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Atividade Física e saúde mental de escolares da região Nordeste do Brasil Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2019
(2024) VIEIRA, Victor Vinicius da Silva
Introdução: A adolescência é um período de intensas mudanças no cérebro, o que pode gerar desafios emocionais significativos. Nesse estágio, a inserção na atividade física tende a diminuir, influenciada por fatores socioeconômicos e pela falta de estímulos nas escolas. Simultaneamente, a saúde mental dos adolescentes pode ser prejudicada pela falta de informações e recursos adequados, o que contribui para o aumento de transtornos psíquicos Objetivo: Avaliar o nível de atividade física e saúde mental dos escolares da região nordeste do Brasil. Materiais e Métodos: trata-se de um estudo ecológico que utilizou dados governamentais coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na plataforma da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), especificamente na edição de 2019. A atividade física foi categorizada como "insuficientemente ativo" e "fisicamente ativo", enquanto a saúde mental foi classificada como "positiva" ou "negativa". O teste do Qui-quadrado foi utilizado para analisar as proporções das variáveis dependentes (atividade física e saúde mental) em relação às independentes (sexo, idade e dependência administrativa), com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: amostra desse estudo foi de 55470, sendo 51,1% do sexo feminino. Houve significância na atividade física, entre os sexos (p<0,001), e na saúde mental, entre o sexo (p<0,001), idade (p<0,001) e dependência administrativa (p=0,010). Conclusão: em relação ao nível de atividade física, as adolescentes do sexo feminino são mais inativas do que as adolescentes do sexo masculino. Quanto à saúde mental, as mulheres, adolescentes com idade igual ou menor de 15 anos e oriundas de escolas públicas, são mais propensas a desenvolverem problemas psíquicos.
A evolução tática no futebol ao longo dos últimos 100 anos
(2024) RAMOS, Marlon Yves Menezes
Introdução: O futebol, esporte com mais de 130 anos de história, está sempre em constante evolução, tanto em regras quanto em táticas. Entre 1920 e 2000, surgiram inovações que equilibraram ataque e defesa, moldando o jogo moderno. Após 2010, o esporte alcançou maior sofisticação e obediência tática, com ênfase na posse de bola, pressão intensa e transições rápidas, tornando-o mais dinâmico e complexo. Objetivo: descrever a evolução do desenvolvimento tático no futebol ao longo dos últimos 100 anos. Métodos: Uma revisão narrativa, escolhida pela sua capacidade de englobar múltiplas fontes e perspectivas. Foram utilizadas bases de dados como PubMed, Ebsco e Google Acadêmico, além de revistas especializadas e plataformas como OneFootball e FIFA. A análise qualitativa identificou padrões e tendências em artigos, revistas e outras fontes confiáveis, considerando o contexto histórico e a aplicação prática das táticas em diferentes eras do futebol. Resultados: Os dados revelaram uma evolução tática marcada por quatro períodos principais: o período inicial, com formações predominantemente ofensivas, como o esquema 2-3-5; a consolidação defensiva entre 1960 e 1980 com o “Catenaccio” italiano; a revolução tática das décadas de 1990 e 2000 com formações como o 4-4-2 e 3-5-2, aliada ao uso de tecnologia e dados para aprimorar estratégias; e, finalmente, a era moderna a partir de 2010, onde táticas como o “Tiki-Taka” do Barcelona e o “Gegenpressing” de Klopp trouxeram inovações na posse de bola, pressão e transições rápidas. Considerações finais: A evolução tática no futebol reflete uma adaptação contínua às novas demandas do jogo, onde a análise de dados e o uso de tecnologia desempenham papéis fundamentais no desenvolvimento estratégico. A cada era, as táticas se tornaram mais sofisticadas, buscando equilibrar defesa, ataque e transições de forma a otimizar o desempenho e competitividade das equipes. Esses avanços sublinham a importância da tática como elemento crucial no sucesso esportivo, reforçando o futebol como um esporte em constante transformação.
