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Título : Perfil epidemiológico da violência contra a mulher em Salvador, Bahia. 2015-2019
Autor : BARATA, Catherine Coimbra
Palabras clave : Violência Contra a Mulher
Violência Sexual
Pesquisa sobre Serviços de Saúde
Fecha de publicación : 2019
Resumen : Introdução: A violência contra a mulher consiste em qualquer ato violento que tenha como base o gênero e seja capaz de gerar dano físico, sexual ou psicológico às mulheres, incluindo ameaça desses atos, a coerção ou privação da liberdade, seja na vida pública ou na privada. É uma prática indiscriminada, que ocorre sobretudo no âmbito familiar, sendo a sua invisibilidade sustentada pela ocorrência no espaço privado. No Brasil, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), para cada 10 mulheres brasileiras, quase 3 sofrem violência, sendo o autor conhecido em 76,4% dos casos. Objetivos: Caracterizar o perfil epidemiológico da violência sofrida por mulheres em Salvador, Bahia, no período de 2015 a 2019. Métodos: Tratase de um estudo descritivo realizado com a população do sexo feminino residente na capital do estado da Bahia assistida e notificada nas unidades de saúde. Os dados foram coletados no sistema de notificação de saúde TABNET. As análises foram realizadas no pacote estatístico Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 21.0 para Windows e apresentados sob a forma de Tabelas e Gráficos. Resultados: Em Salvador, entre 2015 e 2019, foram notificados 9.391 casos de violência contra a mulher, com maior frequência em 2019, com 2.750 (29,28%) registros. O Distrito Sanitário de Cabula/Beiru notificou o maior número de casos, 1.524 (16,72%), em contraste com Cajazeiras, com apenas 284 (3,11%) registros. A faixa etária dos 19-39 anos representou a maior frequência, com 6.946 (73,96%) casos. O ensino médio foi o nível de escolaridade mais frequente, com 1.328 (49,98%) registros. A principal ocupação notificada foi ‘’serviços gerais’’, 437 (31,12%), seguida por dona de casa 275 (19,58%) e estudante 245 (17,45%). A categoria pretas e pardas representou a mais frequente, com 3.508 (89,03%) notificações. A situação conjugal predominante foi solteira, 2.088 (55,69%). A principal motivação da violência foi atribuída à categoria ‘’outros’’ 1.095 (30,77%), seguida por sexismo 983 (27,62%). A natureza da violência predominante foi a física 8.124 (86,50%), sendo o principal meio utilizado na violência o espancamento, com 5.945 (73,17%) casos. Em relação ao autor do sexo, o masculino foi o mais frequente, com 3.569 (83,09%) registros. Conclusão: A violência contra a mulher em Salvador é uma questão social e de saúde pública que atinge principalmente mulheres jovens, negras, de baixa escolaridade e que ocupam cargos pouco remunerados. A principal forma de violência é física, seguida por psicológica, sendo motivada, na maioria das vezes, por sexismo e situação de rua. É necessário haver transversalidade das diversas políticas envolvidas e conscientização social em prol do combate a esse problema.
URI : https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8126
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