Reabilitação de maxila atrófica com implantes zigomáticos: relato de caso

Abstract

A reabilitação de pacientes com atrofia óssea maxilar é um desafio na implantodontia moderna. A maxila frequentemente apresenta características desfavoráveis, como osso esponjoso predominante, área reduzida para implantação e variações anatômicas. O uso do osso zigomático como ponto de ancoragem surge como uma alternativa promissora, oferecendo estabilidade superior e eliminando a necessidade de enxertos ósseos extensos em muitos casos. O objetivo desse trabalho é demonstrar a viabilidade do uso de implantes zigomáticos como uma alternativa para tratamento de maxilas atróficas, enfatizando as indicações, técnica cirúrgica e possíveis complicações através de um relato de caso. Paciente de 64 anos, edêntulo total superior e parcial inferior, buscou reabilitação protética com implantes. Exames revelaram atrofia óssea severa na maxila, especialmente na região anterior. O plano de tratamento incluiu dois implantes zigomáticos e quatro implantes convencionais na maxila, com reabilitação protética de carga imediata. Na mandíbula, optou-se por prótese parcial removível dento-mucossuportada. Os implantes zigomáticos representam uma alternativa eficaz para casos de atrofia maxilar severa, superando limitações de técnicas convencionais. Vantagens incluem eliminação de enxertos extensos, redução do tempo de tratamento e possibilidade de carga imediata. Este caso demonstra o potencial da técnica como solução inovadora para maxilas severamente atrofiadas, proporcionando resultados estéticos e funcionais satisfatórios. Apesar de possíveis complicações, quando corretamente indicados e executados, os implantes zigomáticos oferecem uma opção viável de tratamento para casos desafiadores.