Análise das complicações entre os tratamentos de varizes: cirurgia tradicional (stripping) e métodos cirúrgicos alternativos na veia safena magna. uma revisão sistemática

Abstract

INTRODUÇÃO: Com base na variedade de tratamentos de varizes existentes, é relevante entender quais complicações cada método possui de forma a reconhecer a viabilidade para aplicação clínica de cada caso. Assim, o médico direcionará de forma segura e cautelosa a terapia, a fim de promover melhores resultados ao paciente, tanto a curto como a longo prazo. OBJETIVO: Analisar as principais complicações do tratamento cirúrgico da veia safena magna, em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico convencional (Stripping) e naqueles expostos aos procedimentos cirúrgicos alternativos. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática guiada pelas diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses), que utilizou a base de dados MEDLINE/PubMed, Portais da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e do Periódico CAPES, por meio da combinação de descritores, padronizados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH), como “Varicose veins” AND “Alternative therapies” AND “surgery treatment” AND “great saphenous vein” AND “complications”. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais publicados a partir do ano 2000 até o ano de 2021, em português ou inglês, realizados em seres humanos, com pacientes acima dos 18 anos de idade, que compararam as complicações procedimentais quanto o uso da terapia conservadora cirúrgica (stripping) e de terapias alternativas como escleroterapia com espuma (ESP), ablação endovenosa a laser (EVLT) ou radiofrequência (RFA) no tratamento primário da veia safena magna com refluxo. RESULTADOS: Maiores frequências na abordagem cirúrgica tradicional envolveram distúrbios sensórias (6.5 a 27.9%), hematomas (5.9 a 50%) e equimose (com até 63.9%). No caso da EVLT, prevaleceram as complicações como hiperpigmentações (1.2 a 2.9%), flebites (2.6 a 3.2%), dor (0.7 a 4%) e parestesias(1.3 a 2.5%); na RFA, eritema (4 A 13.6%), parestesias (4.8 a 23.3%)1,2 e flebites(1.3 a 3.2%) 1,3 . As complicações mais mencionadas na ESP foram infecção(até 3.2%), hiperpigmentação(1.2 a 6.4%), hiperpigmentação(2.3 a 6.4%) e flebite (até 13.6%). CONCLUSÃO: As complicações dos tratamentos de varizes, principalmente abordagens minimamente invasivas, possuíram poucas complicações e raramente graves. As complicações maiores do stripping da veia safena magna também foram raras e, outras menores, que podem ser evitadas pelo cirurgião através de técnicas de prevenção que maximizem o benefício terapêutico. Novos estudos comparando as quatro formas de tratamento são importantes para se entender realmente os potenciais de cada técnica.