Incidência de infecção em pacientes hbsag negativo póstransplante hepático de doador anti-hbc positivo uma revisão sistemática

Abstract

Introdução: O transplante hepático é uma das alternativas terapêuticas para os pacientes em estágio avançado da doença hepática. Discute-se atualmente sobre a possibilidade de doar enxertos de fígado de pacientes Anti-Hbc positivo para receptores HbsAg negativos. Assim, visto uma necessidade crescente de pacientes na fila de transplante hepático, questiona-se até quando pode ser viável a doação, quais medidas foram adotadas e qual o seu desfecho. Objetivos: Analisar presença ou ausência de infecções pós-transplante hepático em receptor AgHbs negativo e doador Anti-Hbc positivo. Avaliar a morbimortalidade do paciente pós-transplante de doador Anti-Hbc positivo. Métodos: Trata-se de uma Revisão Sistemática, sem metanálise, cuja pergunta de investigação é baseada no mnemônico PICOS. Foi realizada análise por meio do sistema eletrônico base de dados, PUBMED, Scielo e Lilacs. A coleta de dados foi realizada através da análise artigos no período de 2000- 2023, últimos 24 anos. A pesquisa foi realizada entre os dias 15/04/24 e 16/05/24. Foi usado o protocolo PRISMA como guia para a Revisão Sistemática e a escala JBI (Joanna Briggs Institute) para análise da qualidade dos artigos. Resultados: Foi realizado estudo com as oito literaturas em todas elas foi visto uma baixa incidência de infecção em pacientes HbsAg (-) comparado a pacientes HbsAg(+) pós-transplante hepático quando utilizado profilaxias a longo prazo de forma adequada. Foi visto uma baixa taxa de morbimortalidade relacionado ao VHB variando de 0-8,4%. Conclusão: A utilização de enxertos Anti-Hbc (+) em pacientes AgHbs (-) pode ser viável quando realizada profilaxia adequada e a longo prazo para os receptores pós-transplante. Para isso, é preciso conhecer as sorologias pré-transplante do doador e receptor a fim de direcionar o tratamento. Medidas como dosagem de Anti-Hbs e VHB-DNA além do status sorológico AgHbs e Anti-Hbc são cruciais para um resultado benéfico para o paciente. O estado de saúde do receptor somado ao grau de imunossupressão também são fatores importantes a serem levados em consideração.