regular para 03 (3,9%) e ruim para 01 (1,3%). Verifcou-se na SF-36 que os dominios com melhores escores foram capacidade funcional (83,05); limitações emocional, (80,95); limitações físicas (79,87); Dor (70,12) e Aspectos Sociais (73,05). Conclusão: Achados sugerem que quanto maior o autocuidado melhor a qualidade de vida.
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    Intoxicação eletrônica em crianças de zero a quatro anos: percepção dos pais
    (2022) PEDREIRA, Camila; FIGUEIREDO, Ataíde
    Introdução: As atividades sociais e de lazer, no período da pandemia, foram reduzidas ou inexistiram, tanto quanto foi desconfigurada a borda entre lazer e trabalho. Nesse contexto, os pais, em muitos casos, precisaram cuidar das crianças, trabalhar e realizar atividades de casa. O cuidado das crianças, que já estava permeado pela presença, cada vez mais precoce, dos dispositivos eletrônicos digitais, sofreu uma intensificação nesse sentido. A Sociedade Brasileira de Pediatria alerta para os prejuízos na aquisição de habilidades associados à exposição precoce e intensa das telas, como atraso no desenvolvimento cognitivo, na linguagem, habilidades sociais e alterações de sono. O conceito de intoxicação eletrônica aponta para alterações discursivas do laço decorrente de entraves no exercício das funções maternas e paternas, acarretando impasses para a constituição psíquica, como concebido pela psicanálise, constituindo-se um risco à saúde mental desde um tempo precoce. Indaga-se como os cuidadores primários perceberam os sinais de intoxicação eletrônica em seus filhos. Objetivo: O presente trabalho buscou conhecer a percepção dos pais de crianças de zero a quatro anos, sobre o efeito do uso intenso dos dispositivos digitais. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória, realizada através de entrevistas compreensivas com cuidadores primordiais de crianças pré-escolares e lactentes (entre dois e quatro anos), em Salvador, Região Metropolitana e Feira de Santana, que fazem uso intenso dos dispositivos digitais, apresentando ou não sinais de intoxicação eletrônica. A seleção dos participantes foi pelo método bola de neve. Os cuidadores pesquisados foram mães, em sua totalidade, por serem essas que ocuparam lugar de cuidador primário, nos casos investigados. A partir dos dados coletados foram estruturadas categorias, buscando a identificação de núcleos de sentido. Resultados: O primeiro núcleo de sentido, “Identificação de alterações”, corresponde às alterações identificadas a partir do uso das telas, o percurso de investigação dessas alterações e os sentimentos dos pais. O segundo núcleo de sentido, “Cuidado”, corresponde às medidas de cuidado adotadas a partir das alterações identificadas e se refere aos impasses para o exercício das funções maternas e paternas. As mães apresentaram, em sua maioria, dificuldade de perceber a intoxicação eletrônica em seus filhos, o uso constante das telas é normalizado na maior parte das famílias. O efeito do “só depois” pode ser visto, uma vez que os prejuízos são percebidos quando se espera da criança aquisição de habilidades como fala, interação e socialização. A pandemia intensificou o uso das telas pelas crianças, mas a depender do modo como esse uso foi mediado, pode haver diferentes efeitos, o que faz com que nem todo uso seja um caso de intoxicação eletrônica. Considerações Finais: Este trabalho identificou que os pais sabiam dos efeitos negativos do uso das telas para os bebês e crianças, mas ainda assim permitiram a exposição por não dimensionarem os impactos negativos do uso e por estarem sob efeito do uso intenso das telas na cultura digital vigente. Foram eles que identificaram que algo não ia bem com seus filhos, mas não conseguiram associar ao uso das telas. As atividades laborais ou de trabalho dos pais apareceu como um dos principais fatores de dificuldade destes na mediação do uso das telas. Há uma precariedade de estudos sobre a visão dos cuidadores primordiais e sobre os aspectos constitutivos do laço entre bebê (ou criança) e cuidador. Esse aspecto constitutivo do laço é importante para pensar a intoxicação eletrônica. O que está em questão é o lugar do desejo do cuidador pela criança que está se constituindo.
