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Title: Prevalência de Disfagia em Pacientes com Encefalopatia Crônica não Progressiva e o risco de Pneumonia de Repetição devido à Estase Salivar em um ambulatório de neuropediatria em Salvador
Authors: SILVA, Catharina Martins Claudino da
Keywords: Disfagia
Paralisia Cerebral
Estase Salivar
Deglutição
Neuropediatria
Issue Date: 2020
Abstract: Introdução: A encefalopatia crônica não progressiva, também chamada de paralisia cerebral (PC), pode ser definida como um grupo de distúrbios permanentes da motricidade e da postura, atribuídos a danos não progressivos que ocorreram no desenvolvimento cerebral fetal ou imaturo.1,2Dentre os diversos prejuízos à saúde a serem apresentados pelos pacientes com PC, a disfagia orofaríngea surge como uma das mais perigosas, associada a graves consequências como a desnutrição, prejuízo do crescimento dos indivíduos, pneumonia por aspiração e até mesmo morte. (2–4) A partir desse fato, é possível perceber como a disfagia pode impactar na qualidade de vida desses indivíduos, desde a perda do desenvolvimento das relações sociais, podendo estimular isolamento social e depressão- até o risco de uso de oxigênio suplementar secundário à pneumonia por aspiração.6Objetivo: O objetivo principal desse projeto é descrever a prevalência de disfagia em crianças com paralisia cerebral de um ambulatório de neuropediatria de um Hospital Pediátrico em Salvador. Apresenta, ainda, como objetivos secundários descrever a prevalência de estase salivar e a prevalência de pneumonia por repetição. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com dados do período de março de 2019- março de 2020, por meio de revisão de prontuário dos pacientes atendidos no ambulatório de neuropediatria de uma unidade de referência do Sistema Único de Saúde (SUS). O local do estudo é parte da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), o qual atende pacientes pediátricos de 0-15 anos oriundos das Unidades Básicas de Saúde. Depois de selecionados, os pacientes foram categorizados a partir de sexo, idade, presença de sinais clínicos de disfagia, histórico prévio de pneumonia por aspiração e tipo de anormalidade de tônus muscular. As informações dos prontuários foram analisadas descritivamente, expressas a partir do percentual (%) de prevalência das variáveis e tabulados em planilha eletrônica do software SPSS ®️. Resultados: No período de março 2019 -março de 2020, foram acompanhados no ambulatório da neuropediatria 79 pacientes com paralisia cerebral, com 66 prontuários com informações suficientes para serem inclusos no projeto. Contudo, algumas variáveis não foram totalmente explicitadas nos prontuários, sendo citadas nas tabelas como “Não informa”. A avaliação de variável numérica foi limitada à idade. De acordo com a referida tabela, as crianças variaram numa faixa de 2-17 anos, sendo a idade mais frequente registrada a de 3 anos e a média das idades de 7,45 anos. Conclusão: A prevalência de disfagia em crianças com paralisia cerebral de um ambulatório de neuropediatria de um Hospital Pediátrico em Salvador é de 36,4 %, sendo que em 22,7% do total de pacientes não foram colhidas informações a respeito de hábitos alimentares e dificuldades de deglutição. Os pacientes também demonstraram uma prevalência de história de pneumonia por repetição de 9,1%. O estudo demonstra a importância de incluir a avaliação de disfagia no atendimento de rotina de pacientes com paralisia cerebral, pois ao banalizar os sinais e sintomas dessa comorbidades, os profissionais de saúde podem impedir melhoras na qualidade de vida dos pacientes e atrasar seu desenvolvimento. A coleta de informações a respeito da estase salivar foi comprometida pelo não relato nos dados clínicos dos pacientes e uso de medicações, sendo também melhor diagnosticada a partir da visualização anatômica proporcionada pela videoendoscopia ou videofluoroscopia da deglutição.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8218
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