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Título: Incidência de casos de leptospirose na região nordeste entre os anos de 2017 e 2022
Autor(es): LIMA NETO, Plácido Natanael de
DANTAS, Lianna Gabriella Gonçalves
Palavras-chave: Leptospirose; Incidência; Nordeste; Pandemia pelo COVID-19
Nordeste
Incidência
Pandemia pelo COVID-19
Data do documento: 2023
Resumo: Leptospirose é uma zoonose que assola principalmente países subdesenvolvidos e de climas tropical úmido e equatorial, cujo risco associa falta de saneamento básico, proliferação de ratos e inundações ou alagamentos. A doença afeta o Brasil de maneira desigual, sendo a principal concentração de casos no Sul e no Sudeste, porém também afetando o Nordeste em proporções também bastante significativas. Trata-se de uma patologia negligenciada nacionalmente, cuja difícil resolução vem de um erro sanitário e governamental.OBJETIVOS: Descrever qual a tendência temporal dos casos de leptospirose na região Nordeste do Brasil, relatando sua incidência e comparando os resultados colhidos no período prévio e simultâneo à pandemia por COVID-19. METOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, observacional, com dados agregados e secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2017 até 2022, e foram analisadas as variáveis: sexo,raça, faixa etária, escolaridade, critério de confirmação do diagnóstico e evolução clínica. Os dados foram representados em números absolutos e relativos. Calculou-se o coeficiente de incidência por ano e em cada estado (casos a cada milhão de habitantes). RESULTADOS: no período de 2017 até 2020, foram notificados 2.573 casos de leptospirose em todo o Nordeste.Pernambuco foi uma região que concentrou, isoladamente, 45,2% dos casos. As distribuições pelas variáveis, antes e durante a pandemia, demonstraram o seguinte perfil epidemiológico: homens (81,5% antes e 79,3% durante), pardos (79,8% antes e 83,4% durante), entre 20 e 39 anos (51,1% antes e 48,6% durante) e Ensino Fundamental incompleto e/ou completo (67,9% antes e 59,1% durante). O método diagnóstico predominante foi o clínico-laboratorial (71,6% antes e 68,6% durante) e a evolução clínica predominante foi a cura (83,3% antes e 82,5% durante). A ocorrência da patologia diminuiu em 2020, porém esse número volta a aumentar como antes com o passar dos anos, até mesmo superando os valores iniciais. DISCUSSÃO: O perfil epidemiológico da leptospirose nos estados do Nordeste está de acordo com o observado em outras localidades do país. Homens com idade economicamente ativa, principalmente trabalhadores em atividades de risco, são mais suscetíveis a se contaminar. Não obstante, pessoas de nível de escolaridade baixa e indivíduos autodeclarados pardos correspondem, respectivamente, à parcela da população brasileira tipicamente em situação de necessidade e ao perfil racial-étnico predominante no Nordeste. A pandemia foi uma época que limitou a circulação de pessoas nas ruas devido ao isolamento social, mas o aumento subsequente demonstra inércia por parte do governo em combater a doença, em proteger a população carente e negligenciada. As dificuldades decorrentes da própria pandemia também devem ser levadas em conta, pois a realidade é passível de mascaramento, a exemplo de subnotificações ou até notificações equivocadas. CONCLUSÃO: A incidência de leptospirose durante a pandemia se elevou a números ainda mais altos que os relativos ao contexto anterior a ela. A pandemia foi responsável por intensificar a negligência pelos quadros contagiosos e infecciosos, sendo preciso haver mais análises e um cuidado maior subsequente.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8251
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