Comportamento sedentário e saúde mental de escolares da região Nordeste do Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2019
(2024) MOREIRA, Dayane Jataraiba Santiago Santana
Introdução: A adolescência é uma etapa da vida em que ocorre mudanças fisiológicas e psicossociais na vida dos indivíduos, além de alterações nos seus estilos de vida que contribuem para o aumento do sofrimento psíquico e alta exposição em comportamento sedentário. Objetivo: Avaliar o comportamento sedentário e saúde mental dos escolares brasileiros da região do nordeste do Brasil. Método: Trata-se de um estudo ecológico, de cunho epidemiológico de base escolar realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) do ano de 2019. Sendo a amostra escolares de ambos os sexos, matriculados e frequentes ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas da região nordeste do Brasil. Foram analisados aspectos comportamentais (comportamento sedentário) e de saúde mental, segundo a idade, sexo e dependência administrativa da escola. Para comparação das proporções entre as variáveis dependentes e independentes foi utilizado o teste qui-quadrado e o nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Resultados: A amostra foi composta por 55.470 escolares, 51,1% do sexo feminino. O comportamento sedentário esteve associado com a idade (p= 0,006) e a dependência administrativa privada (p<0,001), e a saúde mental, com sexo (p<0,001), idade (p<0,001) e dependência pública (p=0,010). Conclusão: Este trabalho evidenciou associações significativas entre comportamento sedentário, saúde mental e variáveis sociodemográficas em escolares do Nordeste brasileiro, destacando a vulnerabilidade de adolescentes mais jovens (≤15 anos), estudantes de escolas privadas para comportamento sedentário, e alunas do sexo feminino, mais jovens e estudantes de escolas públicas para saúde mental negativa.
Adesão aos programas públicos de atividade física e doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde 2019
(2024) FERREIRA, Amanda dos Santos
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) têm múltiplas causas, incluindo fatores biológicos e comportamentais, e são responsáveis por altas taxas de mortes globais. Destaca-se a relação entre a posição socioeconômica e a prevalência dessas doenças, com áreas de baixa renda apresentando maior mortalidade. A prática de atividade física reduz o risco de DCNTs, mas há uma lacuna na análise de adesão da população a programas públicos de promoção de saúde física. Objetivo: descrever sobre o conhecimento da existência e participação da população brasileira em programas públicos de atividade física e estimar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis levando em consideração a renda per capita por domicílio e tipo de área. Método: Trata-se de um estudo transversal ecológico baseado na Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 (PNS – 2019), as variáveis escolhidas foram dados sobre conhecimento da existência de programas públicos de estímulo à prática de atividade física, participação nesses programas, se já recebeu diagnóstico de alguma DCNT (hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica), tipo de área, sendo capital, resto da região metropolitana, resto da unidade federativa e região integrada de desenvolvimento econômico (RIDE) e rendimento per capita por domicílio. Foi feita uma análise descritiva no Microsoft Excel e Microsoft Power BI. Resultado: Os dados indicam que quanto menor a renda per capita, maior o conhecimento e a participação nos programas públicos de promoção de atividade física. Ademais, o tipo de área com maior número de participantes dos programas se concentrou na área definida como resto da unidade federativa. Acerca da prevalência de DCNTs, as doenças mais prevalentes foram a hipertensão arterial e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), nas áreas identificadas como resto da unidade federativa e resto da região metropolitana, respectivamente. Considerando o rendimento per capita por domicílio, observou-se que quanto menor a faixa de renda, maior a prevalência de DCNTs. Conclusão: É possível observar que a adesão aos programas públicos de incentivo à atividade física ainda é baixa em comparação à quantidade de pessoas que afirma conhecer algum programa desse tipo, o que pode influenciar na prevalência de DCNTs, especialmente entre a população de menor renda.
Efeito da suplementação de creatina no envelhecimento muscular: uma revisão sistemática
(2024) RABELO, Caroline Souza Mota
INTRODUÇÃO: O envelhecimento muscular é uma das maiores barreiras para a qualidade de vida na terceira idade, manifestando-se na perda progressiva de massa e força muscular, condição conhecida como sarcopenia. OBJETIVO: Este estudo busca explorar o impacto da suplementação de creatina na saúde muscular de idosos, destacando seu potencial na preservação da força e massa muscular, essenciais para a autonomia e funcionalidade. METODOLOGIA: Por meio de uma revisão sistemática, analisaram-se os efeitos da suplementação de creatina no envelhecimento muscular. A pesquisa incluiu artigos em inglês e português, publicados desde 2014, abrangendo ensaios clínicos, estudos observacionais, de coorte e relatos de caso. O protocolo seguiu as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), garantindo rigor científico e confiabilidade. RESULTADOS: Foram selecionados quatro artigos de destaque: dois avaliaram idosos saudáveis, enquanto os outros abordaram mulheres idosas vulneráveis ou sedentárias. Os resultados apontam que a suplementação de creatina, especialmente quando associada ao exercício resistido, promoveu ganhos expressivos em massa muscular, força e desempenho físico, com benefícios mais pronunciados em idosos mais velhos. CONCLUSÃO: A combinação de creatina e exercícios de resistência surge como uma estratégia poderosa contra a sarcopenia, oferecendo uma solução prática e acessível para a preservação da funcionalidade muscular e a melhoria da qualidade de vida na terceira idade.
