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Título: Efeitos de intervenções escolares sobre o uso problemático de mídias interativas em adolescentes: uma revisão sistemática
Autor(es): MOTA, Laís Brandão
Palavras-chave: Internet
Dependência
Adolescentes
Escolas
Intervenções
Prevalência
Data do documento: 2024
Resumo: Introdução: O uso problemático de mídias interativas em adolescentes é uma preocupação crescente devido à nociva difusão do acesso perene a dispositivos eletrônicos e plataformas digitais e seus potenciais impactos negativos na saúde mental e no bem-estar dos indivíduos. Estes incluem dependência, isolamento social, ansiedade, depressão e distúrbios do sono. Por consequência, tal comportamento pode interferir nas relações familiares, acadêmicas e sociais dos adolescentes, prejudicando seu desenvolvimento emocional e cognitivo. Ainda sem CID específico, a investigação diagnóstica e, mais importante, o tratamento dessa problemática torna-se inespecífico e perde efetividade dentro da alçada médica. Contudo, alguns estudos vêm mostrando implantações de programas escolares para a redução da prevalência de usuários problemáticos. Objetivo: investigar o impacto de intervenções de programas escolares na prevalência do uso excessivo de mídias interativas em adolescentes. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados publicados entre 2019 e 2023, comparando a prevalência do uso problemático de mídias interativas antes e depois da implantação de diferentes intervenções escolares, desde ensino de uso saudável das mídias em salas de aula por professores, tutores especializados, grupos de estudo com aprendizado entre pares, até aplicativos educativos desenvolvidos com o mesmo propósito. Resultados: Foram incluídos 6 estudos realizados em escolas de 6 países diferentes com uma amostra de 7.940 adolescentes entre 6 anos completos e 12 anos incompletos de estudo. Desses, 2.582 participantes foram alocados na respectiva intervenção de sua escola e 4.434 nos grupos de controle. Em todos os ensaios clínicos, os participantes alocados em grupos de intervenção ou tiveram maior redução das escalas utilizadas ou menor aumento em comparação com o grupo de controle para definir uso problemático de mídias. No entanto, estudos cuja metodologia incluía psicologia cognitiva comportamental apontaram maior discrepância entre grupo de intervenção e controle. Conclusão: Embora não tenhamos consenso sobre métodos diagnósticos, tratamentos e prognósticos, a abordagem através de condutas educacionais, aplicadas no ambiente mais frequentado por essa faixa populacional, mostra, cada vez mais, resultados satisfatórios sobre o que hoje é tido como um dos grandes impactos geracionais.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7983
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