O papel da ressonância magnética no diagnóstico de amiloidose cardíaca

Abstract

INTRODUÇÃO: A ressonância magnética mapeada em T1 com realce tardio de gadolínio, técnica não invasiva, realiza o diagnóstico da amiloidose cardíaca (AC), uma miocardiopatia infiltrativa que produz depósitos de fibrilas no miocárdio, ocasionando disfunção do coração. OBJETIVO: Avaliar a importância da ressonância magnética no diagnóstico de amiloidose cardíaca. MÉTODOS: Os artigos foram pesquisados nos banco de dados PubMed, SciElo e LILACS, entre o ano de 2015 a março de 2020, utilizando quatro descritores. RESULTADOS: Foram apurados 67 artigos, aplicando-se os critérios elegibilidade, 6 artigos foram selecionados. Para organização dos dados, foi elaborado um fluxograma e uma tabela com dados dos artigos de acordo com as diretrizes PRISMA. Os estudos foram realizados em Londres, Heidelberg, Zurique e Pequim, publicados entre 2015 – 2019. O desenho do estudo dos artigos selecionados foram 3 prospectivo, 2 coortes e 1 retrospectivo. CONCLUSÃO: A amiloidose pode ser de cadeia leve (AL) ou de cadeia pesada (ATTR), a ATTR provoca maior hipertrofia do ventrículo esquerdo em relação a AL, porém a AL possui pior prognóstico. A ressonância magnética cardíaca através do mapeamento T1 com realce tardio do gadolínio e ECV, como técnica não invasiva, demonstra ser um método para potencial substituição da biópsia. Os novos parâmetros, preditores de risco como LAS e MCF, auxiliam de forma significativa no diagnóstico da AC AL, e a RMG DTI possui importante papel na descrição das alterações das microestruturas do miocárdio.