Desenvolvimento da transmissão oral da doença de Chagas no Brasil: uma revisão sistemática
(2024) SANTOS, Dainara Santos dos
A doença de Chagas, uma enfermidade parasitária causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, emerge como uma das mais prementes preocupações de saúde pública nas Américas. No contexto brasileiro, a doença de Chagas assume proporções de surtos, em uma ampla gama de grupos sociais, apresentando desafios complexos para os sistemas de saúde. Esse estudo trata-se de uma revisão sistemática a qual foi conduzida buscando estudos originais no MEDLINE/PubMed, LILACS e SciELO. Para critérios de exclusão: estudos realizados exclusivamente fora do Brasil, artigos duplicados, estudos em animais e estudos que não forneceram informações relevantes para os objetivos desta revisão sistemática. Foram identificados inicialmente 130 artigos, dos quais foram selecionados 7. Os resultados mostraram uma análise de evidência a complexidade e gravidade da Doença de Chagas Aguda (DCA) transmitida por via oral no Brasil, destacando a relevância do açaí como veículo principal de infecção, especialmente na região Norte. Por isso, estudo sublinha a urgência de políticas de vigilância alimentar mais rigorosas, além do monitoramento contínuo e integrado dos fatores ecológicos e socioeconômicos que favorecem a transmissão da DCA no Brasil.
Avaliação das subpopulações de linfócitos T de memória específicos para variantes do SARS-CoV-2 em indivíduos vacinados com dose de reforço
(2024) ARAÚJO, Carolina Queiroz de
Tendo em vista a diminuição de anticorpos período após vacinação e o importante papel dos linfócitos T na infecção viral, este estudo visa caracterizar o perfil fenotípico e funcional de linfócitos T de memória entre indivíduos vacinados com diferentes esquemas vacinais contra COVID-19. O estudo incluiu 18 profissionais de saúde que receberam CoronaVac (n=11) ou ChAdOx1 (n=7) como esquema primário e BNT-162b2 como dose de reforço. As células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) dos voluntários foram adquiridas e cultivadas sob estimulação de peptídeos da proteína spike da sequência original do SARS-CoV-2 (Wuhan) e das variantes P.1 (Gama) e B.1.1.529 (Ômicron) por 18h a 37ºC com 5% de CO2. Posteriormente, as PBMCs foram marcadas com anticorpos (CD3, CD4, CD8, CD45RA, CD27, CCR7, IFN-, TNF-) e adquiridas com um citômetro de fluxo (Fortessa-BD). Os dados foram analisados usando o software FlowJo. Após reforço vacinal, linfócitos T CD4+ de memória apresentavam principalmente um fenótipo de célula de memória efetora (TEM), memória altamente específica (TEMRA) e memória transicional (TTM), assim como os linfócitos T CD8+ eram principalmente da população naive (TN), TEM, TEMRA e TTM. A maior parte das células de memória eram produtoras exclusivamente de IFN- ou TNF-. O grupo ChAdOx1+BNT162b2 teve uma maior frequência de linfócitos totais em resposta a sequência original de Wuhan (46,2%; IQR 43,1-53,3%) quando comparado ao grupo CoronaVac+BNT162b2 (36,6%; IQR 30,9-39,9%) (p<0,05). Porém, o grupo CoronaVac+BNT162b2 teve maior proporção de linfócitos T CD4+ TTM produtores de IFN- resposta a variante Gama (0,3%; IQR 0,2-0,9%) comparado ao grupo ChAdOx1+BNT162b2 (0,08%; IQR 0,04-0,1%) (p<0,05). Em conclusão, foi possível observar que as vacinas induzem diferenciação de células T com perfil de memória, produtoras IFN- ou TNF- em resposta aos peptídeos de spike da sequência original e das variantes Gama e Ômicron.
