Fatores associados à mobilidade funcional em indivíduos após AVC

Abstract

Introdução: Indivíduos após AVC estão suscetíveis às sequelas na função física e limitação nas atividades de vida diária, predispondo a incapacidade funcional e redução da mobilidade funcional. Os fatores relacionados à redução da mobilidade podem ser clínicos ou funcionais, mas ainda existem lacunas relacionados a essa investigação. Objetivo: Investigar a associação da mobilidade funcional com a gravidade do AVC e capacidade funcional. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com indivíduos assistidos no ambulatório da neuroclinica do Hospital Geral Roberto Santos de Salvador-BA. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e funcionais. A gravidade foi avaliada pela National Institute Of Health Stroke Scale (NIHSS), a capacidade funcional pelo Índice de Barthel Modificado (IBM) e a mobilidade pelo Timed Up and Go (TUG). Foi realizada a análise da normalidade da amostra para as variáveis sociodemográficas, clínicas e funcionais e utilizado o teste de Pearson para correlação da mobilidade com a gravidade e independência funcional. Resultados: Foram avaliados 80 indivíduos com 57,6(±13,2) anos e 43 (53,8%) do sexo masculino, 67 (83,8%) tiveram AVC isquêmico, com uma média de 13,4(±18,5) meses após o AVC. O NIHSS foi de 1,7(±2,0) pontos, o TUG de 14,9(±8,1) e IBM de 47,3(±3,8) pontos. A mobilidade mostrou uma correlação fraca com a gravidade do AVC (r= 0,349 e p ≤ 0,002) e com a capacidade funcional (r= -0,347 e p ≤ 0,002). Conclusão: Indivíduos com AVC na fase crônica apresentaram redução da mobilidade funcional associada ao AVC leve e redução da capacidade funcional.