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Título: Avaliação do risco cardiovascular em mulheres com excesso de peso antes e após atendimento multiprofissional em ambulatório especializado: uma coorte retrospectiva.
Autor(es): MENEZES, Luana Luna
Palavras-chave: Obesidade
Fatores de risco
Doença cardiovascular
Data do documento: 2021
Resumo: O excesso de peso e a obesidade se constituem como um problema de saúde pública presente em todos os continentes do globo. Já é bem estabelecido na literatura a relação entre a obesidade e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, seja ela de forma direta ou secundária. Nesse cenário, a utilização de calculadoras de risco cardiovascular de forma individualizada pode servir como uma importante ferramenta na identificação de risco elevado, contribuindo assim para a prevenção e acompanhamento de indivíduos suscetíveis a eventos cardiovasculares. Assim, um acompanhamento multiprofissional especializado torna-se essencial na redução da morbimortalidade cardiovascular nessa população. Objetivo: Descrever, através de escores específicos, o risco cardiovascular de mulheres em excesso de peso antes e após acompanhamento multiprofissional em ambulatório especializado. Busca ainda comparar as variáveis clínicas e metabólicas no pré e pós-tratamento. Metodologia: Trata-se de uma coorte retrospectiva, realizada através da revisão de prontuários de mulheres acompanhadas por equipe multiprofissional no ambulatório de obesidade (PEPE) da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) de 2009 a 2020, no primeiro e último atendimento (mínimo de 1 ano de acompanhamento). Os escores utilizados foram o Escore de Risco Global (ERG) proposto pela atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose (2017) e o Escore de Framingham (modificado 2008). Resultados: No pré-tratamento, houve um predomínio de risco cardiovascular alto pelo ERG e de risco intermediário pelo escore de Framingham. Comparando os escores individualmente antes e após o acompanhamento, observou-se aumento no número de pacientes classificados em risco alto e muito alto pelo ERG e aumento no número de pacientes de risco intermediário e alto pelo escore de Framingham. Observou-se um efeito positivo do acompanhamento multiprofissional nos parâmetros clínicos utilizados para predizer o risco cardiovascular. Níveis pressóricos (140 [130-154,2] vs. 133 [121,5-148], p=0,001), colesterol total (195 [172-223] vs. 183 [165-209], p=0,001) e HDL colesterol (44 [39-51] vs. 49 [43-56], p=0,00) foram alguns parâmetros em que se observou uma melhora quando comparado o pré e pós tratamento. A frequência de mulheres com síndrome metabólica e obesidade sofreu uma diminuição ao longo do acompanhamento. Conclusão: Houve predominância dos riscos alto e muito alto pelo ERG e intermediário e alto pelo escore de Framingham. Apesar do aumento na frequência de pacientes de alto risco, o acompanhamento multiprofissional especializado e individualizado melhorou parâmetros clínico-laboratoriais que influenciam no risco cardiovascular. Além disso, houve uma redução no número de mulheres que preenchiam os critérios de síndrome metabólica e obesidade.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8376
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