Índices não lineares da variabilidade da frequência cardíaca na posição supina e ortostase em pessoas sintomáticas e assintomáticas com mutação do gene da transtirretina
(2024-06) BORBA, Beatriz Borges Astolpho
Introdução: A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), doença neuromuscular, rara, progressiva, causada pela mutação do gene da transtirretina (TTR) caracterizada por disfunções cardíacas e sensoriomotoras. A análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em supino e ortostase é um diferencial nessa população, uma vez que apresenta alterações cardíacas e na literatura não há estudos que descrevam essa avaliação. Objetivo: Avaliar os índices não lineares da variabilidade da frequência cardíaca na posição supina e ortostase em pessoas sintomáticas e assintomáticas com mutação do gene da transtirretina. Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico em pessoas com PAF(sintomáticas) ou mutação do gene TTR(assintomáticas), avaliados no centro especializado em doenças raras e mielopatias, na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Realizada com cinta torácica (POLARH10®) por 10 minutos em supino e 5 minutos em ortostase. As variáveis foram: dados sociodemográficos, clínicos e Intervalo RR; FC média; SD1; SD2; DFalpha1 e DFalpha2; Entropia Aproximada, expressas em mediana e intervalo interquartil em pessoas sintomáticas e assintomáticas e utilizado o teste Man-Whitney. Resultados: Dos 35 participantes houve predominância do sexo feminino(64%), idade média 47,5 ± 13 anos e eutróficos(51%). O tempo médio do diagnóstico foi 5,2 ± 2,3 anos, estágio 1 da PAF(81%) e a mutação Val50Met(56%). Houve diferença estatística na posição supina e ortostase no SD2(p=0,012; p=0,003); DFalpha2(p=0,009; p=0,027) e SD1(p=0,028) em ortostase. DFalpha1, SD1 supino e Entropia não tiverem diferenças. Conclusão: Os resultados evidenciam alterações na modulação autonômica global, vagal e simpática da VFC na PAF e assintomáticos precocemente em supino e ortostase.
Métodos de treinamento resistido para força e massa muscular em pessoas idosas: uma revisão de literatura
(2023) CERQUEIRA, Cristiano Queiroz
Introdução: O treinamento resistido desempenha um papel importante nos tratamentos com idosos, prevenindo as disfunções musculares como a sarcopenia e dinapenia através do treinamento força. Objetivo: Analisar os métodos de treinamento resistido para força e massa muscular em pessoas idosas. Métodos: Revisão de literatura na qual, através da estratégia de busca foram selecionados os artigos por meio dos bancos de dados: Scientific Electronic Library (SciElO), U.S. National Library of Medicine (PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Utilizando os seguintes descritores Resistance Training, Muscle Strength, Muscle mas e Aged.Resultados: foram encontrados 723 artigos e após a seleção detalhada, 13 estudos foram selecionados. Os artigos encontrados sobre treinamento resistido, resultou que pode ser benéfico para pessoas idosas, pelo fato, de ter um aumento na força e massa muscular. Conclusão: Os estudos mostraram que o treinamento resistido pode ter um aumento significativo na massa muscular e força dos idosos, assim diminuindo os riscos de lesões e de quedas.
Efeitos do treinamento resistido na fadiga crônica em mulheres após tratamento de câncer de mama: uma revisão de literatura integrativa
(2023) CARDOSO, Evelin Costa
INTRODUÇÃO: O treinamento resistido na fadiga associado no pós-tratamento de câncer de mama em mulheres, vem sendo discorrido pela comunidade científica por trazer evidências de melhoras significativas, mesmo após sessões de quimioterapia e radioterapia. OBJETIVO: Verificar os efeitos do treinamento resistido na fadiga em mulheres após tratamento do câncer de mama. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura de ensaios clínicos randomizados ou não randomizados. As buscas foram feitas nas bases de dados Pubmed, Scielo e Lilacs. RESULTADOS: Dos 146 artigos encontrados, 6 atenderam os critérios de inclusão e foram considerados elegíveis. CONCLUSÃO: Os estudos mostraram que o exercício físico como um recurso não farmacológico pode trazer benefícios para mulheres sobreviventes do câncer de mama.
