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Título : Percepção da morte e do processo de morrer pelos médicos brasileiros: uma metassíntese.
Autor : GUIMARÃES, Iasmin Rodrigues Sousa
Palabras clave : Morte
Processo de morrer
Percepção da morte
Médico
Fecha de publicación : 2021
Resumen : Introdução: O papel do médico na morte variou ao longo da história da civilização. Na antiguidade, o processo de morrer ficava a cargo da religião e da magia. No mundo moderno, depende do hospital e da equipe de saúde. Aliado a essa mudança cultural, uma disponibilidade maior de tecnologias e uma visão inadequada do que é ser médico tornaram o enfrentamento da morte pelos profissionais mais difícil. Objetivo: Analisar a percepção da morte e do processo de morrer pelos médicos no Brasil. Metodologia: Foi realizada uma metassíntese, onde estudos qualitativos foram coletados nas bases de dados Scielo, Lilacs e Medline por meio dos termos “Perception”, “Physicians” e “Death”, descritores retirados do DeCS. Foram selecionados trabalhos publicados de 2000 a 2021, que possuíam amostras de médicos brasileiros e respondiam ao objetivo do trabalho sem desvios metodológicos. Os dados foram analisados por meio das etapas propostas para realização da revisão qualitativa: elaboração de resumos a partir dos artigos escolhidos, criação de quadro para apresentação de dados, formulação de proposições mais amplas a partir da integração das semelhanças e diferenças entre os estudos e elaboração de novas afirmações. Resultados: Por meio da análise de 27 artigos selecionados, foi perceptível que falar sobre a morte é algo extremamente difícil para os médicos. Segundo a maior parte dos entrevistados nos estudos coletados, a faculdade não os preparou para lidar com a morte dos pacientes. O processo de morrer, para esses profissionais, é carregado de sentimentos negativos como culpa e frustração, além de não ser um assunto dialogado no contexto médico. A principal forma de enfrentamento percebida foi a criação de barreiras entre o profissional, o paciente e a família, para que a morte não causasse intenso sofrimento. Além disso, para os médicos é mais difícil lidar com a morte motivada por causas abruptas e de crianças do que aquelas de um contexto com pacientes mais idosos. Foi relatado que crenças pessoais como as derivadas da religião e formação familiar influenciaram diretamente na percepção dos entrevistados sobre a morte. Conclusão: A morte não é percebida de forma naturalizada pelos médicos brasileiros e essa percepção é originada a partir de uma formação deficiente e uma construção cultural do papel do médico. Evidencia-se a importância dessa metassíntese para que reflexões pessoais e institucionais sejam feitas e assim melhorias sejam realizadas. Isso poderá proporcionar um melhor cuidado para o paciente que morre e sua família e menos dificuldades para o médico.
URI : https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8285
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