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Título : Fatores prognósticos de pacientes com HAM/TSP em um centro de referência em Salvador- Bahia. 2002-2022.
Autor : TAVARES, Luiz Arthur Alcântara
Palabras clave : HAM/TSP
Mielopatia associada ao HTLV-1;
progressão
Fecha de publicación : 2024
Resumen : Introdução: O vírus linfotrópico humano tipo 1 (HTLV-1) foi o primeiro retrovírus oncogênico humano a ser identificado, em 1981. A maioria dos portadores do HTLV-1 permanecem assintomáticos durante toda a vida. Entretanto, aproximadamente 1% desenvolve a mielopatia associada ao HTLV-1/ paraparesia espástica tropical (HAM/TSP. A progressão da HAM/TSP varia, de modo que é possível classificar os portadores da doença como, rápidos, lentos e não progressores. Os fatores que influenciam na progressão dessa doença não são bem definidos. Entretanto, é sabido que a idade de início dos sintomas, bem como o sintoma inicial, concentração de marcadores inflamatórios, lesão medular, escalas de IPEC e Osame e tempo para início do tratamento tem relação com o prognóstico do paciente. Objetivos: Caracterizar a progressão da disfunção motora em pacientes portadores de HAM/TSP. Métodos: Trata-se de um estudo analítico longitudinal com braço único de indivíduos com diagnóstico de infecção pelo HTLV-1, a partir de dados do prontuário eletrônico no sistema SMART de pacientes acompanhados no CHTLV da EBMSP com HAM/TSP definida. Resultados: Tem-se um predomínio de mulheres, alcançando 78,7% dos indivíduos. Em média, a idade do diagnóstico foi de 49,6 anos (DP de 12,5), variando de 15 a 70 anos, com mediana de 52 anos. O tempo médio entre o início dos sintomas apresentados pelos pacientes e o diagnóstico de HAM/TSP foi de 5,3 anos (DP de 5,0 anos). Dentre os 48 sintomas pesquisados nos prontuários, os mais frequentes foram: hiperreflexia em MMII (93,6%); sinal de Babisnki (89,4%) e ainda a dificuldade de deambular (85,1%). A presença de sintomas urinários também foi significativa com destaque para urgência miccional (55,3%) e incontinência urinária (51,1%). Dos 47 avaliados, apenas 2 pacientes entram na classificação de rápidos progressores, pois em apenas um ano de diagnostico evoluíram para a cadeira de rodas (perda da capacidade de deambular). Conclusão: O estudo concluiu que os indivíduos portadores de HAM/TSP são em sua maioria mulheres negras, sendo os sintomas mais prevalentes aqueles de liberação piramidal, esfincterianos e sensitivos dos MMII. Existe ainda um grande atraso no diagnóstico desses pacientes. Entretanto, o estudo apresenta algumas limitações. A principal delas diz respeito a perda de dados e a falta de um fluxo regular de atendimentos e registro de consultas, o que impediu a avaliação da maioria dos casos quanto a presença do status da progressão da mielopatia. Além disso, o diminuto número de casos classificados como rápido progressores impediu a realização de qualquer análise complementar.
URI : https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8037
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