Efeitos do exercício físico em mulheres com fibromialgia: uma revisão de literatura
(2023) ANDRADE, Beatriz Junquilho S.
INTRODUÇÃO: A fibromialgia é uma doença que atinge cerca de 2% a 3% da população mundial e acomete mulheres em sua maioria. Uma condição reumatológica e clinicamente diagnosticada através de tender points e questionário de fibromialgia. É uma dor somática, tendo sua característica a dor em tecidos moles, pincipalmente músculos, pele e articulações, sendo constante, no período de 3 meses em diante. OBJETIVO: identificar os efeitos da prática de diversos tipos de exercícios físicos nos sintomas das mulheres diagnosticadas com a síndrome da fibromialgia METODOLOGIA: revisão de literatura realizada nas bases de dados Lilacs, Scielo e PubMed, utilizando os descritores “Fibromialgia”, “mulheres” e “exercício físico” e foram acrescentados nos critérios de inclusão os ensaios clínicos randomizados e não randomizados, e que avaliaram os efeitos dos exercíciosfísicos nas mulheres com fibromialgia. Os que fizeram parte dos critérios de exclusão, foram aqueles que avaliaram a população feminina com outra doenças, os que não demonstraram a maneira que os dados foram coletados, que não foram feitos somente com seres humanos e que não disponibilizaram os textos em sua totalidade. RESULTADOS: foram extraídos 695 estudos nas bases de dados, sendo utilizados somente 22 artigos que abordam o tema pelos critérios de inclusão e exclusão, tendo resultados obtidos por testes avaliativos e questionários de classificação. Os estudos demonstram alterações positivas em relação a prática do exercício físico nas modalidades de treinamento resistido, treinamento aeróbico, treinamento aquático, alongamentos e multimodalidades na melhoria dos sintomas da fibromialgia em mulheres. CONCLUSÃO: O treinamento resistido, treinamento aquático, alongamento e aeróbico, trazem uma série de melhoras em relação as respostas constituídas nos questionários voltados para fibromialgia, dor, sintomas psicológicos, limiar e catastrofização da dor, principalmente quando trabalhados em conjunto.
Vitamina D e capacidade aeróbica em pacientes com obesidade: uma revisão sistemática
(2023) SILVA, Iasmyn Sousa
Introdução: Os hábitos da população estão mudando, com mais tempo sendo gasto sentado em ambientes fechados, levando a um estilo de vida sedentário e reduzindo a exposição ao sol. Essas mudanças parecem afetar a composição corporal e a saúde cardiorrespiratória, resultando em um aumento da obesidade e da deficiência de Vitamina D. Objetivo: Analisar a relação entre os níveis de Vitamina D e a capacidade aeróbica em adultos com obesidade. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática que tem o registro no PROSPERO sob a ID CRD42022321595 e levou em consideração as seguintes bases de dados: PubMed, BVS, SCOPUS, WOS e EMBASE. Foi estabelecido como critério de elegibilidade artigos que tiveram seus estudos em humanos, que avaliaram tanto a concentração natural de Vitamina D, quanto suplementação. Artigos com público-alvo em pessoas com obesidade e que relacionasse aptidão cardiorrespiratória e Vitamina D. Esses artigos passaram pela escala PEDro de qualidade e Check-list Robins- I (Cochrane), sendo realizada revisão por pares. Resultados: Dos 4062 artigos encontrados, 06 atenderam aos critérios da pesquisa. Eles avaliaram o nível de aptidão física e o nível de vitamina D sérica de pessoas com obesidade e sugerem uma relação positiva entre a aptidão cardiorrespiratória e níveis elevados de vitamina D sérica, tanto para o público adulto feminino, quanto para o adulto masculino. Conclusão: Considerando os resultados obtidos neste estudo, torna-se evidente um indicativo de melhora na capacidade aeróbica em indivíduos com obesidade que apresentam níveis elevados de vitamina D sérica.