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    Saúde mental e trabalho em uma universidade pública da Bahia
    (2022) MOREIRA, Cláudia Valéria de Andrade
    Introdução: o adoecimento mental decorrente do trabalho está intrinsecamente relacionado às práticas organizacionais, aos contextos histórico, social, econômico e político, bem como à subjetividade do indivíduo, logo, não se pode estudar a temática “saúde mental e trabalho” de forma reducionista. É necessário um olhar crítico e contextualizado que permita entender essa relação de forma multifacetada. Objetivos: conhecer as experiências de servidores administrativos de uma universidade pública no que tange às relações interpessoais relacionadas aos processos de trabalho, antes e durante a pandemia de COVID-19, bem como identificar as experiências de enfrentamento de possíveis adversidades advindas de atividades administrativas e das relações interpessoais. Materiais e método: foi utilizada a abordagem qualitativa, exploratória, descritiva de frequência. Para a coleta de dados, utilizou-se o diário de campo e um questionário on-line com questões objetivas e abertas, enviado via e-mail, por meio do GoogleForms, que foi respondido por 52 servidores (66,7%) dos 78 para os quais o questionário foi encaminhado. Resultados e discussão: a pesquisa possibilitou a caracterização dos participantes pelos dados sociodemográficos, os quais apontaram a existência de assédio moral e discriminação nas relações dos servidores com os colegas, com o chefe imediato e com os docentes. Os resultados mostraram também a ocorrência de estresse e transtornos mentais relacionados ao trabalho. Foi possível verificar um aumento do estresse advindo do trabalho durante a pandemia de COVID-19 e, no que diz respeito às relações interpessoais, os dados indicaram que elas foram impactadas pela pandemia. Excetuando-se a relação com os docentes, os percentuais mais elevados foram para a falta que os servidores sentiram do contato presencial, especialmente dos colegas, visto que estavam trabalhando remotamente em home office. Quanto às medidas de enfrentamento, os dados revelaram que a maioria dos servidores nunca recorreu à direção da instituição para tratar de adversidades resultantes do ambiente laboral e nenhum servidor buscou seu respectivo sindicato. Considerações finais: são necessárias intervenções que visem a preservação da saúde mental dos servidores, bem como a adoção de medidas de enfrentamento dos fatores desencadeantes de adoecimento psíquico relacionado ao ambiente laboral.
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    Enlaces e desenlaces: os desafios enfrentados pelas mulheres para amar na contemporaneidade
    (2022) BRITO, Valéria Cristina Figueira de
    O amor é um dos temas mais procurados em todas as ferramentas de busca: real, material e mental. Ao mesmo tempo, é um tema impossível de ser totalmente apreendido. Este trabalho desafia-se a discutir os reveses da experiência de amar da mulher brasileira contemporânea. O trabalho desdobra-se em três etapas, A primeira é uma revisão integrativa de literatura, direcionada para conceitos sobre o amor, contemporaneidade e o luto decorrente do fim dos vínculos amorosos. A segunda é uma revisão de literatura que aborda conceitos como a história do amor, dados sobre a mulher brasileira na atualidade e a transformação da intimidade. As análises teóricas decorrentes deste estudo circunscrevem a necessidade de uma intervenção que dê voz às mulheres, para investigar como elas vêm sentindo os modelos de amar e se separar, na atualidade, assim como a forma como a psicologia tem pensado e manejado essas experiências, considerando o seu empoderamento da mulher. A terceira etapa deste trabalho descreve o desenvolvimento de um canal no Youtube com vista a promover reflexão sobre a temática do amor e do seu desenlace, possibilitando a discussão ampla sobre aspectos da contemporaneidade e estratégias de enfrentamento das dores implicadas. Tal produto surgiu a partir do questionamento sobre a vivência das mulheres nos seus desenlaces amorosos e o silenciamento encontrado na literatura. Trata-se de um canal de comunicação virtual com informações científicas, históricas, além de histórias vividas, constituindo-se uma estratégia de reflexão sobre as mulheres, realizada por mulheres, para as mulheres.
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    Rede de apoio social e sintomas ansiosos e depressivos em gestantes durante a pandemia pela covid-19: um estudo transversal
    (2022) SOUSA, Renata Sampaio de Aragão
    atividade remunerada; escolaridade superior; renda familiar de mais de três salários-mínimos e boa parte no terceiro trimestre da gestação sem planejamento. A correlação entre sintomas depressivos e ansiosos e rede de apoio social das mulheres analisadas, mostraram que todas as dimensões foram moderadas e estatisticamente significantes. Conclusão: A redução da rede de apoio social das mulheres durante a gestação, esteve correlacionado com presença de Transformações e adaptações exigidas pelo ciclo gravídico-puerperal podem desencadear a presença de sintomas ansiosos e depressivos. Para amenizar os fatores estressantes deste período, uma boa rede de apoio social tem se mostrado extremamente relevante para suporte. Objetivo: investigar se existe correlação entre a rede de apoio social e presença de sintomas ansiosos e depressivos em gestantes durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: estudo transversal, onde foram selecionadas mulheres entre 18 e 35 anos e residentes na cidade de Feira de Santana. Foram aplicados questionário sociodemográfico; Escala MOSS, para avaliar o suporte social e Escala HAD, para avaliar sintomas de ansiedade e depressão. As variáveis categóricas foram expressas por frequências absoluta e relativa e as variáveis quantitativas por média e desvio–padrão (DP) ou mediana e intervalo interqualítico (IIQ). Para comparação dos grupos foram utilizados os testes de MannWhitney e qui-quarado de Pearson. As associações entre as variáveis e os sintomas de ansiedade e depressão foram analisadas por regressão logística. Resultados: avaliadas 108 gestantes, com idade que variou de 18 a 35 anos, raça/cor parda; casada e com relacionamento estável no momento da pesquisa, exercendo sintomas psicológicos.
