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Título: Efetividade do tratamento da epilepsia com derivados da cannabis sativa, em crianças com Síndrome de Dravet – revisão sistemática
Autor(es): LINS, Layne Nunes
Palavras-chave: Epilepsia
Tratamento
Síndrome de Drave
Canabinoides
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: A Síndrome de Dravet consiste em uma epilepsia refratária rara, de origem genética, que acomete crianças desde o primeiro ano de vida e acarreta consequentes alterações no neurodesenvolvimento. O tratamento padrão é realizado com diferente anticonvulsivantes, que não cessam por completo as crises, de modo que a busca por fármacos que apresentem maior possibilidade de controle das crises tem sido foco de vários estudos. Objetivos: Verificar as evidências apresentadas na literatura acerca da efetividade dos derivados da Cannabis sativa: Tetra-Hidrocanabinol (THC) e Canabidiol (CBD), no controle da epilepsia em pacientes pediátricos portadores da Síndrome de Dravet; identificar os paraefeitos do THC e do CBD; e verificar se existe superioridade de ação entre os compostos citados. Métodos: Trata-se de uma Revisão Sistemática, sendo realizadas buscas nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, utilizando os descritores (DeCS), “Epilepsia”, “Tratamento”, “Síndrome de Dravet”, “Canabinoides”.Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, publicados nos últimos 10 anos, em Inglês, Espanhol ou Português e envolvendo indivíduos até os 18 anos de idade. Foram excluídos estudos sem disponibilização de resumo. A qualidade metodológica foi avaliada através da escala CONSORT. Resultados: Dos 92 artigos identificados, 3 foram incluídos na análise, sendo a amostra total de 352 crianças com Síndrome de Dravet. Nessas, houve predominância do sexo feminino. A redução da frequência de crises convulsivas durante o tratamento foi de no mínimo 50% da linha de base, no total de crianças dos grupos CBD (221 indivíduos), variando de 43 a 56,4%. Os paraefeitos mais comuns no total de participantes foram a sonolência e a diminuição do apetite. A sonolência foi associada ao uso concomitante de clobazam. Outro achado foi o aumento das transaminases hepáticas, nos grupos que utilizaram o valproato. Conclusão: A presente Revisão Sistemática mostrou que nos três estudos houve redução da frequência de crises convulsivas com o uso do CBD. Não foi possível avaliar o THC por não terem sido encontrados estudos que contemplassem os critérios de amostragem. Os paraefeitos (relatados acima como associados ao uso de CBD) não comprometeram a avaliação positiva em todos os artigos estudados relatados do que na amostra do grupo placebo. Em se tratando de uma síndrome rara pelo fato de que as substâncias derivadas da Cannabis sativa ainda envolvem estigmas sociais, os estudos em foco apresentaram limitações no tamanho das amostras. Outra limitação para avaliação reside no uso concomitante de drogas anticonvulsivantes tradicionais.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8320
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