Incidência de sífilis congênita no Brasil

Abstract

A sífilis é uma doença que vem afetando um número elevado de gestantes de forma mundial. Consegue-se estimar que, em 2008, por volta de 1,36 milhão de gestantes apresentavam sífilis na forma ativa, e dessas, mais de 500 mil apresentaram problemas na gestação tais como: perdas fetais com 22 ou mais semanas gestacionais, recém-nascidos prematuros, recém-natos infectados e até óbitos neonatais (DOMINGUES, et al., 2013). Na América Latina e Caribe, calcula-se que anualmente, entre 166.000 e 344.000 crianças já nasçam com a doença (BRASIL, 2017). Os objetivos do estudo são: geral: Estimar a incidência de sífilis congênita no Brasil no período de 2006 a 2015 e específicos: Identificar as taxas incidência de sífilis congênita por regiões brasileiras e identificar o perfil dos casos de sífilis congênita ao longo do período citado. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, do tipo transversal, cujos os dados foram obtidos por meio de consulta ao Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo foi constituída por todos os recém-nascidos, com sífilis congênita nascidos no Brasil, durante o período de 2006 a 2015. As taxas de incidência de sífilis congênita geral variaram ao longo dos anos entre o mínimo de 2,3 no ano de 2007 e o máximo de 13,1 no ano de 2016. Isso reflete uma tendência crescente para o Brasil ao longo dos anos. A partir do quadro epidemiológico brasileiro, a diminuição da sífilis congênita ainda é um desafio para os serviços de saúde, a sociedade e o governo. Para diminuir essas taxas é essencial a intervenção nos diversos fatores que afetam a sífilis congênita.