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Título: Comparação do misoprostol sublingual versus intravaginal na maturação cervical para indução do trabalho de parto: revisão sistemática da literatura
Autor(es): FONSECA, Rafaela Sandes
Palavras-chave: Indução do trabalho de parto
Misoprostol
Maturação cervical
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: O Misoprostol, análogo da prostaglandina E1, é um dos métodos farmacológicos mais utilizados para maturação cervical na indução do trabalho de parto (ITP). As vias de administração oral e vaginal são as mais estudadas e utilizadas na prática. Contudo, atualmente existe um grande debate sobre quais seriam as doses, vias de administração e frequências de administração ideais. Alguns estudos encontraram que a via sublingual de administração pode ser muito efetiva na ITP, no entanto, a literatura atual ainda carece de estudos nesse sentido. Objetivo: Avaliar a efetividade e segurança do uso do Misoprostol por via sublingual, comparado com a via vaginal. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática. Foi feita uma busca manual e eletrônica nas bases de dados Biblioteca Cochrane, Pubmed e Medline entre os meses de fevereiro e março de 2021. Foram selecionados ensaios clínicos randomizados e não randomizados, publicados entre os anos de 2009 e 2020, em inglês, português ou espanhol. As participantes foram mulheres gestantes a partir da 22ª semana de idade gestacional, com indicações claras para indução do trabalho de parto e cuja intervenção foi uso do Misoprostol para indução do trabalho de parto pelas vias sublingual ou vaginal. Para a análise da qualidade metodológica dos estudos foi utilizada a ferramenta CONSORT - Consolidated Standards of Reporting Trials. Resultados: Cinco estudos fizeram parte desta revisão sistemática após análise da qualidade metodológica, obtendo-se um tamanho amostral total de 1.106 gestantes, com idades gestacionais médias que variaram entre 40.7 e 39 semanas no grupo vaginal, e entre 40.69 e 38.7 no grupo sublingual. Os escores de Bishop iniciais médios das gestantes do grupo sublingual variaram de 2.2 a 4.84, enquanto nas gestantes do grupo vaginal, variaram de 2.1 a 4.8. Todos os estudos selecionados utilizaram doses entre 12.5 μg e 50 μg de Misoprostol sublingual e entre 25 μg e 50 μg de Misoprostol vaginal. Além disso, o intervalo entre as doses variou entre 4 e 6 horas, com um máximo de 8 doses utilizadas. Apenas dois dos artigos trouxeram o tempo médio decorrido desde a indução até o parto vaginal, que variou entre 497.10 e 792 minutos no grupo sublingual e entre 511.67 e 786 minutos no grupo vaginal. A taxa de cesariana foi incluída em todos os estudos, e variou entre 15.9 e 57.1% no grupo sublingual e entre 13.53 e 56% no grupo vaginal. A anormalidade de contração uterina mais trazida foi a frequência média de taquissístole, que variou entre 0 e 4,7% no grupo sublingual e entre 3 e 12% no grupo vaginal. Dois estudos trouxeram também a frequência de hiperestimulação uterina que variou entre 5 e 6,7% no grupo sublingual e entre 2 e 10,4% no grupo vaginal. A complicação neonatal mais trazida nos estudos foi a admissão na UTI neonatal. Apenas 2 estudos incluíram na análise a média da mudança no escore de Bishop após 6 horas de administração do Misoprostol, que variou entre 3.7 e 5.47 pontos no grupo sublingual e entre 4.1 e 5.25 pontos no grupo vaginal. Conclusão: A análise dos resultados sugere que a via sublingual seja tão eficaz e segura quanto à via vaginal para a maturação cervical na indução do trabalho de parto. Contudo, devido à fragilidade e heterogeneidade dos artigos, novos estudos são necessários para que se avaliem desfechos mais uniformes.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8427
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