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    Sentidos construídos por profissionais da saúde do SUS no cuidado ao comportamento suicida infanto juvenil
    (2022) LEONY, Lícia Cristiane de Azevedo de Jesus
    A prática do profissional da saúde mental ao cuidar de um paciente com comportamento suicida envolve certo nível de mobilização e estresse. Isso acentua-se ainda mais quando se trata de crianças e adolescentes. Nessa situação, o manejo torna-se ainda mais difícil e delicado e exigirá dos profissionais além de habilidade técnica para o atendimento, suportar a angústia do paciente e seus familiares que se encontram em intenso sofrimento psíquico (Botega, 2015). A relação profissional-usuário constitui-se, portanto, em um recurso importante no tratamento dessas pessoas. Tendo em vista a complexidade do tema, esta pesquisa teve como objeto compreender os sentidos construídos por profissionais do Sistema ùnico de Saúde (SUS), no cuidado, na atenção e manejo dos casos, objetivando saber o que pensam, o que sentem e como lidam com as situações que se apresentam no tratamento de crianças e adolescentes. O desenho da pesquisa foi construído a partir da abordagem qualitativa, por meio da técnica de Grupos Focais com profissionais da saúde de duas equipes de um CAPSi e de um NASF, localizados em um município da região metropolitana de Salvador/Ba. Foram realizados dois grupos cujos diálogos ocorridos durante a atividade foram gravados e transcritos e, analisados, junto aos registros não verbais. Na análise, três unidades de sentido foram elencadas: 1) Aspectos emocionais na relação profissional- usuário, divididas em subcategorias; 2) (Des) Cuidado e Autocuidadodos profissionais da saúde mental e 3) Luto. Enquanto produto de investigação e contrapartida ética, será realizada um dispositivo de Roda de Conversa, como modo de acolhimento e capacitação a ser ofertado para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município em que a pesquisa foi realizada, dividida em 08 encontros momentos em que serão abordados os temas: 1- Manejo de casos de crise suicida; 2) Cuidado e Autocuidado e 3) Luto e implicações psicológicas pela perda do por suicídio
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    Análise de conteúdo sobre o reganho de peso tardio em mulheres adultas após cirurgia bariátrica
    (2022) SANTANA, Lorena Moura
    A obesidade é uma doença multifatorial, sendo um problema de saúde pública mundial. Dentre as possibilidades de tratamento encontra-se a cirurgia bariátrica. Justificativa: Compreendendo que a cirurgia é uma ferramenta de combate e controle é importante o estudo das variáveis no cotidiano de sujeitos com reganho de peso, por haver a possibilidade em traçar intervenções e mapear os fatores psicológicos influenciadores a ponto de reduzir ou atenuar os aversivos no processo de aumento de peso. Objetivo: Compreender as contingências que reforçam o “comer emocional” em mulheres adultas com reganho de peso tardio pós-bariátrica sem acompanhamento psicológico. Método: O estudo de metodologia qualitativa exploratória e descritiva, o instrumento utilizado foi entrevista semiestruturada e os resultados tratados pela técnica da análise de conteúdo. Resultados e discussão: O trabalho é composto por dois resultados, o primeiro o projeto roda de conversa com mulheres pós-bariátrica e o segundo discutido após análise de conteúdo chegando-se a quatro categorias: trajetória até realização da cirurgia bariátrica, preparação para o procedimento cirúrgico, relação com o corpo, comer emocional e a relação com o reganho de peso. Considerações Finais: Diante do estudo concluiu-se que as participantes compreendem a importância sobre o acompanhamento multidisciplinar na manutenção do peso após a bariátrica por perceberem que ocorre a ingestão de comida não por necessidade física, mas devido ao repertório comportamental que o comer é reforçado tanto a nível primário como secundário, logo o reganho de peso tardio decorre dos níveis de seleção do comportamento, filogenético, ontogenético e sócio genético, havendo influência de fatores psicológicos, transtornos de humor e alimentares.
