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Título: Evolução dos óbitos por covid-19 em um hospital de referência. Salvador, Bahia (2020-2021)
Autor(es): WESP, Vitória Katharine Isoton
Palavras-chave: COVID-19
Mortalidade
Síndrome Respiratória Aguda Grave
Data do documento: 2024
Resumo: Introdução: a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 2020, a pandemia decorrente da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada pelo novo coronavírus. Desde a sua chegada ao Brasil, em fevereiro de 2020, o número de novos casos e óbitos por COVID-19 seguiram crescendo diariamente até o momento em que houve a implementação da vacinação em larga escala. A COVID-19 tem demonstrado não atingir a todos de maneira igualitária, o seu espectro clínico tem se mostrado bastante variado, além de haver evidências que indicam influência da presença de comorbidades prévias e fatores socioeconômicos na evolução e no favorecimento do desfecho óbito pela doença. Objetivo: descrever a evolução e o perfil sociodemográfico dos óbitos confirmados por COVID-19, entre os anos de 2020 e 2021, que ocorreram no Instituto Couto Maia (ICOM), hospital estadual de referência durante a pandemia. Metodologia: estudo transversal, descritivo, retrospectivo, com dados secundários, coletados a partir dos prontuários do Sistema de Gestão para Prontuário Eletrônico (SMPEP), envolvendo pacientes internados na enfermaria e/ou unidade de terapia intensiva (UTI) do ICOM, com diagnóstico de COVID-19, que evoluíram para óbito no período de 2020 a 2021. A análise descritiva incluiu dados socioeconômicos, demográficos e dados clínicos dos pacientes, como sinais e sintomas e comorbidades prévias. Resultados: foram incluídos 436 pacientes de 2020 e 399 de 2021, com mediana de idade de 66 e 62 anos, respectivamente. Observou-se que houve predomínio de óbito do sexo masculino em 2020 (54,4 %) e em 2021 (60,7%). Quanto à raça, os pardos representam a maioria nos anos de 2020 (78,9%) e no ano de 2021 (79,1%). Os sinais e sintomas mais comuns manifestados pelos indivíduos tanto em 2020 quanto em 2021 incluíram dispneia, desconforto respiratório, febre e tosse. As comorbidades relatadas mais recorrentes, em ambos os anos, foram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, doença cardiovascular crônica, tabagismo e obesidade. Conclusão: observou-se a diminuição do número de óbitos entre os anos de 2020 e 2021. Além disso, o perfil clínico e socioeconômico dos pacientes que foram diagnosticados com COVID-19 e evoluíram a óbito foram semelhantes. Houve predomínio dos óbitos em indivíduos do sexo másculo, acima dos 62 anos e de etnia parda. Além disso, as comorbidades foram identificadas como fatores significativos de risco para esse desfecho. Essas descobertas ressaltam a importância de um planejamento em saúde que promova uma distribuição mais equitativa dos recursos e amplie o acesso às medidas de promoção à saúde, prevenção e tratamento da COVID-19, especialmente entre os grupos socialmente mais vulneráveis.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8267
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