Declínio da cobertura vacinal e seu impacto nas doenças imunopreviníveis Coqueluche, Sarampo e Poliomielite

Abstract

Introdução: A inserção da vacinação foi de imensurável importância à saúde pública, a partir deste marco histórico foi possível erradicar e/ou controlar doenças. Entretanto, com questões errôneas disseminadas que correlacionam a vacinação a malefícios a saúde, o nível de confiança populacional, bem como o medo de vacinar vem formando adeptos ao Movimento Antivacina, este fato pode estar relacionado com o decaindo ao longo dos anos da Cobertura Vacinal . Foi percebido que algumas doenças, consideradas controladas, retornaram ao cenário nacional, portanto, tem-se como objetivo correlacionar a cobertura vacinal de três doenças imunopreviníveis e de notificação compulsória: Sarampo, Poliomielite, Coqueluche durante o período de 1994 a 2018. Métodos: Foram avaliadas a Cobertura vacinal das duas doenças imunopreviníveis, Coqueluche e Poliomielite, de 1994 a 2018 e do Sarampo, de 1994 a 2003 entre as regiões do Brasil a partir de dados registrados saúde no Sistema Nacional de Informações sobre Doenças Notificáveis (SINAN). Resultados: A Cobertura Vacinal dispõe- se heterogênea entre a regiões apresentando taxas que variaram entre o período estudado. A maior e menor taxa de Cobertura Vacinal para o Sarampo foram, respectivamente,108,16% em 1997 e 4,06% em 2003; no caso da Coqueluche/DTP em 2003 foi evidenciado o declínio da CV (1,41%) e a maior CV em 2007 (103,25%). O menor percentual da vacinação para a Poliomielite foi em 1994 (58,23%) enquanto que a maior foi em 2007 (105,43%). Conclusão: Foi inferido que a taxa da Cobertura Vacinal encontra-se em declínio, fator este que pode estar associado com o ressurgimento de doenças imunopreviníveis. Demonstrando a importância de estudos para o fornecimento de informações que auxiliam na interpretação de dados epidemiológicos úteis para supor estratégias de vacinação apropriadas.