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Título: Associação entre cronotipo e qualidade de vida em idosos durante isolamento social da pandemia de covid-19
Autor(es): NEIVA, Giovana Ribeiro
Palavras-chave: Coronavírus
Idosos
Sono
Cronotipos
Qualidade de vida
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: O relógio biológico regula aspetos essenciais da biologia, especialmente o ciclo sono-vigília. Diferentes cronotipo podem determinar padrões do sono específicos e afetar aspetos da fisiologia, assim como, da qualidade de vida, especialmente em idosos durante o isolamento social da COVID-19. Objetivo: Avaliar a associação entre cronotipo e qualidade de vida em idosos durante isolamento social da pandemia de COVID-19. Métodos: Trata-se de estudo do tipo corte transversal, incluindo idosos não institucionalizados do Brasil, por amostragem não probabilística do tipo sequencial. A coleta de dados foi online, realizada de março de 2021 a maio de 2021. Foram inseridos idosos robustos, ou seja, com capacidade de gerenciar a vida de forma autônoma e sem incapacidade funcional ou condição crônica de saúde associada a maior vulnerabilidade, de ambos os sexos e idade ≥ 65 anos, com capacidade de interação via telefone ou computador, acesso à internet ou ao telefone para responder aos questionários e que foram submetidos ao distanciamento social durante pandemia. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico, Matutinidade-Vespertinidade, WHOQOL–bref e WHOQOL–old. Resultados: Foram 101 participantes, 77,2% do sexo feminino. Predominância de caucasianos (51,5%), casados (51,5%) e 71,3% possuíam, pelo menos, ensino médio completo. Em relação ao COVID-19, 14 (13,9%) testaram positivo. Quando analisada a idade face ao diagnóstico positivo vs negativo para COVID-19, encontramos 70,7 ± 4,2 vs 75,4 ± 7,1 anos; p=0,002, respectivamente. Ao analisar questionário Matutinidade-Vespertinidade: 40 (39,6%) individuos eram definitivamente matutino, 39 (38,6%) matutino moderado e 22 (21,8%) intermediários. A média geral deste questionário para os que não testaram positivo para COVID-19 vs os que tiveram a doença foi 66,9 ± 9,3 vs 60,4 ± 8,9; p=0,020. Dentre os que tiveram COVID-19, observamos porcentagem maior de intermediários em relação a matutinos moderado e definitivamente matutinos (27,3% vs 15,4% vs 5%), respectivamente. Os idosos apresentaram média geral do WHOQOL-bref de 18,8 (± 2,9) e do WHOQOL-old de 69,2 (± 12,0), a partir da avalição subjetiva da qualidade de vida geral. Não houve associações estatisticamente significativas entre questionários de qualidade de vida em relação aos escores de cronotipo e as variáveis sociodemográficas. Conclusão: Os resultados do estudo mostraram que idosos com idade ≥ 65 anos com cronotipos intermediários tiveram maior frequência de positividade para COVID-19 em relação matutinos moderado e definitivamente matutinos. No entanto, não foi demonstrado impacto do cronotipo na qualidade de vida durante o período de isolamento social. Estudos futuros poderiam esclarecer quais mecanismos associados ao cronotipo poderiam funcionar como potenciais fatores protetores.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8203
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