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Título: Excitabilidade cortico motora e desfecho clínico em pacientes com dor neuropática crônica: uma revisão sistemática
Autor(es): OLIVEIRA, Leonardo Santana Ramos
Palavras-chave: Neuralgia
Estimulação magnética transcraniana
Excitabilidade cortical
Data do documento: 2021
Resumo: Dor neuropática crônica é a dor causada por lesão do sistema nervoso somatossensorial que persiste por mais de 3 meses. Sua avaliação envolve uma análise clínica dos sintomas e do impacto nas atividades do paciente. Devido à sua fisiopatologia, entende-se que alterações neuronais ocorrem e, por isso, uma forma de compreender os processos de perpetuação dos sintomas de dor crônica é medir o comportamento de circuitos e redes neurais com técnicas eletrofisiológicas, como a medição da função córtico motora. Ela pode ser acessada Estimulação Elétrica Transcraniana (EMT) que fornece dados eletrofisiológicos como: potencial evocado motor (PEM), facilitação intracortical (FI) e inibição intracortical (II). Mesmo sabendo que estratégias que aumentam a excitabilidade córtico motora promovem analgesia, não está claro se a característica desse sinal pode predizer o comportamento da dor ao longo do tempo ou se tem relação direta com os desfechos clínicos apresentados pelo paciente. Objetivo: Investigar a relação entre medidas eletrofisiológicas da função cortical avaliadas com TMS e características clínicas de indivíduos com dor neuropática crônica. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura de acordo com as orientações PRISMA. As buscas foram feitas nas bases de dados Embase, Pubmed, Cochrane e Biblioteca virtual em saúde. Os artigos foram selecionados por dois avaliadores independentes de acordo com os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos randomizados; indivíduos com dor neuropática crônica em tratamento para a dor; avaliação de desfecho eletrofisiológico por meio de TMS; e avaliação de ao menos um desfecho clínico. O processo de seleção dos artigos foi realizado utilizando o rayyan.qrci.org, e a coleta e análise dos dados foram feitas no Microsoft Excel®. A análise de risco de viés e qualidade foi realizada utilizando Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials 2 (RoB 2) e “checklist de avaliação metodológica da qualidade de estudos utilizando TMS em estudos do sistema motor”, respectivamente. Resultados: Foram avaliados 1324 artigos, dos quais 9 foram selecionados após aplicar os critérios de elegibilidade. Como resultado, houve heterogeneidade no tamanho amostral e nos tipos de dor neuropática, com predominância de dor neuropática central. As principais intervenções realizadas foram tDCS e rTMS, usando os principais protocolos descritos na literatura. A bobina “figure 8” conectada a um estimulador MagStim foi o arranjo mais utilizado e as principais variáveis medidas pelo TMS foram PEM, FI e II. Já o desfecho clínico mais avaliado foi intensidade da dor. Ademais, foi realizada a análise de risco de viés que mostrou “algumas preocupações” e “alto risco” de viés em mais da metade dos trabalhos. O trabalho ainda observou que a aplicação do TMS seguiu um rigor metodológico de aderência às boas práticas acima de 50% na maioria dos artigos, de acordo com o checklist validado para aplicação de TMS. Conclusão: O estudo mostrou que as variáveis de excitabilidade cortical se relacionam, principalmente, com o desfecho clínico de intensidade da dor. No entanto, o potencial risco de viés sugere a realização de mais estudos metodologicamente robustos.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8367
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