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Title: Características clínicas e evolução de pacientes com suspeita de Covid-19 dados de um registro multicêntrico – Recovid-Ba
Authors: CUNHA, Claudio Lucas Silva
Keywords: COVID-19
Pandemia
Manifestações Clínicas
Evolução Clínica
Prognóstico
Issue Date: 2021
Abstract: Introdução: Descoberta em dezembro de 2019, a COVID-19 tem repercutido globalmente. Contudo, apesar do grande espectro clínico de apresentação e curso da doença, os estudos são provenientes principalmente de China e Estados Unidos, carecendo de dados nacionais e locais que contemplem eventuais variações da COVID19. Objetivos: Descrever e comparar as características clínicas e a evolução dos pacientes com confirmação ou suspeita não confirmada de COVID-19 em hospitais terciários da Bahia, Brasil. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo no modelo de um registro multicêntrico. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos atendidos em centros terciários de atenção à saúde da Bahia, Brasil, em 2020. Foi feita a coleta via prontuário eletrônico e comparadas variáveis acerca de dados demográficos e clínicos. As variáveis categóricas foram apresentadas como proporção e as variáveis contínuas foram apresentadas como média e desvio padrão (dados paramétricos) ou mediana e amplitudeinterquartil (dados não paramétricos). Para os testes estatísticos, as variáveis categóricas foram comparadas pelo teste de qui-quadrado, as contínuas pelo teste t de student (paramétricas) ou Mann-Whitney (não paramétricas). Um valor de p < 0,05 foi aceito como padrão de significância estatística. Resultados: Na amostra de 1216 pacientes com suspeita de COVID-19, 815 (67,0%) confirmaram o diagnóstico. Comparado ao grupo COVID-19 (-), o COVID-19 (+) apresentou mais frequentemente anosmia/hiposmia (20,6% versus 5,2%; p < 0,001), disgeusia (3,9% versus 1,0%; p = 0,016) e síndrome respiratória aguda (73,1% versus 52,4%; p < 0,001). A prevalência de obesos no grupo COVID-19 (+) foi significantemente maior (9,0% versus 3,7%; p = 0,003). Uso de BRA/IECA não demonstrou diferença significante entre os grupos. Na TC de tórax, se comparados ao grupo COVID-19 (-), os pacientes COVID-19 (+) apresentaram, de forma mais prevalente, opacidades em vidro fosco (41,7% versus 24,7%; p < 0,001), acometimento pulmonar bilateral (47,0% versus 27,9%; p < 0,001), achados sugestivos de infecção viral à análise do radiologista (49,3% versus 17,0%; p < 0,001) e tanto comprometimento pulmonar de 26% a 50% (19,5% versus 6,7%; p < 0,001) quanto de 51% a 75% (9,1% versus 1,0%; p < 0,001). Os pacientes COVID-19 (+) mais frequentemente necessitaram de oxigênio suplementar (28,2% versus 18,7%; p < 0,001) e realização de diálise (5,2% versus 1,0%; p = 0,005). Não houve, contudo, diferença estatisticamente significante no que tange à taxa de internamentos e encaminhamentos à UTI, à evolução com tromboembolismo venoso, infarto agudo do miocárdio ou parada cardíaca e nas taxas de letalidade entre COVID-19 (+) e COVID-19 (-). Conclusões: Anosmia/hiposmia, disgeusia, astenia e síndrome respiratória aguda sugerem maior probabilidade de confirmação da COVID-19, frente a um paciente com suspeita na emergência, sendo obesidade outro fator a reforçar o risco de haver a doença. A TC de tórax dos confirmados para a infecção apresentou, tipicamente, opacidades em vidro fosco, com comprometimento pulmonar bilateral e de 26%-75%, enquanto consolidação isolada sugeriu diagnóstico alternativo. No intra-hospitalar, os pacientes com confirmação diagnóstica foram mais frequentemente candidatos à necessidade de suplementação de oxigênio e diálise, apesar de não ter havido diferença significante de mortalidade, se comparados aos que não confirmaram a COVID-19.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8145
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