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Título: Perfil de recém-nascidos com malformações do sistema nervoso central na Bahia um estudo ecológico
Autor(es): GONÇALVES, Lorena Oliveira
Palavras-chave: Malformações congênitas
Sistema Nervoso Central
Microcefalia
Defeitos de tubo neural
Hidrocefalia
Bahia
Data do documento: Jun-2024
Resumo: Introdução: As malformações congênitas correspondem à segunda principal causa de óbito entre crianças menores de cindo anos. Dentre elas, as malformações do sistema nervoso central (SNC) decorrem de defeitos no desenvolvimento intrauterino desse sistema, resultantes da influência de fatores genéticos, ambientais, como os teratógenos, ou multifatoriais. As principais malformações do SNC incluem os defeitos de tubo neural, a hidrocefalia e a microcefalia. O estado da Bahia, em 2021, foi o terceiro estado com maior número de casos de malformações do SNC no Brasil. Objetivos: Descrever o perfil de recém-nascidos com malformações SNC na Bahia de janeiro 2012 a dezembro de 2022, tendo como objetivos específicos descrever a prevalência e os principais tipos dessas malformações no estado da Bahia e os municípios com maiores casos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com dados secundários públicos de 2012 a 2022, através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). As variáveis estudadas incluem tipo de malformação do SNC, sexo, cor/raça, município de nascimento, idade da mãe e número de consultas pré-natal realizadas. Para o tratamento e análise dos dados foram utilizados o Microsoft Office Excel, para organização das informações, e o BioEstat, para cálculos bioestatísticos. Resultados: Entre 2012 a 2022, foram registrados 2.230 casos de malformações do sistema nervoso central no Bahia. O ano de 2015 correspondeu ao ano de maior aumento (59,51%) do número de casos, apesar de 2016 ter sido o ano de maior número absoluto de casos na Bahia. Outrossim, entre os 40 tipos de malformações do SNC analisadas, apenas dez correspondem a cerca de 88% dos registros, com destaque para: Microcefalia (32,87%), Hidrocefalia Congênita Não Específica (20,81%), Espinha bífida Não Específica (10,81%) e Anencefalia (10,49%). Salvador, capital do estado, concentrou aproximadamente 50,8% dos casos, seguido pelos municípios de Barreiras (4,4%) e Itabuna (4,3%). Ademais, dos 278 casos com sexo informado, houve predominância do sexo masculino (51,1%); 71% dos recém-nascidos foram de cor/raça parda. Houve falta de dados informados sobre idade materna e quantidade de consultas pré-natais (87,3% não informados), sendo a faixa de 20 a 34 anos predominante (8,2%), e 5,24% das mães realizaram entre 4 e 6 consultas pré-natais. Conclusão: A análise do perfil dos recém-nascidos com malformações do SNC na Bahia revela que ao longo dos onze anos de estudo, observou-se um aumento significativo nos casos de malformações do SNC na Bahia, confirmando através dos resultados, as evidências da literatura sobre a epidemia de Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ), especialmente nos anos de maior incidência e posterior queda. As malformações mais prevalentes e como elas se distribuem no estado, em destaque para Salvador, estão de acordo com as teorias da literatura. As distribuições relacionadas a sexo apresentam algumas variações na literatura, que dependem do tipo de malformação, mas que são pouco significantes; outrossim, a ausência de dados suficientes representa ainda um obstáculo no que tange ao reconhecimento das demandas de saúde da população baiana e promoção de sua melhoria, considerando a significante importância do monitoramento epidemiológico para a diminuição da incidência das malformações do SNC.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8893
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