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Título: Comparação entre perfil clínico-epidemiológico de sobreviventes e não-sobreviventes entre pacientes adultos admitidos em hospital geral da cidade de Salvador devido a trauma crânioencefálico grave
Autor(es): REIS, Lorena Silva dos
Palavras-chave: Trauma cranioencefálico
Epidemiologia
Mortalidade
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: O trauma cranioencefálico grave (TCE) é um agravo de elevada incidência no Brasil e de alta morbimortalidade, apresentando entre 30 e 70% de vítimas fatais. Ainda não são completamente esclarecidos os fatores que influenciam na sobrevida dos pacientes acometidos. São crescentes os esforços para entender o processo de óbito no TCE e, por conseguinte, ser capaz de fornecer manejos mais adequados à situação de base de cada indivíduo. Por isso, é essencial estudar de forma global as diferenças entre quem morre e quem vive após passada a fase emergencial ou crítica de um TCE grave. Objetivo: Comparar o perfil clínico-epidemiológico dos óbitos e dos não-óbitos entre pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva (UTI) devido a TCE grave. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com dados coletados retrospectivamente nos prontuários eletrônicos do Hospital do Subúrbio (Salvador-BA). A amostra consistiu em indivíduos com idade entre 18 e 65 anos que haviam sido admitidos entre os anos de 2017 e 2019 na UTI do serviço devido a TCE grave. Baseando-se no desfecho óbito intra-hospitalar, fez-se uma estratificação dos sujeitos em grupo sobrevivente (S) e grupo não-sobrevivente (NS). Foram realizadas comparações entre os dois quanto às estatísticas descritivas referentes a dados demográficos, história do trauma, exame físico de entrada na emergência, exames admissionais de laboratório e de imagem e condutas empregadas. Resultados: O número de pacientes incluídos no estudo foi de 72 (S=45; NS= 27). Houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em dez variáveis. Foram maiores entre as vítimas fatais as prevalências na admissão de pupilas midriáticas, de arreatividade pupilar bilateral e de edema cerebral difuso, e as médias de concentração de lactato, tempo de protrombina e RNI. Entre as vítimas não-fatais, foram mais elevadas as prevalências de pupilas mióticas e de contusões parenquimatosas e as médias de níveis séricos de hemoglobina e de plaquetas. Conclusão: O estudo permitiu identificar um número considerável de diferenças significativas entre o perfil das vítimas de TCE grave sobreviventes e não-sobreviventes. Seus achados reforçam a sugestão de alguns possíveis fatores determinantes de mortalidade já insinuados por outros estudos e questiona a real ocorrência de outros.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8372
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