O impacto psicossocial do diagnóstico do transtorno do espectro autista para a família contribuições da terapia familiar sistêmica

Abstract

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits nas áreas de comunicação, interação social e reciprocidade relacional, conforme estabelecido no DSM-5. Esse transtorno do neurodesenvolvimento exige intervenções multidisciplinares, destacandose a importância da participação ativa da família no processo terapêutico. A família, como principal núcleo de desenvolvimento biopsicossocial da criança, enfrenta novos desafios e responsabilidades após o diagnóstico do TEA. Este diagnóstico demanda adaptações na dinâmica familiar e nas práticas de cuidado. A terapia estrutural, baseada nos princípios de Minuchin, enfoca a reorganização das dinâmicas familiares, promovendo uma melhor compreensão dos papeis e vínculos dentro do sistema familiar, o que pode ser particularmente útil para famílias com crianças diagnosticadas com TEA, dada a necessidade de ajustes contínuos nas relações familiares. O objetivo geral deste trabalho foi compreender os impactos psicossociais do diagnóstico do TEA sobre os pais e identificar as contribuições da Terapia Familiar Estrutural para o enfrentamento das dificuldades familiares. A metodologia adotada foi uma revisão narrativa da literatura, com a seleção de artigos científicos da base de dados Scielo, utilizando o descritor “crianças autistas”. Inicialmente, foram localizados 60 artigos, dos quais 39 foram selecionados e analisados. Os resultados sugerem que a Terapia Familiar Sistêmica Estrutural ofereceu um modelo eficaz para o suporte às famílias, promovendo a adaptação das relações familiares e o desenvolvimento de estratégias eficientes de enfrentamento das dificuldades com o TEA.