Estudo comparativo entre a técnica de lichtenstein e a técnica para reparo laparoscópico transabdominal (tapp) acerca da dor pós-tratamento de hérnia inguinal: revisão sistemática

Abstract

Introdução: Este trabalho de conclusão de curso (TCC) apresenta uma revisão sistemática que compara duas técnicas cirúrgicas para o tratamento da hérnia inguinal: a técnica de Lichtenstein e a técnica de reparo laparoscópico transabdominal (TAPP). O objetivo do estudo foi avaliar a dor pós-operatória associada a cada uma dessas técnicas, buscando entender qual delas oferece melhor recuperação e menor incidência de complicações. Métodos: A revisão sistemática considerou estudos publicados entre 2015 e 2023, seguindo o protocolo PRISMA, que estabelece um rigoroso conjunto de diretrizes para revisões sistemáticas. Foram incluídos estudos que compararam a dor pós-operatória entre as duas técnicas cirúrgicas. A dor foi mensurada utilizando escalas como a Escala Visual Analógica, a Numeric Rating Scale e o Inguinal Pain Questionnaire. Resultados: Os dados indicam que os pacientes submetidos à técnica TAPP experimentaram, em geral, menor dor pós-operatória em comparação com aqueles que passaram pela técnica de Lichtenstein. Além disso, a incidência de complicações como seroma, hematoma e infecções de sítio cirúrgico foi menor entre os pacientes tratados com TAPP. No entanto, as diferenças observadas entre as duas técnicas não foram estatisticamente significativas, sugerindo que são necessários mais estudos para confirmar essas conclusões. Os resultados também destacam a importância de considerar as características individuais dos pacientes ao escolher a técnica cirúrgica, como idade, histórico médico e preferências pessoais. Conclusão: Embora a técnica TAPP tenha demonstrado alguns benefícios, como menor dor pós-operatória e menor risco de complicações, a escolha entre as duas técnicas deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa das necessidades e preferências do paciente. O estudo recomenda a realização de pesquisas adicionais para avaliar os desfechos a longo prazo e entender melhor o impacto das diferentes técnicas na qualidade de vida dos pacientes com hérnia inguinal. Uma maior padronização nas análises futuras pode ajudar a obter resultados mais consistentes e confiáveis.