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Título: Análise epidemiológica dos casos de sifilis em gestantes, no estado da Bahia, no período de 2007 a 2022
Autor(es): SILVA, Catarina Cavalcanti da
Palavras-chave: Sífilis
Gestantes
Perfil Epidemiológico
Estudo Ecológico
SINAN
Data do documento: 2024
Resumo: Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível de caráter sistêmico e curável. Quando não tratada, pode evoluir para estágios de gravidade variada e a sífilis em gestantes pode afetar no curso da gestação, provocando abortos e natimortos, principalmente no primeiro trimestre. Por conseguinte, apesar de ser oferecido como assistência os exames laboratoriais para a detecção de sífilis durante o pré-natal, ainda sim é notório como essa doença apresenta um aumento expressivo de casos ao longo dos anos. Objetivo: Analisar os indicadores epidemiológicos dos casos notificados de sífilis em gestantes no estado da Bahia entre os anos de 2007 e 2022. Metodologia: O projeto em questão se trata de um estudo ecológico de série temporal, a partir de dados secundários do Sistema Único de Saúde. A amostra desse estudo é composta por todos os casos de sífilis em gestantes ocorrido na população residente no estado da Bahia no período definido para o estudo e as variáveis estudadas incluem faixa etária, raça/cor, classificação clínica, período, macrorregiões de Saúde e os testes treponêmicos e não treponêmicos. Resultados: No período estudado foram notificados 33.146 de casos notificados de sífilis em gestantes, com tendência temporal crescente. Observou-se que a maioria dos casos eram compostos por gestantes entre 20 e 39 anos, compondo 74,12% dos casos notificados e por mulheres pardas, que correspondiam à 61,10% do número da amostra. Apesar da taxa de gestantes entre 10 e 14 anos serem 0,13% do total de casos, analisamos que a tendência da incidência dessa faixa etária possui um aumento constante, com um pico no ano de 2020 de 35,71 de casos por 1.000 habitantes. Ademais, a região leste da Bahia apresentou o maior número de casos do estado, bem como a maior incidência, e em seguida destaca-se também as regiões sul e centro-oeste. Quanto à classificação clínica, observa-se 36,79% dos casos teve essa informação ignorada, em seguida 25,88% dos casos correspondem à sífilis primária, 20,60% à sífilis latente, 11,23%à sífilis terciária e 5,47% à sífilis secundária. Com relação aos testes, temos que 72,87% dos casos foram reativos ao teste treponêmico, 15,01% não foram realizados, 8,62% foram ignorados e 3,48% não foram reativos; quanto ao teste não treponêmico, 71,12% dos casos foram reativos, 14,94% não foram realizados, 9,45% foram ignorados e 4,47% não foram reativos. Conclusão: O número de notificações de casos de sífilis em gestantes no estado da Bahia entre os anos de 2007 e 2022 tem aumentado linearmente. Observa-se também a falta de preenchimento das classificações clínicas quanto ao estágio da doença nas gestantes. Por fim, tal contexto evidencia uma fragilidade no âmbito da saúde pública e social, demonstrando a necessidade de investimento projetos públicos, a fim de ampliar os meios detecção e tratamento para sífilis nas gestantes.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8028
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