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Título: Avaliação do padrão de prescrição da antibioticoprofilaxia pré-procedimentos orais/dentários para endocardite bacteriana entre cardiologistas e cirurgiões dentistas, no Estado da Bahia
Autor(es): BRANDÃO, Mariana Mattos
Palavras-chave: Endocardite bacteriana
antibioticoprofilaxia
prescrições
procedimentos cirúrgicos bucais
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: A endocardite infecciosa é uma doença rara, porém grave, com uma alta taxa de mortalidade. A profilaxia antibiótica para endocardite bacteriana antes da realização de procedimentos orais/dentários específicos tem sido recomendada desde 1955 em pacientes portadores de cardiopatias de risco, embora as evidências científicas sejam limitadas. Novas orientações para mudanças no comportamento de prescrição em vários países do mundo têm sido propostas nas últimas duas décadas. Objetivo: Avaliar o conhecimento e o padrão de prescrição de médicos cardiologistas e cirurgiões-dentistas quanto a profilaxia antibiótica para endocardite infecciosa bacteriana antes de procedimentos orais/dentários de risco, no estado da Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo observacional de caráter transversal e descritivo. Os dados foram obtidos a partir de um questionário online que foi enviado para cardiologistas e cirurgiões dentistas associados, respectivamente, à Sociedade Brasileira de Cardiologia - Seção Bahia e à Associação Brasileira de Odontologia – Seção Bahia, no primeiro semestre de 2021. A análise dos dados foi feita mediante estatística descritiva, e comparações entre variáveis foram realizadas de modo exploratório. O nível de significância adotado foi 5%. Resultados: Da amostra total, 82,5% e 79,5% referiram prescrever antibioticoprofilaxia para pacientes de alto risco e moderado risco para EI, respectivamente. Dos procedimentos odontológicos capazes de gerar bacteremia, todos foram identificados corretamente por mais de 50% da amostra. Quanto aos hábitos da vida diária, o uso de fio dental e escovação dentária obtiveram quase 50% de acertos, mastigação obteve apenas 17,3% e 40,9% referiram que nenhuma das ações apresentava risco de bacteremia, sendo que os cardiologistas obtiveram um maior índice de acertos. Na comparação entre variáveis, a prescrição correta de amoxicilina (2g 30-60 minutos antes do procedimento) foi mais prevalente entre cardiologistas e em respondedores com tempo de graduação inferior a 20 anos. Conclusão: O estudo observou que a prescrição de antibioticoprofilaxia para endocardite infecciosa é frequente para pacientes de alto e moderado risco, antes de procedimentos orais/dentários. A prescrição correta da amoxicilina foi referida em 77,2%, com uma maior taxa de acertos entre os cardiologistas e profissionais com tempo de graduação inferior a 20 anos. Além disso, foi encontrado conhecimento parcial acerca dos procedimentos orais/dentários e hábitos orais do dia a dia capazes de gerar bacteremia, bem como sobre as cardiopatias de alto risco para endocardite infecciosa. Portanto, este estudo realça a necessidade de educação médica/odontológica contínua sobre o tema.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8401
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