Liderança transformacional e transacional caracterização do fenômeno e sua relação com variáveis pessoais e ocupacionais

Abstract

Introdução: O mundo do trabalho tem passado por muitas transformações que impactaram nos diversos formatos que o trabalho tem assumido. O líder tem papel estratégico na organização e as organizações precisam valorizar estilos de liderança que sejam mais alinhados aos novos formatos, dentre eles, destacam-se a liderança Transformacional e Transacional. Objetivo: Caracterizar os estilos de liderança transformacional e transacional e analisar possíveis relações entre atitudes frente aos referidos estilos e variáveis pessoais e ocupacionais. Método: estudo observacional, prospectivo, de caráter quantitativo e corte transversal. Utilizou-se a Escala de Atitudes frente a Estilos de Liderança e questões para caracterização sociodemográfica. A amostra reuniu 67 líderes, sendo 70,1% mulheres. Resultados e Discussão: Observou-se predominância de favorabilidade ao estilo transformacional (mediana=6,5 IIQ=6,2 – 6,7) em comparação ao transacional (4,2; IIQ=3,6–4,6). As correlações indicam que, quanto mais jovem for o líder (r = -0,34; p<0,01) e quanto menor for o tempo de liderança (r = -0,28; p<0,05), mais favorável tende a ser sua postura frente ao estilo transacional, assim como líderes que não possuem experiência prévia de liderança (mediana=4,5; IIQ=3,9-5,0). Considerações Finais: A ausência de atitudes que favoreçam o estilo de liderança transformacional pode deixar as relações mais individualizadas e mecanicistas, assim propõe-se que sejam implementadas ações para o desenvolvimento de competências alinhadas ao estilo transformacional, levando o grupo a superar as expectativas, priorizando objetivos coletivos, o que poderá potencializar os resultados organizacionais e contribuir para relações de trabalho mais positivas.