Resposta aguda a broncodilatador em portadores da doença pulmonar obstrutiva crônica
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Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada pela limitação crônica do fluxo aéreo e é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Os broncodilatadores são fundamentais no manejo da DPOC, mas as respostas dos pacientes variam significativamente. Este estudo teve como objetivo avaliar a frequência da resposta aguda ao broncodilatador em pacientes com DPOC e suas implicações clínicas. Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal com 160 pacientes com DPOC atendidos em um ambulatório universitário em Salvador, Brasil. A espirometria foi realizada antes e após a administração de broncodilatador (400 mcg de salbutamol). A resposta foi definida como um aumento no Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) e/ou na Capacidade Vital Forçada (CVF) ≥12% e ≥200 mL. Dados clínicos e espirométricos foram analisados, incluindo VEF1, CVF, relação VEF1/CVF, saturação de oxigênio (SpO2) e escores de qualidade de vida (CAT e AQ20). Resultados: Dos 160 pacientes, 31 (19,4%) apresentaram resposta positiva ao broncodilatador. O grupo de respondedores mostrou melhorias significativas na CVF (2,28±0,59 L para 2,69±0,57 L, p<0,001) e no VEF1 (1,26±0,39 L para 1,50±0,42 L, p<0,001) após o broncodilatador. Não foram observadas diferenças significativas na relação VEF1/CVF, SpO2 ou escores de qualidade de vida entre respondedores e não respondedores. Discussão: O estudo destaca a variabilidade na resposta ao broncodilatador entre pacientes com DPOC, com um subgrupo apresentando reversibilidade significativa. Embora melhorias espirométricas tenham sido observadas nos respondedores, essas alterações não se correlacionaram com alívio perceptível dos sintomas ou melhoria na qualidade de vida. Os resultados reforçam a necessidade de abordagens terapêuticas individualizadas e mais pesquisas sobre preditores de resposta aguda ao broncodilatador nesses pacientes. Conclusão: Aproximadamente 19,4% dos pacientes com DPOC apresentaram resposta aguda ao broncodilatador. A espirometria permanece essencial para avaliar o potencial terapêutico, mas as decisões clínicas devem integrar desfechos mais amplos centrados no paciente.
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Palavras-chave
DPOC, Resposta ao broncodilatador, Espirometria, VEF1, CVF