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Título: Escore prognóstico adhere na insuficiência cardíaca do extremo idoso: qual a sua performance?
Autor(es): MEDEIROS, Douglas de Lima
Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca
Idoso de 80 anos ou mais
Escore ADHERE
Data do documento: 2024
Resumo: Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma das principais causas de internação dentre as doenças cardiovasculares. Diante disso, são utilizados no cenário intra-hospitalar escores prognósticos reconhecidos na população geral de IC, como o Modelo de Registro Nacional de Insuficiência Cardíaca Descompensada Aguda (ADHERE) que obteve o melhor desempenho em taxa de mortalidade prevista. Por outro lado, tais escores não foram devidamente validados na população de extremo idosos. Objetivo: Avaliar a performance do Escore ADHERE na IC descompensada do extremo idoso. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva no modelo de registro unicêntrico realizado através dos dados obtidos em prontuário eletrônico no período de janeiro de 2019 a junho de 2023 em instituição privada. Foram incluídos os pacientes com ≥ 80 anos admitidos por IC descompensada. Os pacientes foram submetidos a estratificação de risco para mortalidade intra-hospitalar segundo o registro ADHERE que inclui os grupos de baixo risco, risco intermediário 3, risco intermediário 2, risco intermediário 1 e alto risco e utilizase como preditores os valores de ureia nitrogenada plasmática (BUN), pressão arterial sistólica, e creatinina sérica. Os dados foram analisados através da estatística descritiva e comparados com testes específicos. Como medida de associação, foi utilizado o Odds Ratio (OR) para avaliar o valor preditivo do Escore ADHERE entre os grupos de risco. A acurácia do modelo ADHERE foi estimada pela construção da Curva ROC e avaliação da área sob a curva. Foram utilizados intervalos de confiança de 95% e um valor de p < 0,05 foi aceito como padrão de significância estatística. Resultados: Foram incluídos 262 pacientes extremo idosos internados por IC descompensada. Ao longo da internação, notou-se a mortalidade de 8,7% dos pacientes dispostos no grupo de baixo risco, 5,3% no de risco intermediário 3, 13% no de risco intermediário 2, 33,3% no de risco intermediário 1 e 50% dos pacientes na faixa de alto risco com valor de p = 0,014 na associação linear por linear. A razão de chances de mortalidade entre pacientes identificados como de alto e baixo risco foi de 7,33 (95% IC: 0,87 – 62,2) com p = 0,068, sendo o valor da sua área sob a Curva ROC na população do estudo de 0,570 (95% IC: 0,443 – 0,696) com p = 0,244. Ademais, identificou-se que o grupo desfecho apresentou idade mais avançada (89,4 ± 5,2 anos vs. 87,3 ± 4,9 anos; p = 0,039), maior histórico de doença pulmonar obstrutiva crônica (26,9% vs. 12,7%; p = 0,048), doença arterial coronariana (65,4% vs. 43,6%; p = 0,035), infarto prévio (26,9% vs. 11,6%; p = 0,027), acidente vascular encefálico hemorrágico (3,8% vs. 0,0%; p = 0,003), menor taxa de fibrilação atrial (15,4% vs. 42,8%; p = 0,007) e maiores valores de BUN (41,4 ± 26,0 mg/dl vs. 27,8 ± 14,0 mg/dl; p = 0,001) e de NTproBNP (18.106,0 [IIQ 8.033,3 – 21.492,3] pg/ml vs. 7.906,2 [IIQ 2.226,0 – 9.050,3] pg/ml; p = 0,011). Conclusão: O Escore ADHERE não foi capaz de discernir prognóstico de mortalidade intra-hospitalar adequadamente em uma coorte de extremo idosos internados por IC descompensada.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8040
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