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Título: Eficácia e tolerância do dimesilato de lisdexanfetamina na farmacoterapia dos transtornos depressivos refratários aos tratamentos convencionais: um estudo de revisão sistemática
Autor(es): COSTA, Marcos Gabriel Lima da
Palavras-chave: Dimesilato de lisdexanfetamina
Depressão
Depressão maior
Data do documento: 2021
Resumo: FUNDO: Os transtornos depressivos constituem um grave problema de saúde pública em todo o mundo, devido a sua alta prevalência nos últimos anos, cursando com comprometimento da saúde geral e qualidade de vida dos indivíduos e consequentemente impactando negativamente na dinâmica social. As elevadas taxas de recorrência, sintomas subsindrômicos residuais e refratariedade terapêutica são aspectos clínicos desafiadores para a psiquiatria contemporânea. O dimesilato de lisdexanfetamina (LDX) é uma pró-droga atualmente aprovada pela FDA para o tratamento do TDAH e da compulsão alimentar. Entretanto, alguns profissionais tem apontado para sua eficácia clínica no tratamento de pacientes com depressão maior, TDAH comórbido, disfunção executiva (comprometimento da capacidade de exercer atividades laborais e acadêmicas) e quadros depressivos resistentes aos tratamentos com antidepressivos convencionais. OBJETIVO: O objetivo desse estudo é, através de revisão sistemática, avaliar a eficácia do dimesilato de lisdexanfetamina como adjuvante no tratamento dos transtornos depressivos, além de analisar os perfis de tolerância e efeitos adversos relatados. MÉTODO: Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed e Scielo, sendo selecionados ensaios clínicos randomizados em seres humanos, revisões sistemáticas e meta-análises que incluam uso do dimesilato de lisdexanfetamina para o manejo da depressão e cuja melhora fora avaliada pela pontuação total da Escala de Avaliação de depressão de Montgomery-Åsberg (MADRS). A amostra final foi composta por 6 artigos. RESULTADOS: Dos estudos analisados, em 3 deles foram constatadas superioridade em eficácia do LDX na remissão dos sintomas depressivos segundo a pontuação total da Escala de Avaliação de depressão de Montgomery-Åsberg (MADRS) em relação ao placebo. Em um estudo LDX-placebo produziram taxas semelhantes de melhora nos sintomas depressivos, conforme avaliado pela Escala de depressão Montgomery-Asberg (MADRS). No entanto, o LDX foi associado a um efeito estatisticamente significativo de maior taxa de melhora nos sintomas depressivos autorrelatados. E em dois outros estudos as diferenças entre LDX e placebo não foram estatisticamente significativas. Em relação ao perfil de segurança e tolerabilidade do dimesilato de lisdexanfetamina foi consistente com estudos anteriores em adultos com transtorno de déficit de atenção / hiperatividade. Não houve diferença significativa no risco de desenvolver efeitos adversos graves e no risco de descontinuação do tratamento devido aos efeitos adversos. O único efeito colateral relatado por 45% dos participantes do LDX em o dobro da taxa de placebo em ambos os estudos foi boca seca. CONCLUSÃO: O LDX quando usado como terapia adjuvante aos antidepressivos, produziu estatisticamente um pequeno efeito na melhora dos quadros depressivos gerais. Os estudos sugerem que o LDX é responsivo sobretudo em aspectos sintomatológicos específicos como autoestima, motivação, cognição, funções executivas (capacidade de exercer atividades laborais e acadêmicas) e controle emocional. Mais estudos precisam ser conduzidos sobre a eficácia do dimesilato de lisdexanfetamina como uma opção terapêutica adjuvante em quadros depressivos e para determinar o subconjunto clínico ideal de sintomas depressivos responsivos terapia adjuvante com LDX.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8383
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