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Título: Associação entre enurese e sintomas do trato urinário inferior uma relação pouco conhecida
Autor(es): CASTRO, Ana Flávia Barbosa de
Palavras-chave: Enurese
Sintomas do Trato Urinário Inferior
DTUI
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: A enurese é uma das queixas mais comuns na urologia pediátrica. Na enurese não monossintomática (ENM), a disfunção do trato urinário inferior (DTUI) necessita de investigação detalhada, já que o controle de sintomas diurnos é crucial para tratar a enurese. Embora seja importante descrever os sintomas do trato urinário inferior (STUI) na ENM, a relação entre sintomas diurnos e noturnos é mal compreendida. Objetivo: Este estudo busca estimar a prevalência e o impacto dos STUI na enurese e caracterizar fatores determinantes dessa condição. Métodos: Estudo observacional com análise de dados secundários de estudo populacional em praças públicas de 2 cidades brasileiras entre 10/2016 e 04/2017. Foram incluídos indivíduos de 5-14 anos que responderam sim para presença de enurese. Na avaliação dos STUI, foi utilizado Dysfunctional Voiding Scoring System (DVSS). De acordo com a presença ou não de STUI, a amostra foi dividida nos grupos enurese monossintomática (EM) e não monossintomática (ENM). Pacientes com ao menos 1 sintoma de acordo com o DVSS foram considerados com ENM. O grupo ENM foi dividido em Bexiga Hiperativa (BH), Postergador Miccional (PM) e Outros (O). Resultados: Foram incluídos 84 participantes, com idade mediana de 7,00 (IIQ 6,00-10,00) e 47 (56,0%) participantes do sexo masculino, não havendo diferença entre os grupos EM e ENM. Não foi encontrada diferença entre estes grupos em relação à presença de constipação (p = 0,369) e se a enurese era primária ou secundária (p = 0,148). 71,4% apresentaram ENM. Os sintomas diurnos incluíram manobras de contenção (71,7%), urgência (68,3%), incontinência (26,7%), frequência urinária aumentada (10%), esforço miccional (1,7%) e disúria (1,7%). A frequência de enurese teve associação com manobras de contenção (p = 0,029) e urgência (p = 0,045). A chance de uma criança com urgência ter mais de 3 noites molhadas foi 5,6 vezes em comparação com crianças sem urgência. De acordo com o tipo de DTUI, BH esteve presente em 63,3%, PM em 13,3% e O em 23,3%. A ENM primária estava associada com BH e a ENM secundária teve mais PM e O. Houve associação entre a gravidade da enurese e o tipo de DTUI (p = 0,002), com maior prevalência de pacientes BH na frequência > 3 vezes por semana. Nenhum PM teve enurese > 3 vezes por semana. Conclusão: Este é o primeiro estudo a avaliar a relação entre enurese e subtipos de DTUI e entre a gravidade da enurese e sintomas diurnos. Urgência e manobras de contenção se associam à frequência de enurese. A chance de uma criança com urgência ter mais de 3 noites molhadas é 5,6 vezes em comparação com crianças sem urgência. O tipo de DTUI teve associação com o tipo e frequência de enurese. Nenhum PM teve enurese > 3x por semana. A maioria dos pacientes enuréticos não monossintomáticos tem BH.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8140
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