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Título: Perfil clínico e laboratorial de pacientes obesas com doença hepática gordurosa não alcoólica em ambulatório especializado
Autor(es): HOCEVAR, Lara Santana
Palavras-chave: Doença hepática gordurosa não alcoólica
Obesidade
Mulheres
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica é a doença de fígado mais frequente no mundo. Trata-se de uma doença muitas vezes assintomática que pode progredir para um carcinoma hepatocelular. De fisiopatologia relacionada com a dislipidemia e resistência insulínica, pode ter como causa primária a obesidade e ser fator de risco emergente para doenças cardiovasculares devido ao seu perfil de risco para aterotrombose. Objetivos: Descrever a prevalência de doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes obesas de ambulatório especializado em Salvador, Bahia, identificando variáveis clínicas e laboratoriais associadas a esteatose hepática e seus graus de severidade. Materiais e métodos: Estudo descritivo e analítico de corte transversal. Foram analisados pacientes atendidos em um ambulatório docente-assistencial de Obesidade de Salvador, Bahia, entre 2015 e 2020, com coleta de dados em prontuário eletrônico. Resultados: Foram analisados 173 pacientes em que 49 (28,3%) apresentavam esteatose hepática, 7 foram diagnosticadas desde o primeiro atendimento com o grau 3 dessa condição, 26 com o grau 2 e 26 com o grau 1. Concomitantemente a esteatose, 43 pacientes apresentaram síndrome metabólica, 31 hipertensão arterial sistêmica e 21 diabete mellitus tipo 2. As taxas da glicemia em 2 horas no TTGO apresentaram-se maior nas pacientes com esteatose, mostrando diferença estatística significante (p= 0,009), assim como a dosagem de AST e ALT (p=0,009 e 0,006 respectivamente). Pacientes com grau 3 de esteatose apresentaram valores maiores da enzima hepática ALT e de hemoglobina glicada que em outros graus de esteatose (p=0,028 e p=0,036). Conclusão: A prevalência da doença hepática gordurosa não alcoólica foi elevada na população estudada, predominando esteatose grau I, concordante com o que é visto em outros estudos. Foram identificados valores maiores de glicemia de 2 horas no TTGO e níveis mais elevados de AST e ALT nos indivíduos com esteatose. Foi observado ainda uma tendência para maior frequência de síndrome metabólica no grupo com essa condição hepática e aproximadamente metade desses tinham diabetes melittus tipo 2. Os indivíduos com grau 3 de esteatose apresentaram níveis mais elevados de hemoglobina glicada e ALT, com tendência para valores maiores de AST, o que reforça o papel da hiperglicemia e resistência insulínica na progressão da esteatose hepática.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8389
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