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Título: Comparação prognóstica das diretrizes de função diastólica do ventrículo esquerdo de 2009 e 2016 em pacientes com síndrome coronariana aguda - 2021
Autor(es): BRITO, Carolina Aslan Ribeiro
Palavras-chave: Síndrome Coronariana Aguda
Ecocardiografia
Disfunção Diastólica
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: A doença cardiovascular é a principal causa de morte no Brasil e no mundo. No contexto da disfunção diastólica, a ecocardiografia configura-se como o melhor método diagnóstico não invasivo. Entretanto, é escassa na literatura a comparação das duas principais diretrizes no contexto da síndrome coronariana aguda (American Society of Echocardiography e European Association of Echocardiography de 2009 e de 2016). Objetivo: Comparar o valor prognóstico das diretrizes de função diastólica do ventrículo esquerdo da American Society of Echocardiography e da European Association of Echocardiography (ASE/EAE) de 2009 com a de 2016 em pacientes com síndrome coronariana aguda. Métodos: Trata-se de um subanálise de um estudo observacional do tipo coorte prospectivo. Foi utilizado o banco de dados da pesquisa mãe, constituída por 109 pacientes admitidos no pronto socorro do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, de novembro de 2012 a fevereiro de 2017, com diagnóstico clínico de Síndrome Coronariana Aguda sem Supradesnivelamento do segmento ST, incluindo aqueles com Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnivelamento do Segmento ST e Angina Instável de moderado ou alto risco pelo escore GRACE. Utilizamos o método não paramétrico proposto por Spearman para avaliar a correlação entre as categorias de função diastólica de acordo com a diretriz utilizada. O modelo de Cox e o teste de Log rank com as curvas Kaplan-Meier foi utilizado para comparar o valor prognóstico da categorização dos pacientes de acordo com a diretriz utilizada. Os resultados foram expressos como hazard ratio (HR) com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: O grupo final contou com 109 pacientes. A idade média foi de 63 anos ± 11, uma maioria de pacientes masculinos (73,4%) e a cor predominante dos pacientes era branca (60,4%). Dentre os principais fatores de risco, os mais frequentes para Doença Arterial Coronariana (DAC) foi a dislipidemia (78%), seguido de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (77,1%) e sedentarismo (65,9%). O estudo identificou uma média de fração de ejeção limítrofe, uma relação E/E’ elevada e o volume diastólico e sistólico do VE apresentaram médias acima da normalidade. A alteração eletrocardiográfica mais comum na admissão foi inversão de onda T (45%). O diagnóstico clínico mais comum da população estudada foi de infarto agudo do miocárdio (IAM) sem supradesnivelamento do segmento ST (74%). As categorias em que houve uma maior não concordância entre as diretrizes foram disfunção diastólica grau II e função normal. A correlação entre os diagnósticos de disfunção diastólica quando comparado a utilização das diretrizes de 2009 e 2016 foi fraca (R = 0,56 pelo método de Spearman; p< 0,001). Pelas curvas de Kaplan-Meier, dividindo os grupos em com ou sem elevação da pressão do AE (Figura 4), a distinção entre a evolução dos dois grupos é significativa quando realizada pela diretriz de 2016 (Log Rank = 8,17; p = 0,04). Conclusão: A atual diretriz para avaliação da disfunção diastólica do ventrículo esquerdo de 2016 demonstrou um maior valor prognóstico – desfecho combinado de mortalidade geral ou nova insuficiência cardíaca em um ano - quando comparada a diretriz de 2009 em pacientes com síndrome coronariana aguda.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8206
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