Mortalidade por infarto agudo do miocárdio durante o período de pandemia por COVID-19: um corte transversal

Abstract

O estudo busca verificar a mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio durante o período da pandemia por COVID-19. Levando em consideração que as doenças isquêmicas do coração são a maior causa de mortalidade no Brasil e no mundo. Dentre elas, o infarto agudo do miocárdio é a que mais tem número de óbitos na categoria. Contudo, a pandemia por COVID-19 causou uma mudança comportamental importante nos hábitos de vida relacionados ao infarto agudo do miocárdio, podendo ter gerado um aumento no número de óbitos nesse período. Porém, não há estudos brasileiros que tragam esses dados, e a OMS não possui dados de 2020, 2021 e 2022, os anos de pandemia e pós-pandemia, o que dificulta a maneira dos sistemas de saúde lidarem com essa doença. OBJETIVO. Esse estudo, então, busca verificar se houve um aumento no número de mortes devido a Infarto Agudo do Miocárdio. MÉTODO. Para isso, um estudo em formato de corte transversal foi realizado, em que foram retirados dados do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM) do DATASUS, dos anos de 2018 a 2021, com recortes epidemiológicos de idade, raça/cor, região, local de ocorrência, escolaridade, sexo e mês da ocorrência. Os dados de 202 e 2021 foram então comparados com os dados de 2018 e 2019, sendo feita uma análise individual para cada variável. RESULTADOS. Contudo, os resultados comparativos dos anos pré pandemia com os anos pós-pandemia demonstraram uma redução da mortalidade por IAM durante o período da pandemia, com redução de 5,32% do número de óbitos de 2020 em relação a 2019, e um aumento de 5,91% do número de óbitos de 2021 em relação à 2020, mantendo-se, ainda, abaixo de 2019. CONCLUSÃO. Houve uma redução no número de óbitos durante o período da pandemia por infarto agudo do miocárdio.