Prevalência de fatores de risco cardiovasculares com o comportamento sedentário em idosas praticantes de hidroginástica
(2023) RIBEIRO, José Victor Pereira
Introdução: O envelhecimento humano pode ocasionar alterações fisiológicas no organismo, influenciando diretamente no desenvolvimento dos fatores de risco cardiovasculares (FRCV) e mudanças no estilo de vida, como o aumento do tempo despendido em comportamento sedentário (CS). Objetivo: verificar a simultaneidade de FRCV associado ao comportamento sedentário em idosas praticantes de hidroginástica. Materiais e métodos: estudo transversal realizado na cidade de Salvador-BA em um centro aquático. Foram recrutadas mulheres com idade ≥60 anos e praticantes de hidroginástica. Para avaliação dos FRCV foram utilizados as variáveis e seus critérios de anormalidade: a) idade: maior que 65 anos; b) doenças autorrelatado (confirmação de medicamentos): presença de hipertensão e diabetes; b) Uso de tabaco; c) sobrepeso/obesidade: > 27 kg/m²; e d) Relação Cintura-Quadril (RCQ): ≥ 0,85. O CS foi avaliado através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Foi realizado a análise descritiva dos dados através da frequência absoluta e relativa, mediana e intervalo interquartil. Resultados: Participaram 19 mulheres com idade ≥ 60 anos, sendo em sua maioria casada (36,8%), com o ensino médio (47,4%) e ensino superior (47,4%) e consideram negras (31,6%), pardas (31,6%) e brancas (31,6%). A maioria das voluntárias obteve o Índice de Massa Corporal (IMC) considerado de risco (78,9%) e 73,7% informaram ter hipertensão, tiveram fator de risco de RCQ e são maiores de 65 anos. As participantes obtiveram mediana do CS de 300 minutos (IIQ: 210 -480) em um dia comum de semana, no final de semana chegaram à mediana de 315 minutos (IIQ: 300 – 480) e o CS total semanal foi obtido a mediana de 300 minutos (IIQ: 231,42 – 522,85) no qual foi considerado nosso ponto de corte. A maior quantidade de riscos cardiovascular foi 4 riscos (42,1% das participantes) seguido de 2 (26,3%). Das pessoas que tinham maior quantidade de FRCV (n = 8) 6 delas tinham maior quantidade de tempo de CS. Conclusão: Diante disso, os resultados demonstraram que as idosas praticantes de hidroginástica que tinham uma maior prevalência dos fatores de risco cardiovasculares obtiveram alto tempo despendido em comportamento sedentário.
Exercício físico e redução de sintomas do transtorno depressivo maior: uma revisão sistemática
(2023) COSTA, Luana Lima
INTRODUÇÃO: O Transtorno depressivo maior (TDM) é o transtorno mental mais comum e prevalente no mundo, abrange sintomas como humor deprimido, alterações psicomotoras, desregulação do sono, e fadiga. As repercussões funcionais reforçam a importância de buscar estratégias de tratamento para melhorar a saúde e qualidade de vida no TDM. O exercício físico é indicado para ganhos em saúde mental, porém, existem divergências sobre a efetividade dos protocolos de exercício físico. OBJETIVO: Identificar os efeitos dos protocolos de exercício físico nos sintomas do TDM e fatores associados em adultos e idosos. MÉTODO: A revisão sistemática de ensaios clínicos foi conduzida baseada nas diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scielo, Scopus e Web of Science, com os termos de busca (MESH/DECS) “Depressive Disorder, major" AND "Exercise ". Foram incluídos ensaios clínicos que apresentavam o exercício físico como intervenção em adultos ou idosos com TDM, escritos em português, inglês ou espanhol. Foram excluídos estudos que não forneceram informações sobre o protocolo de exercício, população com outras patologias, e que não apresentaram acesso ao texto na íntegra. Os artigos foram selecionados por dois revisores independentes. RESULTADOS: Dezesseis estudos foram incluídos. Todos utilizavam exercício aeróbico como intervenção, variando o protocolo (tipo, frequência, intensidade). Os sintomas avaliados são baseados nas escalas de Hamilton e Beck, e medidas de qualidade de sono e estado de humor. CONCLUSÕES: Exercício aeróbico parece ser capaz de reduzir os sintomas do TDM em adultos e idosos. Além de melhorar aspectos comportamentais e fisiológicos associados aos sintomas do TDM, como o nível de condicionamento físico, uso de medicações, o bem-estar e a qualidade de vida.
