Análise de rugosidade superficial de resina impressa para placa oclusal

Abstract

A disfunção temporomandibular (DTM) é um conjunto de alterações relacionadas ao complexo côndilo-disco e/ou aos músculos da mastigação, que podem proporcionar limitações nos movimentos mandibulares e dor. Este distúrbio possui alguns agentes influenciadores como exemplo, o bruxismo, no qual uma das formas de tratamento conservador e minimamente invasivo é o uso de placa oclusal. Essa peça pode ser confeccionada em resina acrílica termopolimerizável convencional, resina acrílica fresada ou resina fotoativada impressa em impressora 3D. A impressão 3D consiste na criação de objetos reais, oriundos do desenho auxiliado por computador (CAD) ou escaneados. A impressão utilizando resinas fotoativadas do tipo Digital Light Processing (DLP) apresenta a obtenção de cada camada pela exposição à luz projetada de uma só vez. Independentemente do material utilizado, a higienização da placa é de extrema importância, assim como o acompanhamento e recomendações do cirurgiãodentista. O presente estudo tem como objetivo analisar a rugosidade superficial da resina impressa utilizada para confecção de placas oclusais após escovação simulada. Foram confeccionados corpos de prova, divididos em dois grupos: controle e pasta não abrasiva (P1 e P2), com dimensões de 10mm de largura e comprimento e 5mm de altura. As amostras sofreram acabamento sob refrigeração com lixas de carbeto de silício de granulações 600, 800, 1200, 1500. Logo após foram submetidas à leitura da rugosidade superficial em quatro momentos simulados: após um mês, três meses, seis meses e um ano de uso clínico do paciente. Todos os períodos foram aplicados tanto ao grupo controle quanto ao da pasta não abrasiva. Os dados obtidos foram tabulados no Excel e enviados para análise estatística no Programa SPSS versão 23.0, utilizando o teste ANOVA para comparar as médias de rugosidade superficial da resina impressa após escovação com pasta em quatro tempos simulados, em relação ao grupo controle escovado apenas com água destilada. Foi possível observar diferença estatisticamente significativa nos tempos de seis meses e um ano (p<0,05). Ao final deste estudo foi possível concluir que a rugosidade da resina impressa apresentou alterações apenas após a escovação com pasta não abrasiva nos períodos de seis meses e um ano de uso simulado, contudo os valores obtidos ficaram abaixo do esperado de 0,20μm, não sendo favorável para o acúmulo de biofilme.