Atividade Física e saúde mental de escolares da região Nordeste do Brasil Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2019

Abstract

Introdução: A adolescência é um período de intensas mudanças no cérebro, o que pode gerar desafios emocionais significativos. Nesse estágio, a inserção na atividade física tende a diminuir, influenciada por fatores socioeconômicos e pela falta de estímulos nas escolas. Simultaneamente, a saúde mental dos adolescentes pode ser prejudicada pela falta de informações e recursos adequados, o que contribui para o aumento de transtornos psíquicos Objetivo: Avaliar o nível de atividade física e saúde mental dos escolares da região nordeste do Brasil. Materiais e Métodos: trata-se de um estudo ecológico que utilizou dados governamentais coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na plataforma da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), especificamente na edição de 2019. A atividade física foi categorizada como "insuficientemente ativo" e "fisicamente ativo", enquanto a saúde mental foi classificada como "positiva" ou "negativa". O teste do Qui-quadrado foi utilizado para analisar as proporções das variáveis dependentes (atividade física e saúde mental) em relação às independentes (sexo, idade e dependência administrativa), com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: amostra desse estudo foi de 55470, sendo 51,1% do sexo feminino. Houve significância na atividade física, entre os sexos (p<0,001), e na saúde mental, entre o sexo (p<0,001), idade (p<0,001) e dependência administrativa (p=0,010). Conclusão: em relação ao nível de atividade física, as adolescentes do sexo feminino são mais inativas do que as adolescentes do sexo masculino. Quanto à saúde mental, as mulheres, adolescentes com idade igual ou menor de 15 anos e oriundas de escolas públicas, são mais propensas a desenvolverem problemas psíquicos.