A formação profissional de um profissional de um instrutor e atleta de Canoa Havaiana na cidade de Salvador- Bahia
(2023) DOS SANTOS, Ziggy Marley Silva Alves; LIMA, Dr. João Franco
A Canoa Havaiana, denominação nacional para esta prática que surgiu na região do triângulo polinésio, existe a mais de 3.000 anos e era utilizada como meio de transporte. Na contemporaneidade são muito utilizadas para a prática esportiva e de lazer. Devido às histórias de vida com embasamento autobiográfico poderem revelar aspectos de investigação educacional e contribuir na formação profissional, investimos nesse projeto com objetivo de compreender a formação profissional de instrutor e atleta de Canoa Havaiana. Justificam a realização desse trabalho a carência de estudos com base em autobiografias na área da educação física. Foram identificadas categorias relacionadas às influências sofridas, barreiras, dificuldades encontradas e estratégias para enfrentá-las. Entre as quais: a influência familiar, dificuldade financeira, aceitar ajuda com estratégia para enfrentar as barreiras. Percebemos que nossas histórias podem ser entrelaçadas com a história de outras pessoas e de instituições.
O método história oral na busca de informações sobre atividades físicas ao ar livre durante a pandemia da COVID-19 por mulheres acima de 50 anos
(2023) CEZAR, Vitórya Maria Aragão Rocha; LIMA, João Franco
A atividade física é importante para o pleno desenvolvimento humano e deve ser praticada em todas as fases da vida. É importante a continuidade da prática de atividade física, mesmo durante a pandemia de COVID-19, na intensidade/duração leve a moderada, preferencialmente em ambiente abertos.O objetivo desse artigo é descrever e comentar a metodologia baseada em História Oral para compreender o que levou mulheres na faixa etária dos 50 anos e mais a praticarem atividades físicas ao ar livre durante a pandemia da COVID-19. Esperamos evidenciar o potencial do estudo para compreender a relação das participantes da pesquisa com as atividades físicas ao ar livre nas suas trajetórias de vida e durante a pandemia de COVID-19. Conhecer as influências, identificar desafios e as estratégias para se envolverem essas práticas. Acreditamos que a metodologia com base em História Oral tem potencial para estudo de excelente qualidade, pois, com intuito de possibilitar construção de conhecimento, os textos gerados a partir das entrevistas para história oral de vida e história oral temática, seguirão os critérios aqui descritos e comentados.
Ansiedade e desempenho: uma revisão integrativa sobre atletas de karatê
(2023) PEREIRA, Thiago Moura; ARAÚJO, Paula Cristina Alves
Introdução: Ansiedade pode ter um impacto significativo na performance do atleta e na modalidade karatê, esta pode ter efeitos ainda mais prejudiciais no desempenho, por necessitar de precisão e agilidade. Objetivo: Fornecer uma análise da relação entre ansiedade e desempenho em atletas de karatê e explorar estratégias eficazes para gerenciar a ansiedade e maximizar o desempenho. Métodos: Revisão integrativa da literatura científica. Para a seleção dos artigos foram consultadas as bases de dados do PubMed, SciELO e Lilacs. Resultados: A revisão integrativa da literatura destacou a influência negativa da ansiedade no desempenho dos atletas de karatê, trazendo uma série de fatores que os prejudicam no momento da competição ou até mesmo nos treinamentos, como a diminuição da capacidade de concentração, diminuição do foco, aumento da frequência cardíaca, sudorese, dentre outros sintomas, o que pode afetar a qualidade do treinamento e os resultados das competições, podendo até mesmo levar ao abandono da prática esportiva. Considerações finais: Esta revisão fornece insights significativos sobre a relação entre ansiedade e desempenho entre atletas de artes marciais, com foco em atletas de karatê. A ansiedade mostrou ter um grande impacto no desempenho dos atletas de karatê, influenciando negativamente nas suas ações motoras e psicológicas. Com este estudo foi possível analisar práticas e estratégias que auxiliam estes atletas e possibilitam uma melhora para os treinamentos e competições, como a prática do mindfulness, AAT (Animal Assisted Therapy) e IMI (Internal Motor Image).