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    A residência de psicologia clínica e saúde mental: uma experiência de formação para o sistema único de saúde
    (2022) GALLINDO, Paula Cristina Vianna Goulart
    Introdução: A pesquisa se propõe a conhecer a percepção dos profissionais egressos do Programa de Residência em Saúde Mental e Psicologia Clínica oferecido entre os anos 2005 e 2015, pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia em conjunto com a Universidade Federal da Bahia, no Hospital Juliano Moreira. Objetivos: O objetivo foi resgatar tanto a história do programa como denotar sua importância enquanto estratégia de formação para o SUS. Metodologia: Para tanto realizaram-se entrevistas com profissionais egressos desse programa e os dados foram tratados através da técnica de análise de conteúdo temática, conforme define Minayo (2014). A pesquisa é considerada um estudo qualitativo exploratório e compõe parte do produto resultante de um Mestrado Profissional em Psicologia e Intervenções em Saúde. Resultados: Como resultado, evidencia-se que a experiência da residência é uma estratégia de formação em recursos humanos para o SUS, agregando consistência à formação do profissional e fortalecendo o próprio sistema de saúde. Resultado evidenciado pela produção de um artigo de relato de experiência sobre o período da autora e pesquisadora enquanto foi residente do programa e pelos conteúdos expressos pelos entrevistados ao longo da pesquisa. Soma-se a isso, o projeto de um livro, escrito pelos atores que ajudaram a compor a residência enquanto programa, resgatando assim, sua história sob diferentes facetas. Conclusão: A partir do material encontrado pode-se afirmar que o Programa de Residência em Psicologia Clínica e Saúde Mental produziu efeitos de formação para o SUS que ressoam nas práticas profissionais de seus egressos, denotando essa estratégia de formação como protetiva para o próprio SUS e ao mesmo tempo, como se faz importante pensar em outras estratégias de formação permanente, favorecendo a qualidade dos serviços prestados à comunidade sem sobrecarregar os programas de residência.
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    Transtorno alimentar restritivo/ evitativo (tare) em pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista (tea): revisão sistemática
    (2022) TEIXEIRA, Milena Lyrio
    Introdução: o transtorno alimentar restritivo evitativo (TARE) é caracterizado pela deficiência nutricional e/ou energética relacionada a perda ponderal importante, ao uso de suplementos nutricionais ou terapia nutricional enteral e/ou modificação expressa do funcionamento psicossocial. O aumento do risco do seu desenvolvimento pode estar associado a outros fatores como transtorno de espectro autista (TEA) já que estes indivíduos podem apresentar recusa alimentar devido às características organolépticas dos alimentos e geralmente apresentam comportamentos restritivos e repetitivos com resistência a mudanças. Objetivos: reunir e sumarizar evidências a respeito do TARE em pessoas com TEA, identificar e comparar quais as manifestações clínicas mais comuns, tratamentos e prognóstico conhecidos e, a partir dos dados reunidos, produzir um jogo de tabuleiro educativo para incentivar a variedade de consumo alimentar e a redução do estresse durante as refeições. Metodologia: revisão sistemática da literatura. Realizada busca nos portais CAPES e BVS, na base de dados MEDLINE e na biblioteca ScIELO. Os critérios de inclusão foram: estudos posteriores a 2013, todos os desenhos de estudos, exceto in vitro, em animais e revisões, artigos que abrangeram os dois transtornos associados, que tratavam o TARE em TEA e apresentaram eficácia e prognóstico. Como critérios de exclusão estavam aqueles que eram de intervenção imediata e aplicação e/ou validação de escalas. Resultados: após seleção minuciosa, cinco artigos de estudos de casos foram selecionados, compilados em tabela e quadro e comparados entre si. A principal faixa etária foi de 2 a 8 anos, sendo a maioria da população do sexo masculino e os estudos ocorreram principalmente em países de língua inglesa. A restrição alimentar foi a característica mais predominante com anemia ferropriva associada e a dessensibilização sistemática com recompensas foi o método de tratamento mais utilizado e mais eficaz. Conclusão: tanto a dessensibilização sistemática com recompensa como a suplementação via oral foram efetivos no tratamento da seletividade alimentar. Limitações potenciais: amostra reduzida e desenho dos estudos. Número de registro do PROSPERO: CRD42020209624.