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https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8905
Título: | Prescrição de probióticos na prática pediátrica uma revisão de escopo |
Autor(es): | GOMES, Maria Clara Cardoso |
Palavras-chave: | Prescrição Probióticos População pediátrica |
Data do documento: | 2024 |
Resumo: | Introdução: Os probióticos são atualmente descritos como “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício para a saúde do hospedeiro”. A descoberta dos benefícios do seu uso na profilaxia e tratamento de patologias gerou um interesse crescente nas pesquisas, resultando em diretrizes consensuais para a população pediátrica. No entanto, ainda existem áreas que necessitam de maior investigação científica. Objetivos: Demonstrar o estado do conhecimento científico relacionado a prescrição de probióticos na área de pediatria, além de identificar os principais conceitos e indicações na literatura sobre os probióticos e descrever as lacunas de conhecimento sobre a prática prescritiva de probióticos na população pediátrica. Metodologia: Trata-se de uma revisão de escopo baseada na referência das diretrizes do PRISMA-ScR (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and MetaAnalyses extension for Scoping Reviews), cuja estratégia de busca foi aplicada nas plataformas PubMed, Lilacs, Embase e Scielo Brasil. Foram incluídos estudos originais do tipo observacionais e intervencionais durante os anos de 2004 a 2024, em português, inglês ou espanhol, que avaliaram a eficácia do uso de probióticos em patologias pediátricas específicas. A análise foi conduzida de forma descritiva, empregando média e desvio padrão para as variáveis quantitativas. Para as variáveis que não apresentaram homogeneidade, foi realizada a síntese qualitativa. Resultados: Foram analisados 18 trabalhos, com domínio de ensaios clínicos randomizados e controlados por placebos. Desses, 72% associaram o uso de probióticos à profilaxia e/ou tratamento de distúrbios gastrointestinais. Houve uma prevalência de estudos realizados no continente europeu e o gênero Lactobacillus foi o probiótico mais utilizado. A faixa etária da população estudada variou de 0 a 18 anos de idade, com uma média de idade de aproximadamente 2 anos e 4 meses (± 30,1 meses). O tempo de administração variou de 5 dias a 5 meses. Na maioria dos estudos que avaliaram o uso de probióticos para distúrbios gastrointestinais foi notada redução na incidência, na gravidade e/ou na duração dos sintomas, assim como nas Infecções de Vias Aéreas. Entretanto, no tratamento de dermatite aguda não foram notadas nenhuma diferença significativa entre o grupo que fez uso de probiótico e o grupo placebo. Entre as principais limitações deste trabalho, destaca-se a escassez de estudos que evidenciem o uso de probióticos na população pediátrica. Além disso, observou-se uma diversidade nos estudos no que diz respeito à espécie do probiótico, dosagem e tempo de administração, o que dificulta a formulação de recomendações universais. Outra limitação relevante é a predominância de pesquisas realizadas em países desenvolvidos. Conclusão: O presente trabalho concluiu que o uso de probióticos é confiável e seguro para profilaxia e tratamento de diversas patologias na população pediátrica, em especial em relação aos distúrbios gastrointestinais. Contudo, há necessidade de mais estudos para embasar seu uso em infecções de vias aéreas e dermatite atópica. Além disso, recomenda-se maior homogeneidade nas pesquisas quanto à espécie do probiótico, dosagem e tempo de administração, assim como a realização de ensaios clínicos em países em desenvolvimento, como o Brasil. |
URI: | https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8905 |
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