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Título: Uso de anti-inflamatórios não esteroides e o risco de infarto agudo do miocárdio: uma revisão sistemática
Autor(es): SANTANA, Leonardo Lima
Palavras-chave: Anti-Inflamatórios
Não Esteroides
Infarto Agudo do Miocárdio
Risco Cardiovascular
Ciclooxigenase
Revisão Sistemática
Data do documento: 2024
Resumo: Introdução: Os AINEs são uma classe de medicamentos que tem sido amplamente utilizada ao longo das décadas, tanto por prescrição médica quanto como medicamentos de venda livre para aliviar a dor e a inflamação em diversas condições clínicas, figuram entre os medicamentos de venda livre mais populares em todo o mundo, constituindo 5% de todos os medicamentos prescritos. Agem inibindo a enzima ciclooxigenase (COX), reduzindo assim a produção de prostaglandinas, que são mediadores inflamatórios. Contudo, o uso prolongado ou em doses elevadas apresenta riscos gastrointestinais, renais e, de acordo com estudos recentes, é sugerido que certos AINEs podem aumentar o risco cardiovascular, incluindo o risco de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Objetivos: Analisar o uso de AINEs associado ao risco de IAM e identificar AINEs específicos que apresentam maior associação com o risco de IAM. Metodologia: Foram incluídos cinco artigos nesse presente estudo, após busca ampla com descritores, critérios de inclusão e exclusão, bem como uso do CONSORT e do STROBE para avaliação da qualidade dos estudos. Resultados: Os ensaios clínicos randomizados mostraram que, quando comparado ao uso de placebo, a utilização de AINEs pode estar associado a um risco de IAM até três vezes maior. Por conseguinte, os dados dos estudos de caso-controle nos permitiram avaliar o seguinte: Dos 28 fármacos analisados, 12 revelaram um significante aumento no risco de IAM, foram eles: Celecoxibe, Etoricoxibe, Rofecoxibe, Diclofenaco, Ibuprofeno, Naproxeno, Indometacina, Cetorolaco de trometamina, Piroxicam, Meloxicam, Nimesulida e o Cetoprofeno. Dentre os AINEs que figuraram com elevado risco de associado, o estudo evidenciou que o Cetorolaco de Trometamina foi o fármaco com maior risco associado ao IAM, seguido pela Indometacina. No entanto, em contrapartida, o Cetoprofeno, a Nimesulida e o Meloxicam apresentaram as menores taxas de risco associado. Conclusões: O uso de AINEs, independente do tempo e da dose utilizado, representa um risco cardiovascular para os pacientes, com ênfase para o risco de IAM. Atráves desta revisão foi possível evidenciar que os AINEs que possuem um maior fator inibitório da COX-2 apresentam um maior risco de ocorrência de IAM associado, o que se justifica, já que uma maior inibição da COX-2 pode causar um desequilíbrio entre a produção de prostaciclina e tromboxano, importantes mediadores da agregação plaquetária.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8006
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