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Título: Avaliação do escore fib-4 como marcador de fibrose hepática em mulheres com obesidade
Autor(es): CAJADO, Carla Virginia de Santana
Palavras-chave: FIB-4
Fibrose hepática
Esteatose
MASLD
Obesidade
Data do documento: 2024
Resumo: Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial e um crescente problema de saúde pública, com projeções globais indicando que mais de 4 bilhões de pessoas serão afetadas até 2035, incluindo 41% da população adulta no Brasil. Ela está fortemente associada a diversas comorbidades, incluindo diabetes, dislipidemia e doenças hepáticas como a Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), recentemente renomeada para Doença Hepática Associada à Disfunção Metabólica (MASLD). O escore FIB-4 é um biomarcador importante na avaliação de fibrose hepática em pacientes com MASLD, utilizando variáveis como idade, AST, ALT e plaquetas para estimar o risco de fibrose. A biópsia hepática permanece como padrão-ouro para diagnóstico, mas métodos não invasivos como a elastografia e algoritmos como o FIB-4 são ferramentas promissoras para estadiar a fibrose de forma prática e acessível, auxiliando no manejo clínico, especialmente em mulheres com obesidade. Objetivo: Os objetivos desse estudo são avaliar o risco de fibrose hepática em mulheres com obesidade de acordo com o modelo matemático FIB-4, além de descrever o percentual de mulheres com obesidade e esteatose em ambulatório especializado, descrever o risco de fibrose nas pacientes com esteatose de acordo com o FIB-4, descrever o risco de fibrose de acordo com o FIB4 para cada grau de esteatose e comparar dados clínicos e metabólicos das pacientes de acordo com o FIB-4. Métodos: Este é um estudo observacional transversal descritivo e analítico de mulheres com obesidade, com mais de 18 anos e que tenham realizado USG na primeira consulta, atendidas em ambulatório multiprofissional especializado no atendimento de indivíduos com excesso de peso (PEPE), em Salvador entre o período de 2009 a 2024. Resultados: A amostra foi constituída de 158 pacientes do sexo feminino com obesidade, que atendiam aos critérios de inclusão. Na análise clínica, 77% das pacientes apresentavam síndrome metabólica, 58% tinham hipertensão arterial, 42% dislipidemia, 19% diabetes mellitus e 29% esteatose hepática. Quanto à fibrose hepática, 96,8% (n=153) das pacientes apresentaram FIB-4 normal, e 3,2% (n=5) tinham FIB-4 alterado. Foi observado que 112 pacientes não tinham o diagnóstico de esteatose. Houve associação significativa entre FIB-4 elevado e os elementos que compõe sua fórmula. Na subanálise das pacientes com esteatose (29,11%), observou-se diferença significativa na idade entre os grupos com FIB-4 normal e alterado. Além disso, o FIB-4 correlacionou-se diretamente com glicemia, teve uma tendência de correlação com Hb1Ac e inversamente com o peso. Conclusão: Esse estudo demonstrou que o FIB-4 identificou uma pequena parcela de mulheres com obesidade em maior risco de fibrose hepática, incluindo algumas sem esteatose na ultrassonografia. Apesar de um aumento nos valores de FIB-4 com o avanço dos graus de esteatose, essa relação não foi estatisticamente significativa. O FIB-4 apresentou correlação direta com a idade e uma correlação inversa com o peso, além de uma correlação fraca com a glicemia. No entanto, o FIB-4 não se mostrou suficientemente eficaz para avaliar o risco de fibrose hepática em pacientes com obesidade.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/9016
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