Alterações respiratórias em adultos obesos e a prática de exercício físico: uma revisão de literatura
(2023) RIBEIRO, Mateus Bonfim
Introdução: A obesidade é uma doença crônica que é tratada como uma epidemia, podendo contribuir com o agravo ou aparecimento de doenças respiratórias. O exercício físico pode ser um grande aliado no controle da obesidade e no tratamento ou prevenções de alterações respiratórias. Objetivo: Identificar possíveis fatores que levem a aumentar o entendimento de como o exercício físico pode ou não ser benéfico em adultos obesos com alterações respiratórias. Métodos: Revisão de literatura na qual foram selecionados artigos através das estratégias de busca por meio dos bancos de dados: Scientific Electronic Library (SciElO), U.S. National Library of Medicine (PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Resultado: Foi construída uma tabela separada em autor/ano, objetivo, método e principais resultados, foram encontrados 86 artigos e após a seleção detalhada restaram 8. Os estudos encontraram que o exercício físico (controlando a sua intensidade) pode ser benéfico para adultos obesos, de modo que, venha a melhorar as suas condições respiratórias e associado com a perda de peso pode promove melhores condições de saúde e risco de possíveis casos patológicos se agravarem, como a asma. Conclusão: Os estudos mostraram que as alterações respiratórias podem piorar ou se desenvolver em indivíduos obesos. O exercício físico irá contribuir aumentando o gasto calórico e a aptidão respiratória, diminuindo riscos de possíveis casos se agravarem.
Biodisponibilidade de óxido nítrico e hipotensão arterial mediada por exercício físico em indivíduos hipertensos: uma revisão sistemática
(2022-11-30) Macêdo, Rodrigo Colares
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) está associada a doenças cardiovasculares e responsável por 17% das mortes no mundo associadas a elevação da pressão arterial. A HAS pode ser controlada através do exercício físico, de maneira aguda e crônica. Um dos efeitos do exercício físico é o aumento das substâncias vasodilatadoras como o oxido nítrico (NO), as quais são responsáveis por favorecer a hipotensão arterial. Objetivo: Investigar se o aumento da biodisponibilidade do NO causado pelo exercício físico, possui relação com a diminuição da pressão arterial sistêmica, em indivíduos hipertensos. Metodologia: Revisão sistemática realizada nas bases de dados eletrônicas: MEDLINE, via Pubmed, além das bases Scopus, Web of Science e Cochrane. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que avaliaram se o aumento da biodisponibilidade do oxido nítrico, pós-exercício, possui relação com a hipotensão arterial. Resultados: Um total de 11 ensaios clínicos preencheram os critérios de inclusão, o tamanho da amostra variou entre 17 a 44 indivíduos, sendo 92 homens e 155 mulheres, totalizando 247 pessoas. Oito estudos envolveram exercícios aeróbicos, destes, os exercícios resistidos foram abordados em três estudos. Exercícios resistidos e aeróbicos de maiores durações possuíram resultados positivos, quando correlacionado aumento da biodisponibilidade do NO após a execução do exercício físico e redução da pressão arterial em indivíduos hipertensos. A intensidade e duração do exercício vão influenciar a magnitude do aumento da biodisponibilidade de NO. Conclusão: O exercício físico aumentou a biodisponibilidade do NO e o seu aumento foi relacionado à hipotensão arterial em indivíduos hipertensos.
Benefícios das artes marciais na aptidão física dos idosos
(2022-06) Carvalho, Patrícia
Introdução: O envelhecimento humano pode ter consequência de diversos fatores do estilo de vida. Sendo assim, as artes marciais podem melhorar a aptidão física do idoso obtendo ganho de força, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade e composição corporal. Entretanto, poucos estudos foram encontrados relacionando ao tema. Objetivo: Analisar os benefícios das artes marciais na aptidão física do idoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, norteada pela prática das artes marciais como ferramenta no ganho da aptidão física dos idosos. Os dados foram coletados em abril de 2022, sendo incluídos artigos da língua inglesa e portuguesa, composta por idoso >60 anos e >65 anos (filtro para identificação da população idosa do PubMed) e que apresentaram pelo menos um dos componentes da aptidão física (força muscular, resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade e composição corporal). As buscas eletrônicas foram realizadas através das bases de dados National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Resultados: Três artigos foram selecionados por elegibilidade. Estes estudos identificaram que a prática das artes marciais pode melhorar a aptidão física do idoso, desde que seja praticado de forma regular pelo menos duas vezes na semana por aproximadamente 60-90 minutos por sessão, levando em consideração a intensidade. Conclusão: Apesar do declínio físico inerente a esta população, a prática de artes marciais como do Tai Chi Chuan, Tai Yoga e Taekwondo podem ser indicados como uma das ferramentas para ganho da aptidão física dos idosos.

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