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Título: Estudo epidemiológico dos indivíduos com sarampo no estado
Autor(es): VILAS BOAS, Amanda Silva
Palavras-chave: Sarampo
Vacina tríplice viral
Bahia
Epidemiologia
Data do documento: 2021
Resumo: Introdução: Sarampo é uma doença exantemática contagiosa, uma das principais causas de mortalidade infantil. A vacina é utilizada como estratégia de prevenção em vários países, possibilitando alcançar a eliminação da circulação endêmica do vírus. No entanto, casos de sarampo voltaram a ocorrer na Bahia, no Brasil e no mundo. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos indivíduos acometidos pelo Sarampo no estado da Bahia no período de 2006 a 2019. Metodologia: Estudo observacional descritivo, com dados secundários de casos notificados e cobertura vacinal com tríplice viral na Bahia, entre 2006 a 2019, fornecidos pela DIVEP/SESAB do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis foram: casos por ano, sexo, zona, raça/cor, escolaridade, faixa, idade gestacional em gestantes, fonte provável de infecção, sinais e sintomas, 1° e 2° sorologias IgM e IgG e re-teste, isolamento viral segundo amostra clínica coletada, classificação final, classificação final de casos descartados, critério de confirmação, evolução, vacinação contra sarampo e rubéola dupla ou tríplice viral, cobertura vacinal em menores de cinco anos com a vacina tríplice viral e conforme a dose D1 e D2. Os dados sobre a cobertura vacinal com a tríplice viral foram do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI). O projeto aprovado pelo CEP da EBMSP através do parecer no. 4.314.429 de 1/10/2020. Resultados: Na Bahia, no período de 2006 a 2019, foram notificados 5.399 casos suspeitos de Sarampo. Maior frequência ocorreu em indivíduos do sexo feminino (50,6%), pardos (52,9%), residentes da zona rural urbana (73,1%), pré-escolares ou estudantes do ensino fundamental (9,3%) e na faixa etária de um a nove anos (72,7%) A principal fonte provável de infecção foi em domicílio e vizinhança (7,3%). Sintomatologia mais referida foi tosse (62,9%), coriza (57,5%) e conjuntivite (31%). Dos casos, 1,3% foram confirmados, principalmente pelo critério laboratorial (81,3%). Em relação ao desfecho, a maioria dos casos evoluiu com cura (53,3%). Os anos com maiores coeficientes de incidência foi 2007 e 2019, apresentando tendência de aumento a partir de 2016. A cobertura vacinal apresentou tendência de declínio (B = -3,297) estatisticamente significante (valor de p= 0,0), mais acentuada entre 2015 e 2019, com valores abaixo de 90%. A maior diferença entre a primeira e segunda dose da vacina tríplice viral foi no ano de 2013 (40,69%). A análise de correlação entre o coeficiente de incidência do sarampo demonstrou fraca correlação entre as variáveis (R2 = 0,187) sem significância estatística (valor de p = 0,523). Conclusão: O perfil epidemiológico dos casos de Sarampo na Bahia, no período de 2006 a 2019, constitui-se de indivíduos do sexo feminino, pardos, residentes da zona urbana e faixa etária de um a nove anos. Houve tendência de aumento da incidência e cobertura vacinal insuficiente com tendência de declínio, sobretudo no período entre 2015 e 2019. A despeito da fraca correlação entre o coeficiente de incidência e a cobertura vacinal, a linha de tendência das variáveis demonstram uma relação inversamente proporcional, o que aponta à necessidade de mais estudos a longo prazo para determinar tal correlação.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8026
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