Perfil epidmiológico dos casos de dengue no estado da Bahia entre 2014-2021

Abstract

Introdução: A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos fêmeas do gênero Aedes, com perfil sazonal e quadro clínico variável entre uma síndrome febril leve a condições graves de febre hemorrágica. Ela possui uma alta carga global, sendo endêmica em diversas regiões do mundo. No Brasil, especialmente no Nordeste, a dengue é um problema de saúde pública, apresentando surtos periódicos com elevado número de casos. A Bahia, maior estado do nordeste brasileiro, está incluída nesse cenário e, assim, faz-se necessário estudar as características epidemiológicas da dengue nesse importante estado brasileiro. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico da dengue na Bahia de 2014 a 2021. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo observacional realizado com dados secundários da Secretária de Saúde do Estado da Bahia entre 2014 e 2021. Os dados incluíram todos os casos confirmados de dengue no estado notificados no Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN) e incluíram toda a população residente do estado entre esse período. O estudo considerou: número de casos totais de dengue por ano e por macrorregião de residência, características demográficas (sexo, faixa etária e raça) e clínicas (dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave), além de evolução da doença (cura e óbito pelo agravo notificado). Resultados: Foram registrados 447.529 casos na Bahia entre 2014-2021, sendo 2020 o ano com maior número de casos (107.509). A taxa de incidência total do período foi de 2986,46 casos por cem mil habitantes, sendo a macrorregiões Sul a campeã de incidência (3921,53/100.000 hab.) e a Nordeste a menor (646,83 casos/100.000 hab.). O sexo feminino foi mais acometido que o masculino, somando 57,06% dos casos. A raça parda concentrou o maior número de infecções com 221.438. Os adultos de 20-34 e as crianças.