Reconhecendo a finitude da vida uma discussão acerca da eutanásia e do direito à morte digna

Abstract

Introdução: O presente trabalho aborda a finitude da vida relacionada às questões que envolvem o tabu da eutanásia e do suicídio assistido, analisando como essas práticas são vistas na sociedade contemporânea e sugerindo uma reflexão sobre a autonomia do indivíduo sobre seu próprio corpo e seu fim de vida. A eutanásia e o suicídio assistido, embora estejam em concomitância com o alívio do sofrimento de pacientes em sofrimento insuportável, possuem distinções significativas em termos de legalidade e no que consistem, variando conforme a legislação e especificidades de cada país. Objetivo: Compreender a discussão acerca da eutanásia e do sofrimento envolvido no processo de reconhecimento da finitude da vida. Método: Revisão de literatura de artigos encontrados na plataforma PePSIC, livro Eutanásia - a dignidade em questão, de Pascal Hintemeyer e notícias encontradas em veículos de comunicação, como G1 e BBC. Resultados: Foram destacados os seguintes tópicos para a discussão I) Sobre a finitude da vida; II) Eutanásia e regulamentações; III) Eutanásia no cinema; IV) Sobre o suicídio assistido; V) Representação do suicídio assistido no cinema; VI) Possibilidades de atuação do psicólogo frente ao sofrimento crônico do paciente com doença incurável/terminal. Discussão: É possível pontuar que a eutanásia e o suicídio assistido fazem parte de um grande tabu relacionado à discussão acerca da morte e do morrer com dignidade; o psicólogo tem um trabalho limitado frente às situações de pacientes em sofrimento crônico, sobretudo quando a eutanásia é passível de ser solicitada. Considerações finais: Conclui-se que a dificuldade da sociedade contemporânea em encarar a finitude da vida causa um impacto significativo no processo de aceitação da eutanásia.