Conhecimento dos fisioterapeutas sobre eletroestimulação na síndrome da bexiga hiperativa

Resumo

INTRODUÇÃO: A eletroestimulação é uma técnica eficaz e não invasiva amplamente utilizada na fisioterapia pélvica para o tratamento da síndrome da bexiga hiperativa (SBH), promovendo a modulação do músculo detrusor e melhora dos sintomas urinários. Apesar das diretrizes recomendarem seu uso, há escassez de estudos sobre como fisioterapeutas aplicam essa técnica na prática clínica. OBJETIVO: Avaliar conhecimento dos fisioterapeutas na utilização da eletroestimulação na fisioterapia pélvica em pacientes com síndrome da bexiga hiperativa. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo transversal realizado entre março e abril de 2025 com fisioterapeutas atuantes no Brasil, recrutados por amostragem de conveniência via redes sociais. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário online contendo informações sociodemográficas, práticas clínicas e um teste de conhecimento com oito questões de múltipla escolha. A análise foi descritiva, com apresentação em médias, desvios padrão, frequências e percentuais. RESULTADOS: Participaram 32 fisioterapeutas, majoritariamente mulheres do Nordeste, com predominância de pósgraduação lato sensu e formações complementares. As disfunções miccionais femininas foram as mais atendidas. A eletroestimulação foi aplicada principalmente nos nervos sacral e tibial, com parâmetros de 6–10 Hz, 101–250 µs, por 16–20 minutos, usando eletrodos autoadesivos e, em geral, associada ao treinamento do assoalho pélvico. No teste de conhecimento, 50% acertaram 75% das questões, indicando familiaridade com a técnica, apesar de lacunas em aspectos como contraindicações. CONCLUSÃO: Os profissionais demonstraram bom conhecimento sobre eletroestimulação, mas apresentaram lacunas quanto às contraindicações e à PBE. Na prática, usam parâmetros adequados, porém com variações no tempo de aplicação e desconhecimento da duração de pulso.

Descrição

Palavras-chave

Eletroestimulação, neuromodulação, bexiga hiperativa

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