Avaliação da lipoproteína de baixa densidade oxidada em mulheres que utilizam e não utilizam contraceptivo oral combinado

Abstract

Introdução: O uso de contraceptivo oral combinado (COC) tem sido relacionado a alterações no metabolismo glicêmico, lipídico, maior estresse oxidativo e pressão arterial sistêmica, o que poderia sugerir maior oxidação da LDL em mulheres que utilizam COC. Objetivo: Testar a hipótese de que existe diferença nos valores plasmáticos da lipoproteína de baixa densidade oxidada (LDL-oxidada) entre mulheres que utilizam e não utilizam COC, bem como avaliar a correlação entre ela e o perfil lipídico e proteína c reativa de alta sensibilidade (PCR-as). Métodos: Foram selecionadas 42 mulheres com idade entre 18 e 35 anos, eutróficas, irregularmente ativas, com triglicerídeos <150mg/dL, glicemia <100mg/dL e que utilizavam ou não COC. Essas foram alocadas no grupo COC, formado por 21 mulheres em uso COC há pelo menos um ano; e grupo controle (GC), composto por 21 mulheres que não utilizavam nenhum tipo de contraceptivo hormonal há pelo menos um ano. Resultados: Foi observado que o GCOC apresenta valores mais elevados da LDL-oxidada que o GC, respectivamente 384mU/ml vs. 283mU/ml (p<0,01). Também observou-se correlação positiva entre a LDL-oxidada com a LDL (r= 0,3, p< 0,05), com o colesterol total (r= 0,47, p˂ 0,01) e com os triglicerídeos (r= 0,32, p< 0,03), não havendo correlação com a PCR-as. Conclusão: Mulheres que utilizam COC apresentam valores plasmáticos mais elevados da LDL-oxidada, existindo, correlação positiva entre a LDL-oxidada e variáveis lipídicas.